O príncipe Amleth (Oscar Novak) já é considerado um homem e está pronto
para ocupar o lugar do pai, o rei Aurvandil (Ethan Hawke), quando este acaba sendo
brutalmente assassinado pelo próprio irmão Fjölnir (Claes Bang), que pretende
tomar seu lugar. O menino, que presenciou o acontecimento, jura que um dia
voltará para vingar o pai e matar o tio.
Filme que divide opiniões: muita gente não gostou pelo fato de conter muita simbologia, diálogos longos, uma
profundidade maior dos personagens, um ar fantasioso que foge da veracidade
histórica... Outros, no entanto pessoas não gostaram por não ser exatamente
aquilo que esperamos de Eggers. O longa tem mais ação e foca na figura heroica
masculina, o que incomoda parcela do público. Acredito que o filme só perde
força quando ultrapassa uma das linhas, indo muito para fantasia, ou muito
para ação, tendo dificuldade em manter o equilíbrio, e gerando os desagrados do público.
No geral, o filme é em bem balanceado, trabalhando os elementos fantásticos de uma maneira única, trazendo o misticismo das mitologias, prezando também por ser o mais fiel possível aos registros históricos da época, na direção de arte, com as roupas e cenários.
"O Homem do Norte" pode dividir o público, mas no meu ponto de vista pode agradar todos os públicos, com uma uma fotografia fabulosa, que poderiam virar um quadro para colocar em qualquer parede, um roteiro que dá espaço para desenvolvimento dos personagens, uma atuação formidável de Oscar Novak, e um plot no trecho final do roteiro que, por não conhecer a história (confesso), me pegou de surpresa.
Parece simples fazer uma atuação dessas, mas pense na intensidade que o ator tem que entrar em cena, SEMPRE!!! |
por Vagner Rodrigues
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