Fui assistir, nesta semana que passou, ao bem recomendado Linha de Passe de Walter Salles e Daniela Thomas e saí um pouco decepcionado. Não posso dizer que é um filme ruim, mas também não tem nada que se destaque, que emocione, que impressione.
Minhas expectativas pelo filme recaíam todas no diretor Walter Salles que me deixara muito boa impressão com o emocionante Central do Brasil, que por ter também estes aspectos humanos, retratos urbanos de pobreza, solidariedade, simplicidade, dava algum indicativo que poderíamos ter algo daquele nível ou até superior, por uma possível evolução de direção, recursos e/ou conceitos. Não vai por aí, não. O filme é simplório, tratado de maneira simplória e com uma condução sem muito arrojo.
Tem seus bons momentos mas na maior parte do filme, ali pelo seu miolo, principalmente, temos a impressão que já está se arrastando demais.
Nem a temática do futebol ,que me agrada bastante, consegue ser expressiva o suficiente para entusiasmar. Tema aliás que por mais apaixonante, emocionante, mobilizador de multidões como é, sempre encontra alguma dificuldade na transposição dos gramados para as telas.
Até pela dificuldade de "entrosamento" das duas linguagens, a futebolística e a cinematográfica, fica como destaque e mérito de filmagem, a cena do pênalti, muito bem dirigida.
Também há de se destacar a ótima e justamente premiada atuação da mãe de família solteira, interpretada pela atriz Sandra Corveloni e a reaparição boa de Vinícius de Oliveira, o menino de Central do Brasil, com o diretor que o lançou naquele filme.
Cly Reis
Nenhum comentário:
Postar um comentário