Rick Wakeman em mais um grande show em Port Alegre
foto: Lúcio Brancato
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Em dezembro de 1975,
um jovem de 15 anos ficou embasbacado com o último show do Projeto
Aquarius, que trouxe Rick Wakeman a Porto Alegre com a OSPA. Foi um
espetáculo memorável. Gigantinho lotado. Agora, 39 anos depois,
este já não tão jovem senhor de cabelos e barba grisalhos foi
conferir se continuava tão entusiasmado como antes. Claro que duas
pessoas diferentes viram os espetáculos. Este senhor de hoje
trabalha com música, já leu e viveu muita coisa e, até prova em
contrário, sabe as armadilhas que o chamado Prog Rock prega em seus
fãs. Mesmo assim, este cara ficou fascinado, pois quase 40 anos
depois esta grandiloquência estilística, o exagero do uso de
orquestra e coral, a capa misturada com calça de abrigo, tênis
branco e barriguinha aparecendo não atrapalharam a emoção de
reviver aqueles temas todos.
O som do mini-moog,
a banda afiada, o cantor Ashley Holt dividindo o palco com a nossa
Ana Lonardi (que se saiu muito bem) e a história narrada pelo Álvaro
Luthi terminaram por me seduzir, mesmo que eu saiba que esses
exageros fazem parte de um mise-en-scène já superado. Todos
os defeitos do chamado rock progressivo estavam no palco do Araújo
Vianna. Foi isso que fez o show de Rick Wakeman, acompanhado
da Orquestra Unisinos Anchieta e do Coral Porto Alegre, tão
profissional e irresistível. Mais um da série "Azar, eu
gostei".
por Paulo Moreira
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