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sábado, 10 de abril de 2021

"Os 7 de Chicago", de Aaron Sorkin (2020)

 


INDICADO A MELHOR FILME, 
MELHOR ATOR COADJUVANTE
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL, MELHOR EDIÇÃO,
MELHOR FOTOGRAFIA 
E MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

Cara,... eu não gostei de "Os 7 de Chicago". Pode ter todas as indicações que teve mas, de cara, desde os primeiros minutos, não gostei. Excessivamente americano. O formato, a dinâmica, a condução... Até a "imprevisibilidade" previsível, é tão característica do cinemão feito para conquistar, que, não precisa de muito tempo para torrar a paciência do espectador que espera algo mais.
O filme que trata dos eventos em torno de uma manifestação pacífica contra a Guerra do Vietnã, acontecida em 1968 e seus desdobramentos como a prisão de pessoas consideradas chave para aquele movimento, até tenta ter uma boa dinâmica com flashbacks que vão remontando alguns elementos determinantes para o esclarecimento das ações daquele dia, mas até esse recurso é tão batido que a gente não só sabe que ele será utilizado, mas também como sabe como será.
Ah, e o julgamento é desgastante com o advogado clichê e o personagem do juiz explorado de maneira repetitiva e cansativa... Sei que os fatos são verídicos mas, cabe então ao diretor, conduzi-los de forma mais instigante e menos convencional. 
Se salva, de fato a atuação de Sasha Byron Cohen como o líder yippie, alternando entre o humor e o dramático de forma brilhante e merecidamente elogiada e indicada para melhor atuação de coadjuvante. Agora, me surpreende que o filme tenha sido indicado a melhor roteiro adaptado, com um andamento tão "obviamente surpreendente" ou, se preferirem, "surpreendentemente óbvio". Mas...
Chato. Chato. Irremediavelmente chato. Tem todo o componente humanista, de justiça social, de liberdade de expressão, uma mensagem cada vez mais importante e válida, ok... mas quantos filmes já não passaram esses recados de maneira mais estimulante e interessante?

Sasha Baron Cohen, como Abbie Hoffman, à frente do grupo pacifista, na manifestação.




por Cly Reis