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sábado, 11 de junho de 2022

"O Homem do Norte", de Robert Eggers (2022)

 



Um longa que chegou gerando uma serie de expectativas e no meu ponto de vista, consegue cumprir todas elas. Robert Eggers deve ter em "O Homem do Norte" seu longa menos aclamado pela crítica, mas segue tendo apenas acertos na sua curta carreira de 3 filmes. Eggers consegue acertar mais uma vez, fazendo o filme de ação que Hollywood adora, mas sem deixar de lado seu toque artístico pessoal. 

O príncipe Amleth (Oscar Novak) já é considerado um homem e está pronto para ocupar o lugar do pai, o rei Aurvandil (Ethan Hawke), quando este acaba sendo brutalmente assassinado pelo próprio irmão Fjölnir (Claes Bang), que pretende tomar seu lugar. O menino, que presenciou o acontecimento, jura que um dia voltará para vingar o pai e matar o tio.

Filme que divide opiniões: muita gente não gostou pelo fato de conter muita simbologia, diálogos longos, uma profundidade maior dos personagens, um ar fantasioso que foge da veracidade histórica... Outros, no entanto pessoas não gostaram por não ser exatamente aquilo que esperamos de Eggers. O longa tem mais ação e foca na figura heroica masculina, o que incomoda parcela do público. Acredito que o filme só perde força quando ultrapassa uma das linhas, indo muito para fantasia, ou muito para ação, tendo dificuldade em manter o equilíbrio,  e gerando os desagrados do público.

No geral, o filme é em bem balanceado, trabalhando os elementos fantásticos de uma maneira única, trazendo o misticismo das mitologias, prezando também por ser o mais fiel possível aos registros históricos da época, na direção de arte, com as roupas e cenários. 

"O Homem do Norte" pode dividir o público, mas no meu ponto de vista pode agradar todos os públicos, com uma uma fotografia fabulosa, que poderiam virar um quadro para colocar em qualquer parede, um roteiro que dá espaço para desenvolvimento dos personagens, uma atuação formidável de Oscar Novak, e um plot no trecho final do roteiro que, por não conhecer a história (confesso), me pegou de surpresa.

Parece simples fazer uma atuação dessas,
mas pense na intensidade que o ator tem que entrar em cena, SEMPRE!!!



por Vagner Rodrigues


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