"Computar é a maior diversão"
Sim, definitivamente eles são homens do futuro! Eles voltaram do futuro e caíram no século XX, quando os computadores ainda eram equipamentos complexos, possuídos apenas de grandes empresas ou de poucos privilegiados, alguns de porte gigantesco, elemento do imaginário de ficções científicas, para nos contar que este mesmo mundo estaria interligado por estes aparelhos, em rede, que estaríamos todos vigiados sem privacidade, que seríamos todos catalogados e reconhecidos apenas por números, que alguns tantos amariam estas máquinas como se fossem pessoas, que o maior prazer de muitos seria ficar diante de uma tela e que teríamos aparelhos portáteis que nos tornariam praticamente... robóticos.
Loucura?
Podia parecer.
Mas não se cumpriu?
(Só não somos, exatamente, 'operadores' de calculadoras portáteis, mas sim de mini-computadores de mão multifuncionais, o que no espírito da coisa, da praticamente na mesma)
Sim, por meio de um disco, “Computer World” de 1981, os robôs do Kraftwerk antecipavam tudo isso. Depois de terem anunciado a tecnologia da comunicação, a mecanização da sociedade, a intensificação do trânsito nas grandes cidades, eles então nos diziam que o mundo seria dominado pelos computadores. Sim, sem dúvida eles vieram do futuro. Sempre achei que não eram humanos, mesmo.
E as músicas? Ah... Sinfonias modernas com a cara dos novos tempos. Minimalismo, detalhe, construção, ousadia, genialidade. De um brilhantismo e uma leitura atualíssima ainda hoje, em pleno século XXI. Bom, talvez porque ainda não tenhamos chegado ao tempo em que elas foram produzidas.
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FAIXAS:
1. Computer World
2. Pocket Calculator
3. Numbers
4. Computer World ..2
5. Computer Love
6. Home Computer
7. It’s More Fun to Compute
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Pus esse disco no meu mp4 esta semana porque sabia que tu ias postar sobre ele. Reenvindo é realmente impressionante como esses caras conseguiram antecipar em sonoridade a época que vivemos. Este disco literalmente inventa os sons de computadores tal como é reconhecido hoje pelo senso comum. A partir desse disco as máquinas passaram a, de fato, ter vida.
ResponderExcluirUm a coisa que sempre me impressionou foi isso: eles passaram a dar sons para coisas que não tinham antes. Talvez só depois deles tenhamos conhecido que som tem um espelho, um neon, ondas sonoras ou um cometa. Também trataram de consagrar os sons da era da informática. Disco genial. Não só por isso. Musicalmente é primoroso.
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