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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

"A Rede Social", de David Fincher (2010)



Finalmente assiti ao tão badalado "A Rede Social" , multivencedor de Globos de Ouro, multi-indicado ao Oscar e blablablá. E, cara,... Olha... Não!
...
...
Não, né...
Muito pouca coisa pra tanto estardalhaço.
Filmezinho comum. Não chega a ser ruim, mas comum. Muito trabalho para mostrar o que um 'babaca' (e o termo não é meu, é do filme) é capaz quando está descornado. O que o nosso 'babaca' em questão tem de especial, no caso é que ele é um nerd com alto potencial e é capaz de criar uma rede social, um outro babaca talvez escrevesse um livro, se alistasse pras tropas do Iraque ou retalhasse a namorada. E em todos estes casos isso dá um filme? Pode dar, uns com mais entusiasmo, outros com menos interesse: no caso do babaca do Iraque, pode dar um Rambo da vida, no outro, o hipotético estripador de namoradas, um bom filme de serial-killer, mas neste caso, com um blogueiro universitário, ficou um filme bem desinteressante. E o problema foi esse: por mais que o diretor tenha achado interessante o tema; tenha lá suas virtudes na abordagem e na adptação do roteiro; tenha seus méritos em ter dado dinâmica a uma história insossa, no fim a gente praticamente se apanha dizendo "tá, e daí?". Muito esforço só pra mostrar que... O que mesmo? Que por mais que se esteja praticamente abraçando o mundo pode-se, no fundo, estar muito sozinho? Era isso? Ora!
Gosto muito do David Fincher mas acho que ele está começando a se levar a sério demais. "Zodíaco", "Benjamin Button", este aí agora. Sinto falta do Fincher mais visceral de "Seven", mais visual como nos clipes da Madonna que dirigia; mais estético como em "Alien 3", que mesmo atorado pela produtora que modificou para ficar mais comercial deixa transparecer suas qualidades; ou mais violento e vigoroso como em "Clube da Luta", no qual porvavelmente tenha conseguido exatamente o que parece vir procurando ultimamente, que é ao mesmo tempo ser impactante e inquietante, sendo agresivo mas fazendo-nos pensar sobre o mundo e as pessoa à nossa volta.


Cly Reis

Um comentário:

  1. Gostei do filme mas achei bem interessante a análise, principalmente no que se refere ao Fincher.

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