Relações se confundem com o jogo e o jogo tem o poder de excitar, despertar desejo.
"Rivais" é tênis, é relacionamento, é um estranho triângulo amoroso entre três tenistas envolvidos desde a adolescência.
Enquanto uma partida é jogada, flashbacks vão nos revelando quem são aqueles dois caras se enfrentando, e aquela charmosa espectadora inquieta na plateia.
Um deles, Art Donaldson, é hoje um tenista de sucesso, ganhador de torneios de Grand Slam, porém em má fase, jogando um torneio pequeno para voltar a vencer e recuperar a confiança; o outro, um tenista fracassado, Patrick Zweig, que podia ter ido além na carreira, mas que agora mal consegue pagar um café da manhã, que com o dinheiro da premiação do torneio pretende, pelo menos, conseguir um lugar onde dormir. Os dois, outrora amigos, parceiros de adolescência desde os tempos dos torneios de juniores, se enfrentam agora na final da modesta competição sob o olhar de Tashi, ex-tenista que teve que deixar as quadras cedo por uma lesão, atualmente esposa e treinadora de Art mas que já tivera também um passado com Zweig. Ou melhor, um passado compartilhado com ambos.
As três pontas do triângulo: Art, Tashi e Patrick.
A partida, que poderia simplesmente estar decidindo mais um troféu para ocupar espaço numa prateleira, uma grana para algumas diárias de Patrick em um hotel, ou uns trocados dispensáveis para Art, que ele daria de gorjeta, tem contornos maiores do que imaginamos inicialmente e que vão sendo esclarecidos ao longo da trama, numa edição ágil e muito envolvente.
Roteiro muito bem elaborado, ótimos diálogos, uma montagem impecável, cenas de jogo empolgantes, Zendaya numa atuação excelente, e tudo isso ao som de uma trilha sonora eletrônica alucinante do Nine Inch Nails, Trent Raznor com seu parceiro para cinema, Atticus Ross.
Em "Rivais", adversários são amigos, amigos são namorados, inimigo é amante, treinadora é esposa, vida é jogo, e tênis... é sexo.
Disco que já estava para entrar aqui nos nossos ÁLBUNS FUNDAMENTAIS mas cuja justa introdução ao nosso hall de nobreza dos grandes discos se faz num momento bastante oportuno. Oportuno por que? Porque além de um grande músico, o vocalista, guitarrista e líder do Megadeth é também um atleta de taekwondo (dos bons). Assim, nesse momento olímpico, nada melhor que, além de mencionar essa aptidão esportiva desse grande nome do metal, também destacar um dos grandes álbuns de sua banda, o excelente "Rust In Peace", de 1990.
Expulso do Metallica, lá nos primórdios da banda, entre outros motivos, por uso excessivo de drogas, Mustaine encontrou no esporte, na disciplina das artes marciais a estabilidade emocional e o estímulo para deixar as substâncias químicas. Hoje, além do taekwondo, que foi o início de sua paixão pelas artes marciais, esporte no qual é faixa preta, Mustaine ainda pratica karatê e jiu-jitsu, tendo, respectivamente as faixas preta e marrom nessas outras modalidades.
Embora estejamos em plena olimpíada e o esporte seja nosso destaque também, estamos aqui para falar de música e, antes de mandar bem no tatame, no dojo, no ringue, Mustaine já detonava com a banda que criara a partir de sua saída do Metallica, o Megadeth, uma das referências do mundo do metal.
Lembro da primeira vez que ouvi o Megadeth, no Rock in Rio de 1991, pela TV e fiquei..."Uau!!!". Gravei a apresentação em DVD, depois separei só o áudio e gravei em cassete para poder ouvir no walkman. Aquela energia das guitarras, aquela potência, aquela intensidade! Cara..., muito foda!
Naquela oportunidade, exibiam exatamente o repertório do álbum "Rust in Peace", lançado uma no antes que, particularmente, é o que mais gosto da banda.
Destaques para "Holy Wars...The Punishment Due", que abre o disco com seu riff matador e sua levada alucinante; a energia de "Hangar 18"; "Take No Prisioners" e seu refrão afudê, "Take no prisioners /take no shit"; a excelente "Lucretia", com sua introdução marcante de guitarra que encaminha para uma canção intensa e muito bem trabalhada; e ainda a faixa título, "Rust in Peace... Polaris": aquela entrada de batera combinada com aquele riff pesadão, a levada destruidora e um refrão emblemático que fazem desta faixa uma verdadeira bomba nuclear em forma de música.
Tanto no taekwondo, como em sua vida, na sua recuperação química de seu equilíbrio pessoal, quanto no âmbito musical, no qual proporcionou ao mundo um dos grandes discos da história do metal, Dave Mustaine sobe ao pódio com honras. Medalha pra ele.
E se tem Olimpíadas em Paris, tem publicações especiais aqui no ClyBlog.
Durante o período olímpico estaremos com posts especiais em diversas seções destacando filmes, álbuns, artistas, curiosidades, artes, tirinhas, tudo ligado às modalidades disputadas no evento mundial, ao país sede, ou à sempre inspiradora Cidade Luz.
Se liga, então: a tocha foi acesa e está oficialmente aberta a temporada de especiais olímpicos do ClyBlog.
Estive no último sábado, com minha filha, uma jovem skatista, no evento STU Open, uma das grandes competições de skate do país, que reúne, além de grandes nomes do skate nacional, atletas relevantes e revelações da cena internacional, desta vez na etapa do Rio de Janeiro.
Desavisados quanto aos adiamentos do dia anterior, por conta da chuva, acabamos chegando cedo demais no sábado, uma vez que provas do dia anterior ainda tinham que ser realizadas e a agenda colocada em dia. Assim, a provas às quais fomos assistir, as semifinais do street, feminino e masculino, que iniciariam por volta de 10 da manhã, só vieram a começar mais de duas da tarde.
Ruim?
Que nada!
Aproveitamos para rodar pelo complexo, tirar fotos nos tótens, assistir aos ensaios dos dançarinos de break e street-dance, ver os habilidosíssimos praticantes do skate freestyle com todos seus impressionantes malabarismos e também, por que não, para tietar as estrelas do evento que aos poucos iam chegando para suas provas.
Na pista, pra variar a dupla Rayssa Leal e Pamela Rosa deu show e ambas garantiram vagas para final que aconteceria no dia seguinte. A Fadinha, sempre muito celebrada, especialmente pelas crianças, desfilou seu arsenal de manobras complicadas, complexas, difíceis, com aquela a habitual naturalidade de quem faz parecer tudo muito fácil e a multicampeã Pamela Rosa, também não decepcionou e arrancou aplausos da galera com sua velocidade na pista e precisão nas manobras.
Passamos praticamente do dia inteiro no complexo do STU. Saímos da praça ali pelas 6 da tarde, cansados, esgotados, mas valeu a pena. Um dia cheio de atrações, surpresas e muita coisa legal. E o melhor de tudo: ver a alegria no rosto da filhota que pode acompanhar de perto o esporte de que tanto gosta e estar, ali, pertinho de suas ídolas.
Confira abaixo algumas imagens do nosso dia por lá:
O ensaio do pessoal do street-dance, ainda durante a manhã
Ao longo do complexo do STU, várias outras atrações e modalidades de skate
O pessoal 'da antiga' exibindo seu freestyle
Aqui um pouco da habilidade da turma do freestyle
Pamela Rosa, ainda no aquecimento.
Isso é aquecimento da Rayssa. Só o aquecimento!!!
Rayssa Leal, ainda no pré-prova
Tietar pode? Pode, né? Minha filha com Rayssa e Pamela
Volta completa de Pamela Rosa, na semifinal
A arena, durante a prova masculina. Giovani Vianna na pista.
Manobra de Rayssa Leal, durante a semifinal
ClyBlog marcando presença no STU
E este seu blogueiro, no trono da realeza do skate.
Descobri por acaso, passando de bicicleta pelo Boulevard Olímpico, no centro do Rio, a competição Mini Ramp, que estava acontecendo ali, na tarde de ontem. Interrompi um pouco minha atividade física e dei uma conferida no evento que, assim, de passagem, pareceu de muito bom nível, contando inclusive com o medalhista olímpico Pedro Barros.
Não fiquei muito por lá porque queria mesmo dedicar a tarde às pedaladas pelas ruas do Rio, mas fiz alguns registros e aí estão eles para dar uma pequena ideia de como foi o evento.
Em "Space Jam, O Jogo do Século", de 1996, um dono de um planeta, resolve capturar
Pernalonga e seus amigos para servirem de atrações em seu parque de diversões. Para evitar seu próprio sequestro, o coelho esperto propõe uma partida de
basquete para decidir seu destino: se os Looney Tunes vencerem, toda a turma é liberada, caso contrário, os
desenhos do Pernalonga deixarão de existir... Pra vencer o desafio, o orelhudo recorre a ninguém menos que Michael Jordan para ajudá-los a vencer.
Já em "Space Jam: Um Novo Legado", de 2021, que está mais para um remake disfarçado de sequência, quem se junta à gangue Looney Tunes é o astro LeBron James, dessa vez com o objetivo de derrotar o Goon Squad, versões digitais das maiores estrelas da história da NBA e da WNBA.
Qual o melhor? Aqui, também, tudo se decidirá numa partida de basquete.
E então, preparados?
Conheça os times que a bola já vai subir...
"Space Jam, O Jogo do Século" - trailer
"Space Jam: Um Novo Legado" - trailer
O juiz coloca a bola para o alto e o primeiro tapa e vencido pelo time de 1996.
Que já sai trabalhando a bola com calma, procura jogadas seguras tentando
decidir no garrafão, o que dá muito certo. O time de 2021 tenta apenas espelhar o
adversário, apostando nos rebotes ofensivos para marcar. Ambos os filmes começam muito parecidos focando na estrela de basquete, mas o de 1996, por ser algo “original”, por ter um vilão de verdade e não algo virtual, por apresentar personagens humanos mais
carismáticos, vence nesta primeira parte do confronto. Primeiro quarto termina, "Space Jam, o Jogo do Século" (16) x "Space Jam: Um Novo Legado" (10).
O segundo quarto começa um pouco
mais parelho mas não de forma positiva. As duas equipes estão vindo para decidir na
bola de 3 pontos mas nenhum dos dois consegue se sair bem. Na segunda parte dos
dois filmes, os personagens dos Looney Tunes aparecem, o que torna, inegavelmente, os longas mais divertidos, contudo, os roteiros se enfraquecem apostando no vínculo com
os personagens, o que em ambos é insuficiente. O longa de 2021 aposta na as nostalgia
com os personagens e se, por um lado a história fica mais fraca a abordagem do fato dos
personagens dos Lonney Tunes já não conseguirem atingir um público tão grande,
faz a nova versão longa ter uma vantagem na questão roteiro. Fim do segundo quarto com o placar de Space Jam 1996
(30) x (29) Space Jam 2021.
Início do terceiro quarto e é hora dos craques de cada time
mostrarem seu valor. É hora de Michael Jordan x LeBron James. Ambos não se
escondem do jogo, aparecem, vão para cima, no “X1”, marcam pontos importantes
para seus times, mas parecem bem deslocados da partida em um modo geral. Nenhum
dos dois é ator nem tiveram grande tempo de preparo por isso. Merecem muito um
desconto e nem vou avaliar muito as atuações de ambos. Final do terceiro quarto:
1996 (50) x (49) 2021.
Último quarto se inicia com dois
times muito iguais. O time de 2021 está jogando bonito, apela nas jogadas mais
plásticas, enterradas, pontes-aéreas, vem dando show. Já a equipe de '96, vem
mais trabalhando a bola, sabe usar o melhor do elenco, não é um basquete tão
bonito, porém é muito eficiente. Na sequência final, em ambos os filmes, é onde a
partida de basquete se torna a parte central, e, visualmente, o longa de 2021 é mais bonito, utiliza bem o efeito 3D nos Looney Tunes, tem jogadas mais
exageradas, mas o carisma e a alegria, a tecnologia não consegue superar. O
filme de '96, não tem super efeitos, que por sinal, não eram tão bons assim nem para a época, mas é muito mais o clima Looney Tunes que o atual. Claro
que entendo que nesse ponto a proposta do novo filme, não é a mesma, mas era
necessário ter um pouco mais dessa vibe dos desenhos da Looney. Resumindo o fato de ter
personagens mais carismáticos e um ar de originalidade fazem o longa de '96, mesmo fraco em argumentos e roteiro, vencer essa partida.
Cenas dos dois "Space Jam" (sempre o original, de 1996, à esquerda): no alto, Jordan e LeBron motivando seus jogadores; seguindo, o cenários dos dois jogos; depois, o superastro do basquete, em cada versão, com o principal Looney Tunes; e, por último, a enterrada, com braço de desenho animado, de Jordan, no primeiro filme, e a de LeBron, cheia efeitos.
No verdadeiro jogo do século, o confronto entre Michael Jordan e LeBron James,
com menos recursos mas com as manhas dos desenhos da antiga
e com ajuda daquela "aguinha motivacional" para os jogadores,
O que eu estou fazendo aqui? Qual o sentido disso tudo? Qual a minha importância dentro de tudo isso? Quem nunca se perguntou essas coisas em algum momento da vida? Bom, o certo é que o recomendável não é começar a pensar sobre essas coisas durante um jogo de futebol e, ainda mais quando se é goleiro. Em "O medo do goleiro diante do pênalti", o arqueiro Joseph Block, já um tanto desligado da partida que está disputando, leva um gol, vai reclamar do juiz, é expulso, pega suas coisas, dá o fora do pequeno estádio onde o jogo se realiza e, a partir de então, começa a vagar sem rumo, sem saber bem o próximo passo. Nisso, acaba se envolvendo com a bilheteira do cinema que frequenta, acaba a assassinando sem nenhum motivo, vai parar numa cidade interiorana e, de certa forma, passa a se esgueirar da polícia, mas, no fundo, talvez, querendo ser apanhado, descoberto, como que dizendo, "Olhem para mim!". Uma espécie de ânsia contida, domada, em mostrar a todo mundo que o goleiro não é importante apenas quando a bola vai nele. Ele faz parte do jogo mesmo quando a bola está em outras partes do campo. O filme, a estreia do alemão Wim Wenders em longa-metragens, pode parecer um tanto lento e parado para muitos espectadores, mas é o ritmo adequado imposto pelo diretor de modo a criar essa comparação com a função solitária do futebol, fazendo de seu protagonista, na maior parte do tempo, um observador, e com esse tipo de condução, fazer notar, de forma muito sutil, as mudanças que nele ocorrem. No fim das contas, especialmente pela cena final, o filme de Wenders nos leva à reflexão de que, no fundo, a vida não passa de um pênalti e cabe a nós, como goleiros, conhecer o batedor, fazer a leitura da linguagem corporal dele para adivinhar ou lado da batida ou, simplesmente, ter a sorte de cair pro canto certo. E aí, será que você pega o seu?
Aquele posto solitário no campo, aquela bola entrando... Qual o sentido de tudo isso? Qual o sentido de... TUDO?