Claudinei Batista leva o ouro no lançamento de disco (foto: Jason Caimduff/Reuters) |
Voltei às Arenas Olímpicas no
sábado, dia 10 de setembro. E em dose dupla.
Pela manhã, fui até o Estádio
Olímpico, o Engenhão, para acompanhar provas de Atletismo. Vi de perto as
classificações de Petrucio Ferreira e Yohansson Nascimento para a final dos
100m da classe T47 – no dia seguinte, Petrucio levaria o ouro (com direito a
Recorde Mundial) e Yohansson ficaria com o bronze.
Marieke Varvoort,
a última medalha de sua carreira
(foto: Al Tieleman/AFP)
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Também pude acompanhar o ouro de
Claudiney Batista no Lançamento de Disco, classe F56. Ele arremessou em 45,33m
e ainda quebrou o Recorde Paralímpico da modalidade. Acompanhei também a última
prova da belga Marieke Vervoort, os 400m T51/52. Sua história ganhou
repercussão nas últimas semanas devido ao fato de ela ter autorizado sua
eutanásia – morte assistida por médicos. Ela acabou com a medalha de prata.
À tarde, fui até a Arena Carioca
3, no Parque Olímpico, acompanhar o último dia do Judô. Infelizmente, não houve
nenhum ouro para os brasileiros. Mas três pratas vieram.
A primeira foi de Alana
Maldonado. Ela perdeu para a mexicana Lenia Alvarez por uma imobilização
bem-sucedida, equivalente a um ippon.
Antônio Tenório: fim de uma era
no judô Paralímpico
(foto: Marcelo Theobald/Extra/ag. O Globo)
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A segunda foi a medalha que selou
a despedida de um mito do Judô Paralímpico. Antônio Tenório, o primeiro judoca
a se tornar campeão paralímpico quatro vezes seguidas (de Atlanta 1996 até
Pequim 2008), e medalhista de prata nos Jogos de Londres, em 2012. Desta vez, a
derrota veio pra Choi Gwang-Geun, da Coreia do Sul, por ippon. Assim, a medalha
de prata veio para marcar o fim de uma era do Judô.
Depois da despedida de Tenório,
veio a luta mais rápida do dia. O brasileiro Willians Silva brigava pela
medalha de ouro. Infelizmente, Willians sofreu um ippon dois segundos após o
início do combate contra o uzbeque Adiljan Tuledibaev. Mesmo com a derrota, foi
ovacionado pela torcida presente na Arena.
Willians Silva perde rápido
mas leva a prata
(foto: Bruna Prado/Getty Images)
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Para mim, estes cinco dias que
passei no Rio de Janeiro foram maravilhosos. Seguirei acompanhando cada momento
da Paralimpíada do Rio, mas agora com um sentimento diferente, uma mistura de
saudade e orgulho. Saudade da Cidade Maravilhosa e dos vários momentos em que
me senti parte da cidade-sede dos Jogos. Orgulho de ter feito parte dessa
emocionante festa do esporte mundial.
Ah! Uma dica: se você estiver no
Rio e for acompanhar aos Jogos, vá de transporte público. É rápido e eficiente,
além de contribuir para o meio ambiente.
De volta ao Rio Grande, me
recordo de cada momento que passei no Rio com uma frase que não sai da minha
cabeça: “Preciso voltar àquela cidade (realmente) maravilhosa o mais breve
possível”.
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