Prodigy quebrando tudo! |
Destruição total!!!
Vou ter que conferir se o Citibank Hall ainda está em pé, no seu lugar, porque o Prodigy botou abaixo o lugar.
Já saíram anunciando a destruição do mundo com "World is on Fire" e aí, meu amigo, se abriu-se a roda punk e a ninguém segurou mais a galera.
Seguiu-se o agressivo hit "Breathe" que alucinou ainda mais o público e na seqüência, uma das novas queridinhas dos prodigianos, "Omen".
É verdade que houve alguns problemas de som no início e principalmente "Spitfire", que gosto muito sofreu com a deficiência no som dos samples. Tinha a batida, tinha o groove, mas aquele gemidinho cantarolado que conduz a música, e os efeitos ficaram bem sumidinhos. Outra que gosto muito, "Poison", perdeu força ao vivo. Não funcionou. Tanto que o próprio Liam Howlwet deu uma reduzida no tempo dela. "Voodoo People", ao contrário, ficou melhor no palco mesmo tendo perdido o peso daquelas guitarras sampleadas entrecruzadas da versão original, ainda que houvesse um guitarrista no palco. Legal que como ela é um dos temas dos intervalos do futebol americano, e no Rio o esporte é bem popular, parte do público ficava imitando com a boca um sample da música, criando sua própria versão.
O mundo em chamas! |
A propósito disso, tanto "Take me...", quanto "World is on Fire", "Omen", "Invaders Must Die", e outras do novo álbum foram aguardadas e cantadas com o mesmo entusiasmo de uma "Firestarter", por exemplo, demonstrando o quanto o público dos caras é fiel e conhece o que a banda vem fazendo, ao contrário de muitas turnês de lançamento de álbuns, onde o público só fica esperando pelos antigos sucessos.
A citada "Firestarter" verdadeiramente "incendiou" o lugar e foi outro dos pontos altos do show na que foi a melhor performance de Keith Flint, que no palco, perde de longe para o Maxxim Reality, que é sim verdadeiramente um MC de presença e domínio. Flint é carismático, com aquele seu visual cyber-punk-Bozo, mas basicamente fica, na maior parte das vezes dançando (pulando) de um lado pra outro no palco.
A primeira parte fechou com a não menos esperada "Smack my Bitch Up" e os caras voltaram só para fazer a clássica "Out of Sapece", detonando, cheia de peso, de groove, mas carregada de raggae.
Uma verdadeira celebração! Uma festa punk! Um dos melhores shows de rock que já assisti. Mas sei que dirão "ROCK? Prodigy é eletrônico". Mais do que nunca ficou provado para mim que rock é mais do que um ritmo, um estado de espírito.
Aquilo era sim um show de rock.
Foi uma celebração!
Um grande show. |
-Um horror a primeira banda de abertura lá no Citibank Hall, a tal de Montage.
Quando eu chegeui tavam tocando uma espécie de "funk carioca" meio Prodigy (se é que issso é possível) e lá pelas tantas tocaram uma versão esdrúxula de "I Wanna be Your Dog" que deixaria o Iggy Pop constrangido;
-Depois deles teve o projeto eletrônico do Igor Cavalera, ex-Sepultura com sua esposa, o Mix Hell.
Ruim, pra falar a verdade.
Coisa de criança que ganhou brinquedo novo. Sabe quando a criança quer brincar com todos ao mesmo tempo? É isso. Pra fazer música eletrônica com percussão ao vivo não se precisa utilizar todos os elementos da sua bateria ao mesmo tempo, e é exatamente o que faz o ótimo baterista. além disso as bases sonoras são pobres. As percussivas até são interessantes (como uma com uma sampler de berimbau), mas cansativas e mal aplicadas. No mais das vezes, sobre bases fracas e mal ensaiadas, o espetáculo ficou parecendo um mero exibicionismo de um grande bateirista sobre um improviso eletrônico.
Fraco, fraco.
-Ainda, pra aquecer a galera teve um DJ que, sinceramente não conheço, mas que mandou bem nas pick-ups, enquanto o pessoalzinho do Howlet naõ entrava. Acredito que fosse alguém da trupe deles mesmo, só pra galera não ficar impaciente. Bom DJ. Vou procurar me informar a respeito depois.
Cly Reis
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