sábado, 16 de novembro de 2024
quinta-feira, 14 de novembro de 2024
Capas de VHS V - "A Bela e a Fera" e "Orfeu"
quinta-feira, 7 de novembro de 2024
Capas de VHS IV - "Um Corpo que Cai"
sexta-feira, 25 de outubro de 2024
Capas de VHS III - "O Pagador de Promessas" e "Joana D'Arc"
terça-feira, 15 de outubro de 2024
Capas de VHS II - "Os Sermões"
segunda-feira, 7 de outubro de 2024
Capas de VHS I - "Janela Indiscreta"
segunda-feira, 30 de setembro de 2024
Capas de VHS - "Os Deuses Malditos"
quinta-feira, 19 de setembro de 2024
sexta-feira, 6 de setembro de 2024
quinta-feira, 29 de agosto de 2024
Homem Pautado
quinta-feira, 15 de agosto de 2024
sábado, 3 de agosto de 2024
quarta-feira, 24 de julho de 2024
terça-feira, 25 de junho de 2024
"Passaredo"
quinta-feira, 30 de maio de 2024
Exposição “Anjos com Armas”, de Hélio Oiticica, Lygia Clark, Mira Schendel e Sergio Camargo - Pinakotheke Cultural - Rio de Janeiro/RJ
Dos vários espaços culturais do Rio de Janeiro, sempre há um novo a se descobrir. A cada vez que volto à Cidade Maravilhosa um dos roteiros é, justamente, visitar algum desses espaços para conhecer. Foi assim anos atrás com Instituto Moreira Salles, Sesc Cultural e Casa Fundação Roberto Marinho. Desta feita, o local desvendado foi a bela Pinakotheke Cultural, em plena Rua São Clemente, uma das duas principais vias arteriais do querido bairro de Botafogo. Lá, por conhecimento prévio, sabíamos haver a exposição “Anjos com Armas”, que reuniu obras de quatro artistas visuais brasileiros aos quais nutrimos grande admiração: Hélio Oiticica, Lygia Clark, Mira Schendel e Sergio Camargo.
A mostra, que já se encerrou neste mês de maio, reuniu obras destas quatro referências das artes visuais modernas brasileira e suas relações com a lendária galeria Signals, em Londres, nos anos 60, marco para a arte de vanguarda e experimental daquela época. Por curtos mas eternos 2 anos, o crítico e curador britânico Guy Brett e o artista filipino David Medalla, fundadores da Signals, expuseram Camargo, Lygia, Mira e, mais tarde com o fechamento da Signals, na White Chapel, Oiticica, dando uma inédita vitrine internacional à produção artística brasileira ou de fora do tradicional circuito das artes.
A convidativa entrada lateral da Pinakotheke Cultural, em Botafogo (RJ) |
Em termos de exposição, o belo casarão em estilo neoclássico abriga uma espaço de boa proporção de obras, nem muito nem pouco. Grosso modo, uma grande sala para cada um dos quatro artistas além de uma sala de projeção, havendo, principalmente na entrada, pontos de confluência entre cada um. Na sala dedicada a Mira, seu desenho gráfico exato e, principalmente, o trabalho inventivo de logotipia que muito diz à publicidade e ao design. Lygia, das maiores de sua época, a relação visual pura e o corpo da matéria extraordinariamente concisa, como nos seus “Espaço Modulados” nº 4, 8 e 9, de 1958 (tinta automotiva sobre aglomerado). Nas palavras de Brett, a coerência da obra de Lygia “nos torna capazes de registrar uma trajetória que começa com a pintura e termina com a prática de uma espécie de psicoterapia”.
No entanto, obras de Oiticica não só conversam como, em alguns momentos, saudavelmente se confundem com as de Lygia em especial. Caso da escultura suspensa de acrílico sobre madeira, de 1959, que lembra os parangolés, que o artista desenvolveria anos depois, e que muito dialoga com os bichos de alumínio de Lygia (“Bicho-contrário II”, de 1961, “Bicho-caranguejo” e “Bicho”, de 1960). Até mesmo dos Metaesquemas, conhecidos trabalhos e Oiticica da fase pré-tropilcalista, nota-se semelhanças e interinfluência, seja em “Voo alto pra cima, pra dentro e pra fora” (1958) ou “Dual mas nem tanto” (1957).
Entre os quatro, a que tinha menos contato, mas cuja obra merece muita atenção, é a de Camargo, com seus relevos brancos que saltam das telas e mesmo das esculturas, as quais até a tridimensionalidade não é capaz de frear tal sensação. Seja em madeira pintada ou em mármore, as formas cônicas e em enterramentos muito fizeram vir à mente a arte geométrica-construtiva de Sérvulo Esmeraldo, outro brasileiro com experiência de residência em Paris assim como Camargo.
Fique com algumas imagens do que Leocádia e eu presenciamos nesta primeira visita a Pinakotheke Cultural. Imagino que venham muitas ainda.
************O desenho geométrico e perfeito de Mira Schendel |
Outras técnicas: bastão oleoso e tinta a base de água sobre papel e massa, pigmento e areia sobre aglomerado, ambas dos anos 60 |
Mais do olhar minimalista de Mira |
Lygia, oura craque das variações mínimas |
Os "bichos" de Lygia Clark e sua relação estreita com a Signals Catálogos e materiais originais da galeria Signals |
Lygia ou Oiticica? Bichos ou pré-parangolés? |
Metaesquema "“Dual mas nem tanto” de Oiticica |
Outro da fase dos Metaesquemas de Oiticica, final dos anos 50 |
O potente trabalho de Sergio Camargo |
Detalhe de seus relevos em branco |
A obra essencialmente limpa e construtiva de Camargo |
Mármore com as mesmas ideias/resoluções |
segunda-feira, 13 de maio de 2024
quarta-feira, 10 de abril de 2024
quinta-feira, 28 de março de 2024
Exposição "Leopoldo Gotuzzo: de 1904 a 1971" - Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (MALG) - Pelotas (RS)
“Agora”, aliás, é um tanto defasado de minha parte, pois a mudança ocorreu em 2018, ou seja, desde quando – mesmo tendo ido a Satolep outras vezes neste meio tempo – não mais voltamos ao museu. E que prédio lindo! Como os belos construções históricas de Pelotas – várias delas muito mal preservadas, o que não era o caso do novo Leopoldo Gotuzzo, que certamente ganhou um bom restauro antes de tornar-se o novo espaço de arte. O antigo e imponente prédio do Lyceu Riograndense – diz-se, o primeiro do Brasil a oferecer curso de Agronomia nos idos do século XIX – guarda significativa relevância histórico-cultural, tanto para a comunidade pelotense como para a universitária.
Mas e a parte expositiva, ora essa!? Interessantíssima como sempre. Nada muito extenso, como as infindáveis exposições do MAR, no Rio de Janeiro, e nem diminuta a ponto de deixar vontade de querer mais, como as do Instituto Ling, em Porto Alegre. O tamanho das mostras manteve-se mesmo com a mudança de prédio. O que se viu foi, como de costume, um apanhado de quadros do autor que dá nome ao espaço, o pelotense Gotuzzo, a quem noutras ocasiões já foi motivo de Cly_art aqui no blog. Desta feita, algumas obras de 1904 a 1971, período que encerra toda a sua profícua produção.
Dono de um traço muito sensível e experimentado em diversas técnicas – como era comum aos adeptos das Belas Artes no passado –, Gotuzzo percorre desde carvão sobre papel impressionantes (que passam tranquilamente por retratos a um visitante mais distraído) até os tradicionais óleos sobre tela. As figuras femininas, as paisagens do campo (seja no Brasil ou em Portugal), e as características naturezas-mortas estavam lá também.
Posteriormente, para modo de dar o devido destaque, volto com a outra exposição em cartaz no Leopoldo Gotuzzo nesta recente visita ao museu pelotense. Por ora, fiquemos com alguns dos registros que fiz do anfitrião da casa. Nova casa.
********
Paisagem de Porto, em Portugal, de 1929 |
Dois belos nus feitos no Rio... |
... e este da "Espanhola", de 1942 |
A riqueza de detalhe do interior de uma igreja da cidade do Porto |
Figuras humanas e paisagens, duas especialidades de Gotuzzo |
"O Velho de Capa", óleo feito não no Rio Grande do Sul, mas na Madri de 1916 |
Outra especialidade de Gotuzzo: as naturezas-mortas |
Um dos incríveis carvão sobre papel, tão real que parece foto |
Mais figuras femininas, estas de Bernardina Miranda, um óleo sobre tela e um sanguines sobre papel, ambas do início dos anos 30 |
E o próprio Gotuzzo, em autorretrato de 1934 |