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domingo, 19 de janeiro de 2020

"As Golpistas", de Lorene Scafaria (2019)



Que surpresa agradável! Não esperava que um filme como esse, com uma premissa em princípio tão simples, conseguisse ser tão impactante, conseguindo, por exemplo, abordar, até mesmo temas como maternidade de maneira bastante satisfatória. O ótimo texto e uma ótima atuação de Jennifer Lopez fazem de "As Golpistas", para mim uma das gratas surpresas de 2019.
Em entrevista concedida a Elizabeth (Julia Stiles), jornalista da New York Magazine, a ex-stripper Destiny (Constance Wu) conta em detalhes como conseguiu o emprego e conheceu Ramona (Jennifer Lopez), ícone do meio que logo se tornaria sua grande amiga. Devido à crise financeira que abalou Wall Street em 2008, Destiny e Ramona viram o declínio na quantidade de clientes na boate em que trabalham afetar sua própria rentabilidade. Com isso, decidem, elas mesmas, iniciar um plano no qual, juntamente com algumas amigas, vão atrás de homens em restaurantes para, após dopá-los, faturar em cima de seus cartões de crédito.
O longa começa com muita força, nos apresentando o cenário, as personagens, motivações, mas lá pela metade, depois da crise de 2008, e as meninas já terem montado seu “esquema” e começar a dar muito certo, o filme fica um pouco repetitivo, demostrando a maneira como elas aplicavam o golpe diversas vezes do mesmo jeito. Nesse momento, as cenas são longas e isso torna o filme mais cansativo e lhe dão uma duração maior do que precisaria ter.
Jennifer Lopez, espetacular em todos os sentidos.

O roteiro é inspirado em um artigo da revista NY Magazine e, sem dúvida é o que o filme tem de melhor. É bem conduzido, apresenta tudo muito bem e conta com uma ambientação incrível. E a grande cereja do bolo é atuação de Jennifer Lopez que sem dúvida, brilha nesta que é a melhor atuação de sua carreira. Tudo de melhor gira entorno de Ramona. Ela demonstra todo seu brilhantismo nas cenas de dança e no camarim, mas me conquista mesmo quando está falando com Destiny sobre maternidade e solta uma frase brilhante.
Um daqueles casos que você não dá muito pelo o filme mas ele te surpreende. Uma história muito interessante, bem conduzida, com ótima trilha sonora e uma diva pop brilhando em cena, fazem de  “ "As Golpistas” uma ótima pedida para quem curte cinema-entretenimento sem abrir mão do lado estético/artístico.
E as guria? Só 'tão pelo "dá-lhe, meu padrinho".




por Vagner Rodrigues

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