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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

"A Marca da Maldade", de Orson Welles (1958)





"A Marca da Maldade"
("Touch of Evil") de Orson Welles, para mim, o melhor filme do diretor, contrariando a opinião geral que exalta "Cidadão Kane", tem um Welles mais maduro atrás das câmeras e por consequência tem um produto final mais bem acabado. 
O filme traz a investigação de um policial intruso num meio completamente viciado em corrupções e esquemas na fronteira dos Estados Unidos com o México. 
Um jogo genial de luz e sombras, de movimentos, de tomadas e planos, de fotografia, além de uma atuação impecável de Welles como o asqueroso policial corrupto Quinlan tornam esse clássico algo único. Isso sem falar no famoso plano-sequência inicial, um dos mais famosos e emblemáticos desta técnica na história do cinema. A cena toda, por si só, já é uma verdadeira bomba-relógio: a ação começa com uma bomba sendo acionada e colocada debaixo de um carro que parte e ao qual passamos a acompanhar enquanto ao seu redor desenrolam-se situações corriqueiras como a de um casal conversando, que no caso é o do detetive Vargas (Charlton Heston) e sua esposa (Janeth Leigh), prestes a cruzarem a fronteira do México para os Estados Unidos. Numa coreografia mágica de elementos em cena e um magistral jogo de luz e sombras, embalados pela precisa trilha sonora de Henry Mancini, depois de estabelecida a tensão pela existência de uma bomba e a expectativa pelo momento de sua explosão, pelo entra e sai do carro no enquadramento, a cena só é interrompida pela explosão que desencadeia então toda a ação do filme. Obra prima do genial Orson Welles.
Com certeza "Touch of Evil" faz parte da minha lista dos 10 mais do cinema.

O honesto detetive Vargas (Charlton Heston) só de olho no corrupto Quinlan (Welles)


 



Cly Reis