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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Copa do Mundo The Cure - finalistas


Dois jogos.
Duas batalhas.
Quatro grandes músicas.
Apenas duas delas chegarão  final e apenas uma será proclamada a Melhor Música do The Cure.
O clássico 'The Walk', um sinth-pop da fase de transição do Cure dark para uma banda mais pop encarou a boa 'M', do álbum Seventeen Seconds, um pós-punk irretocável com bela base de guitarra e sintetizadores quebrando os tempos. A grandiosa 'A Forest', uma das músicas que melhor representa o som do Cure e uma das mais executadas ao vivo ao longo da carreira da banda pegando a ótima 'Push', um show instrumental com uma guitarra espetacular de Robert Smith, em uma das melhores performances coletivas da banda. Puxa vida... E agora? Nossos 4 especialistas, ajudados pelos amigos do Clyblog no Facebook tiveram a dura tarefa de escolher apenas 2 classificadas. Uma em cada confronto.
Confira abaixo as análises de cada um e o resultado destas semifinais:



Daniel Rodrigues

"M" x "THE WALK"
" “The Walk” é daqueles ex-campeões nacionais que há muito não ganha um título, tipo Botafogo e Atlético Mineiro, mas que, desta vez, montou um time competitivo, armadinho, eficiente. Por isso, vinha despachando adversários fortes nas fases anteriores, como as “Disintegration” “Fascination Street” e “Lovesong”. Mas só força de vontade não basta em futebol quando se pega pela frente um time com mais consistência e qualidade técnica. “M” não se apavora com o retrospecto de “The Walk” e lhe aplica um 2 x 0 sem susto, um gol em cada tempo: jogada armada pela esquerda no primeiro (aquele cruzamento da linha de fundo implacável com cabeçada do centroavante na marca do pênalti, sabe?), e, no segundo, de pênalti.
‘M’ NA FINALEIRA! "

"PUSH x "A FOREST"
"Pensei que esta seria a final, mas, por essas coisas do futebol, deu aquele “jogo da morte” nas semi, tipo “Gre-Nal do Século”, tipo Holanda e Itália de 1978, tipo Uruguai e Hungria de 1954. Mas quem foi o Inter, a Holanda e a Hungria da vez? “A Forest”. 1 x 0 com um golaço de fora da área, uma bucha no ângulo, aos 20 do segundo tempo. O jogo encrespou a partir de então, porque “Push”, com a qualidade que tem, foi pra cima e botou pavor na área adversária. Mas “era dia de floresta”, depois de por um volante e mais um zagueiro (abdicando de atacar) e...
‘A FOREST’ CLASSIFICA "

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Anderson Reis

"M" x "THE WALK"
"Meu voto vai para "The Walk
THE WALK CLASSIFICA


"PUSH x "A FOREST"
"A Forest" ! Não tem como, meu.. "Push" é mto boa mais "A Forest" é fodastica e ao vivo é melhor ainda.
A FOREST CASSIFICA

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Christian Ordoque
"M" x 'THE WALK"
Ganha 'M'. Por mais que 'The Walk' cresça ao vivo não é o suficiente para ganhar da 'M'. Aristocraticamente falando, M tem berço, tem estirpe, tem origem e pedigree. 'The Walk' não tem. 'The Walk' é novo-rico comparado com a bem nutrida, centrada e consistente 'M'.
"M" CLASSIFICA

"PUSH" x  "A FOREST"
Conheci “A Forest” como muitos de vocês devem ter conhecido no glorioso Concert Live numa versão acelerada empurradaça por um teclado poderoso que fazia mais um zumbido opressor do que tocava as notas da música e um reverber no vocal que chegava a dar eco e foi nesta versão que eles vieram a Porto Alegre no show do Gigantinho que não fui. Muito escutei esse disco. Ou muito me engano ou tive que ter dois discos destes porque o primeiro gastou. Depois retomei minhas audições do The Cure quando daquela fase do Wish pelos EUA que resultou no disco ao vivo Show, uma Forest mais comportada, mas ainda mantendo a essência. Depois nos anos 90 vi meu primeiro show do Cure no Hollywood Rock onde conheci os colegas Cureólogos e dedicados à Cureologia Aplicada Cly Reis E Daniel Rodrigues. Foi um show mais de emoção do que de razão onde chorei horrores e que dizem que não foi tão bom assim. Para mim foi bem bom. Ano passado fui ver como estava a banda e me surpreendi com a coesão do grupo. Neste show e imagino em todos os outros que passararam e que virão eles tocaram “A Forest”. Em um show de 40 músicas, eles “queimaram” este cartucho na música 14 ! Um clássico dessa envergadura antes da METADE do show. Corta. E Push ? O que dizer de Push ? Musicaço cartão de visitas, onde mostra todo o potencial de instrumentistas em várias formações ao longo dos anos. Foi por anos a cortina do Glorioso programa Boys Don´t Cry do Mauro Borba. Contarei um causo. A Pop Rock tinha um programa depois das 11 ao vivo onde o Ricado Padão atendia a alguns pedidos da galera e numa dessas noites pedi a Push para ele. Foi muito engraçado e diferente ouvir uma música que era características dos sábados de tarde tocar de madrugada. Push é hino, Push é instrumental absurdo, Push é símbolo de uma música bem composta por exímios músicos. Mas não é imbatível. Perde para A Forest por um simples motivo: Foi a única música que vi tocada ao vivo onde milhares de pessoas a aplaudiu NO MEIO da execução ! A Forest é a Hey Jude do The Cure. Pode parecer monótona ou coisa de fã, mas só quem está no meio da multidão pode saber e sentir do que se trata.
"A FOREST" CLASSIFICA
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Cly Reis
"M" x "THE WALK"
"M" tem mais jogo, tem mais talento. "Walk" tem um jogo muito mecânico, sempre a mesma jogada. "M" aproveita a previsibilidade de "Walk" e anula suas principais virtudes. Faz 1x0 já  no início, só por aquela introdução que é muito bala, o jogo fica equilibrada na maior parte do tempo, mas "M" liquida o jogo no solinho final. 
"M" CLASSIFICA

"A FOREST" x "PUSH"
Agora o bicho pegou! 'A Forest' tinha passado por outras grandes mas provavelmente por nenhuma tão completa quanto 'Push'. São estruturas diferentes mas ambas extremamente técnicas e muito bem desenvolvidas. Enquanto 'Push' faz uma longa introdução instrumental, onde apresenta toda a estrutura da música e então a repete acompanhada da letra, 'A Forest' tem três partes cantadas que desembocam num solo e que por sua vez vai se desvanescendo até morrer nas notas do baixo. O que vale mais? Difícil escolher! 0x0 no tempo normal.
'Push' tem guitarras mais altas, mas estridentes, mais vibrantes, mas 'Forest' tem a intensidade precisa pra manter o clima sombrio, tem a medida exata de intervenções, e um solo final de arrepiar. Se 'Push' tem aquele "the only way to beeeeeee....", "A Forest" tem seu 'again and again and again and again...". Segue a igualdade. 
O contrabaixo: o baixo de 'Push' é notável, mas o que dizer do da outra, simplesmente o coração da música? "A Forest' até faz 1x0 por conta dessa performance de Simon Gallup, mas o gol é anulado.
Enquanto os teclados de 'Push' são mais um complemento, os de 'Forest', notáveis, densos, formando uma atmosfera escura e esfumaçada, são fundamentais. 1x0 na prorrogação, e agora valeu. Mas a bateria de 'Push' supera a discreta bateria eletrônica da original de 'A Forest'  e 'Push' empata nos acréscimos do tempo extra.
Vai para os tiros livre da marca da cal. Nos penais, pelas versões ao vivo de "A Forest", pela remix e pelo tanto que representa e simboliza em relação à banda, 'A Forest' faz 3x1. 
A FOREST CLASSIFICADA


por maioria de votos "M" e "A FOREST" estão na grande final.


Agora é aguardar a avaliação da bancada, as opiniões populares e todo o desenrolar deste grande clássico para sabermos quem será o grande campeão da Copa do Mundo The Cure.

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