Alegre, musical, divertido, tenso, triste, melancólico, raivoso, simples, lindo, cheio de amor, como a rotina de um relacionamento. Esses são elementos que formam o bom longa “Band Aid”.
Um casal que não para de brigar embarca em uma última tentativa de salvar seu relacionamento: transformar suas discussões em músicas e começar uma banda.
Apesar do filme ser uma delícia, ele pode não dialogar bem com algumas pessoas. A obra é perfeita para você que já teve pelo menos um relacionamento sério (mas sério mesmo) ou para quem está ou já passou lá pelos 30 e poucos anos sofrendo com a vida adulta. Caso contrário, "Band Aid" pode soar meio bobo ou apenas como mais uma comédia. A parte do personagem de Fred Armisen também pode desagradar, uma vez que está meio sem sentido no filme com um história pessoal só para fazer graça que não acrescenta muito para o enredo (na verdade nada).
Mas temos, na verdade, uma competente direção da estreante Zoe Lister Jones que também é a atriz principal do filme e, ainda que não arrisque muito, mantendo o filme seguro no roteiro, em função dos diálogos, sua fotografia é muito claro e limpa e a trilha sonora é um dos grandes destaques. Ao longo do filme casal começa a transformar suas brigas em músicas, acabam então formando uma banda e, por sinal, suas músicas são excelentes. Pra quem curte rock indie, vale muito procurar.
As cenas das brigas são os momentos mais realistas do filme, principalmente seus diálogos, que levantam por vezes assuntos graves relacionados a um acontecimento sério ocorrido com o casal, mas em outros casos, são coisa bobas e corriqueiras como, demora para se vestir, preguiça, dinheiro, pia cheia de louça... (quem nunca?)
Caso você já tenha passado para algumas das situações mostradas no filme, você vai rir, chorar e se identificar bastante. Apesar de algumas coisas desnecessárias, o longa apresenta muito bem as crises nos relacionamentos, dúvidas e medos da vida adulta, mas tudo isso com um olhar criativo e cheio de esperança.
Eu quero essa banda tocando aqui na minha cidade! |
por Vagner Rodrigues
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