David Bowie nos deixou
ainda na liderança dos ÁLBUNS FUNDAMENTAIS
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O ano abriu com a publicação de número 300 dos ÁLBUNS FUNDAMENTAIS que teve a especialíssima participação do escritor Afobório falando sobre o grande "Metrô Linha 743", resenha que marcou assim a estreia, mais que merecida, de Raul Seixas no nosso time de fundamentais.
Outros que já estavam maIs que na hora de entrarem pra nossa lista e que finalmente botaram seu primeiro lá foram a musa punk, Patti Smith; o poeta do rock brasileiro, Cazuza; a banda cult Fellini; o grande Otis Redding, os new wave punk do Blondie; os na´rquicos e barulhentos Ratos de Porão; o mestre do blues Howlin' Wolf; e em especial o Mr. Dynamite, James Brown, com seu clássico no Apollo Thetre. Alguns, por sua vez, se afirmaram entre os grandes tendo enfim seu segundo disco indicado pra mostrar que não foi acaso, como é o caso de Cocteu Twins, Chico Science com sua Nação Zumbi, Lobão e Björk.
Com o ingresso, em 2015, do ótimo Ouça o que eu digo: não ouça ninguém", os Engenheiros do Hawaii finalmente completam sua trilogia da engrenagem; Bob Dylan que foi o primeiro a ter dois álbuns seguidos nos Álbuns Fundamentais, lá em 2010, depois de um longo jejum finalmente botou seu terceiro na lista, o clássico "Blonde On Blonde"; já John Coltrane que passou um bom tempo apenas com seu "My Favourite Things" indicado aqui, de repente, num salto, apenas em 2015, teve mais dois elevados à categoria de Fundamental, muito por conta do cinquentenário destes dois álbuns, bem como de outro cinquentão da Blue Note que também mereceu sua inclusão em nossa seleção, o clássico 'Maiden Voyage" de Herbie Hancock, alem do fantástico The Shape of Jazz to Come" como homenagem merecida a Ornette Coleman, falecido este ano.
Por falar em falecido recentemente, não tem como deixar de falar em David Bowie que deixa este mundo na liderança dos ÁLBUNS FUNDAMENTAIS mostrando que toda a idolatria e reconhecimento do qual gozava não era a toa. Mas ele não está sozinho na ponta! Alavancado pela inclusão de seu ótimo "Aftermath", os Rolling Sones alcançam os líderes e empatam com Bowie e com seus "rivais", os Beatles, prometendo grandes duelos para as próximas edições dos A.F.
Como curiosidades, se no ano passado tivemos mais trabalhos de séculos passados, no último ano os A.F. tiveram um certo crescimento o número de álbuns produzidos no século XXI. Muito por conta de uma nova galera talentosa que vem surgindo por aí como Lucas Arruda e Tono que tiveram seus álbuns, "Sambadi" e "Aquário", respectivamente, reconhecidos e incluídos no hall dos grandes álbuns. Os garotos também colaboraram para um fato interessante: o altíssimo número de discos nacionais neste ano. Foram 15 no total, empatando com o número dos norte-americanos neste ano e deixando bem para trás os ingleses com apenas 3 em 2015. O pulo brasileiro refletiu-se na tabela geral e pela primeira vez desde o início da seção o Brasil está à frente da Inglaterra em número de discos.
A propósito, falando de Brasil, se formos falar em termos nacionais, a principal mudança foi a elevação de Caetano Veloso, Engenheiros do Hawaii e Tim Maia à vice-liderança, dividindo-a ainda com Gil, Legião e Titãs. Na ponta, segue firme o Babulina, Jorge Ben, com 4 álbuns fundamentais.
E aí? O que será que nos reserva 2016? Como será a batalha Beatles vs Stones? Alguém alcançará ou passara Jorge Ben na corrida nacional? E os ingleses reagirão contra os brazucas e mostrarão que são a terra do rock? Aguarde as próximas postagens e acompanhe o ClyBlog em 2016. Por enquanto ficamos com os números de 2015 e uma visão geral de como andam as coisas nos ÁLBUNS FUNDAMENTAIS.
PLACAR POR ARTISTA (GERAL)
- The Beatles: 5 álbuns
- David Bowie 5 álbuns
- The Rolling Stones 5 álbuns
- Stevie Wonder, Cure, Led Zeppelin, Miles Davis, John Coltrane, Pink Floyd, Van Morrison, Kraftwerk e Bob Dylan: 3 álbuns cada
PLACAR POR ARTISTA (NACIONAL)
- Jorge Ben (4)*
- Titãs, Gilberto Gil*, Legião Urbana, Engenheiros do Hawaii e Tim Maia; 3 álbuns cada
PLACAR POR DÉCADA
- anos 20: 2
- anos 30: 2
- anos 40: -
- anos 50: 13
- anos 60: 63
- anos 70: 90
- anos 80: 82
- anos 90: 62
- anos 2000: 8
- anos 2010: 7
*séc. XIX: 2
*séc. XVIII: 1
PLACAR POR ANO
- 1986: 15 álbuns
- 1985 e 1991: 13 álbuns cada
- 1972 e 1967: 12 álbuns cada
- 1968, 1976 e 1979: 11 álbuns cada
- 1969, 1970, 1971, 1973, 1989 e 1992: 10 álbuns cada
PLACAR POR NACIONALIDADE*
- Estados Unidos: 125 obras de artistas*
- Brasil: 85 obras
- Inglaterra: 80 obras
- Alemanha: 6 obras
- Irlanda: 5 obras
- Canadá e Escócia: 4 cada
- México e Austrália: 2 cada
- Suiça, Jamaica, Islândia, Gales, Itália e Hungria: 1 cada
*artista oriundo daquele país
Cly Reis
Adoro esse escore e essa avaliação da seção AF. Sabendo que vem muita coisa legal por aí, afinal, sou um dos principais geradores de conteúdo pra seção, já fico empolgado com o que possa surgir. Acho que não te deste conta que, dos da ponta, soma-se a Beatles e Stones o próprio, Bowie, que faleceu, mas não está morto (musicalmente, jamais, né?)Por que não mais um (ou até mais) AF dele? Tem com o quê. Outra coisa que me motiva: será que teremos finalmente representantes dos anos 40? Eu mesmo já pensei em escrever algo da década. Que sabe, em 2016? E tem outro dado curioso: as letras. Sim: em 2016, a letra O, que não tinha representante, saiu emplacando duas pedradas: Otis Redding e Ornette Coleman. Faltam só Q e X? Quem sabe Quincy Jones, Quarteto em Cy, Queen, Quarteto Novo, X, XTC...
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