e quereis satisfazer os desejos de vosso pai”
citação do livro de João, da Bíblia,
citação do livro de João, da Bíblia,
no encarte da edição original do álbum
Dia desses estava eu numa loja de CD’s comprando uma
camiseta do Johnny Cash, e como não raro acontece, o som que tocava na loja me
chamou a atenção. Um metal semi-acústico alicerçado no blues, interpretado com
ênfase, paixão e vigor. Interessantíssimo aquilo! Fui até o balconista e
perguntei do que se tratava, ao que ele me respondeu que era Danzig. Ora, já
havia ouvido falar da banda mas nunca efetivamente havia escutado. A surpresa
foi agradabilíssima. Perguntei o nome da música. Aquela chamava-se “I’m the
One”. Estusiasmante, extasiante! Ao melhor estilo dos blueseiros da antiga mas cantado com a
força do metal.
Procurei saber de onde era aquela música e a mesma fazia
parte do álbum chamado “Lucifuge” que, já na primeira audição, ratificando a
boa impressão inicial apresentava-se como um maravilhoso exemplar de uma
espécie de blues-metal bastante original na sua concepção, execução e interpretação.
Embora utilizando-se, sim, de instrumentos elétricos, de
peso e vocais impetuosos, A produção caprichada do ótimo Rick Rubin (de "BloodSugarSexMagik" dos Chilli Peppers e a série "American" de Johnny Cash , por exemplo) estreita de maneira admirável as correntes do metal com as características mais primárias do bom e velho blues tradicional dos grandes mestres, isso sem falar nas temáticas, é claro, sinistras, cheias de lendas e demônios comuns a ambos os estilos.
Além da já citada “I’m the One”, minha favorita, destaque
especial também para a primeira “Long Way Back from Hell” um metal galopante, potente, forte e vigoroso; para a balada “Blood
and Tears”; para o ótimo blues-metal apocalíptico "777"; e para a excelente “Killer Wolf”, referência ao lendário blueseiro
Howlin’ Wolf, pelo título e pela interpretação. No restante, todas são boas
canções mas, se pode-se apontar um defeito é que, talvez uniformes demais, algumas acabem soando muito parecidas com as outras. Mas nada que desdoure ou invalide todos os méritos
deste ótimo trabalho.
Só algum tempo depois de conhecer o Danzig foi que descobri
que o líder, vocalista, idealizador, Glen Danzig era o vocalista do extinto
Misfits, que para falar a verdade, nunca me agradou muito. Já o Danzig, bastou
um pouquinho daquele blues diferente, envenenado, sujo, satânico pra me pegar pelos
ouvidos.
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FAIXAS:
- "Long Way Back from Hell" - 4:27
- "Snakes of Christ" - 3:59
- "Killer Wolf" - 4:14
- "Tired of Being Alive" - 4:03
- "I'm the One" - 4:09
- "Her Black Wings" - 4:47
- "Devil's Plaything" - 3:58
- "777" - 5:40
- "Blood and Tears" - 4:20
- "Girl" - 4:18
- "Pain in the World" - 5:46
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Ouça:
Danzig II Lucifuge
Cly Reis
Bateu a curiosidade.
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