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segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

"Finch", de Miguel Sapochnik (2021)

 



 

Não é nenhum filme que “inventa a roda”, que traz algo de novo, mas cumpre muito bem seu papel em apresentar uma boa história e nos fazer criar vínculos com os personagens, sejam eles humanos, robô ou cachorro.

Em "Finch", num mundo pós-apocalíptico, em que o personagem de Tom Hanks, que dá nome ao filme, é o único humano vivo, um robô é construído por ele para proteger seu cãozinho, Goodyear, que está a beira da morte. diante dessa tarefa, e naquela condição em que o mundo se encontra, Jeff, o robô, aprende sobre a vida, amizade, entendendo um pouco sobre o que significa ser humano.

O filme não tem nada de novo e se concentra em ficar nos clichês e em jogos de câmera bem previsíveis. Tom... se sustenta bem no papel principal, e não podia ser diferente no caso de um ator do tamanho dele, mas Jeff, o robô, e suas interações com o meio e com os outros personagens é o que realmente move o filme. 

Vale muito pela reflexão que o filme traz, a crítica ao comportamento do ser humano, cada vez mais egoísta, despreocupado com tudo, com as pessoas a sua volta e com o mundo onde vive. Fica também, novamente, a questão: o que ser um humano? E a mente? E o corpo? E tudo junto?  Não falo da questão biológica é claro, mas a questão filosófica. Pois Finch nos apresenta um robô, muito mais humano que muitos personagens por aí.

Jeff, mais humano que muitos humanos.


por Vagner Rodrigues

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