O MAC, uma obra de arte por si só. |
Em outra das exposições, "Don't You (Forget About Me)", de menor destaque, no corredor externo da área de exposições, o niteroiense Rafael Alonso com uma espécie de arte pop e ilusões ópticas propõe uma forma menos convencional de se ver a paisagem. Cores vibrantes, formas abstratas e sensações visuais estimulam os olhos e a maneira de reenxergar o que está à nossa volta.
A última delas, bastante diminuta e relegada a um cantinho também no anel externo de circulação, é a "Versão Oficial" que poderia ser a mais interessante delas com um pouco mais de espaço, aprofundamento e melhor apresentação. A pequena mostra organizada pelo pernambucano Bruno Faria destaca capas de LP's com ênfase para seus projetos gráficos e todo o significado que venham a conter (estético, artístico, político, social, etc.) fazendo com que de certa forma, as mesmas passem a limpo a história brasileira a partir dos anos 60. a ideia é boa mas parece-me mal executada. A exposição espremida num final de corredor, sem maiores atenções de estrutura ou informação, emoldurando um toca-discos que tocava clássicos da música brasileira, no fim das contas ficou parecendo mais uma banca de discos usados. Vi que havia atrás dos discos, nas paredes alguma informação sobre a obra mas não fica claro para o visitante se ele pode retirar o objeto do lugar e mesmo assim, quando se retira, ao recolocar ele fica instável em sua fixação e o interessado logo se intimida em não deixar cair outros como fatalmente terá acontecido com algum. Mas para mim, adorador de música, da discografia nacional e apreciador da arte das capas de álbuns, mesmo com todos os defeitos ainda assim foi bastante interessante e válida tendo lembrado muto uma seleção feita pelo ClyBlog há não muito tempo atrás sobre as melhores capas de discos do Brasil em todos os tempos..
Além das exposições, o museu ainda apresenta um pequeno espaço interativo para as crianças "brincarem" de arte com lápis de cor, cordas e com os elementos orgânicos como conchas, pedras e grãos numa extensão da exposição da artista Regina Vater.
Como eu disse no início, se nada disso lhe interessar, se não é seu tipo de arte, não vê graça nessas coisas, o próprio MAC e a maravilhosa paisagem que se pode apreciar dele já são motivos suficientes e válidos para uma visita.
A instalação que dá nome à exposição de Regina Vater, "Oxalá que dê bom tempo" |
Os elementos naturais e orgânicos na obra de Regina Vater: "Mar de Tempo", pedras em um recipiente cerâmico |
As naturezas vivas de Regina Vater |
O tropicalismo presente na obra da artista com "Mulher Mutante" |
Série fotográfica da artista |
Instalação "Cascavida", foló com cascas de ovos |
A forma da mulher misturando-se à da paisagem. |
Aqui o trabalho de Rafael Alonso e sua "Don't You (Forget About Me)" |
O olho e apercepção desafiadas na obra de Rafael. |
Este blogueiro tendo como fundo as obras da exposição (foto: José Júnior) |
A exposição "Versão Oficial" e a convergência com a de Regina Vater, o Tropicalismo |
Capas de discos que contam não somente a história da música do Brasil, como a da arte, comportamento e sociedade. |
Alguns dos trabalhos mais importantes e expressivos da arte de dar imagem a um álbum expostos em "Versão Oficial" |
O espaço bastante exíguo e espremido passa uma sensação de se estar num sebo de discos usados. |
A agulha no vinil (foto: José Júnior) |
No espaço infantil das artes, papai blogueiro fazendo arte com sua melhor criação artística (foto: José Júnior) |
Pedriscos, cascas, sementes e uma obra de arte (foto: José Júnior) |
Lá de cima, do vidro inclinado da "nave", pode-se ver a praia lá embaixo. (foto: José Júnior) |
texto: Cly Reis
fotos: Cly Reis e José Júnior