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segunda-feira, 4 de maio de 2020

"Uma Vida Oculta", de Terrence Malick (2019)



Franz Jägerstätter (August Diehl) é um fazendeiro austríaco que se torna herói em circunstâncias um tanto quanto inusitadas. Quando ele é convocado a lutar junto ao exército alemão durante a Segunda Guerra Mundial, ele se recusa e acaba, com apenas 36 anos de idade, condenado à pena de morte por traição à pátria.
Um exagero de filme em vários aspectos, tanto positivos como negativos. De positivo, temos a fantástica, a deslumbrante fotografia, planos maravilhosos, diálogos certeiros, uma trilha primorosa; mas por outro lado temos também um exagero no tempo: 3 horas de duração. É muito tempo para um filme que pede de você para que você fique contemplando a vida simples de Franz na fazenda e sua rotina. Isso torna o filme cansativo e cheio de cenas repetitivas.
Por mais que o filme seja muito longo e lento, seus questionamentos abordados, no entanto, compensam bastante. O longa nos faz pensar sobre nossos princípios, até onde iríamos por eles, se seríamos capazes de perder a vida tão somente para não romper com essas premissas de vida e com aquilo que acreditamos. “Uma Vida Oculta” ocupa-se, mais especificamente, em trazer esses questionamentos para o lado religioso, para os princípios da fé, mas o espectador pode facilmente levá-los para outros campos da vida que eles continuarão, ainda assim, tão válidos e pertinentes.
Assim como o longa nos presenteia com lindas imagens do cenário, os momentos de diálogo são tão belos quanto. Um épico, longo e um pouco cansativo, é verdade, mas reflexivo e belo. Apesar da duração e da morosidade, pode-se afirmar sem erro que trata-e de mais um grande filme de Terrence Malick.

Até onde você iria para lutar por seus princípios?


por Vagner Rodrigues

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