Barbarella, A primeira superprodução e primeiro grande filme das HQ's
por Vagner Rodrigues
Inocência, beleza e sensualidade.
Tudo isso na maravilhosa Jane Fonda
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Barbarella (Jane Fonda) é uma agente espacial que viaja pelo universo fazendo
missões especiais a pedido do presidente da Terra. A história se
passa durante uma das missões de Barbarella, onde ela vai atrás do
perigoso Dr. Durand Durand (sim, foi daqui que a famosa banda tirou
seu nome). Ao longo de sua jornada ela vai se deparando com
diferentes raças e planetas, no meio deste intercâmbio cultural,
ela descobre os prazeres do sexo, daí a ficção científica vai
para o espaço (entenderam a piada?) e o filme e só Barbarella
conhecendo diferentes homens e fazendo sexo com eles. Não tem nada
explícito, o filme é sensual, desde seu início, a cena de abertura
é um strip-tease de Jane Fonda, de dar inveja a Sandra Bullock em 'Gravidade".
Fonda
é pura sensualidade nesta obra. O seu ar inocente (beirando ao
estereótipo de loira burra), combinado com suas roupas provocantes,
levam os homens a loucura, só por isso o filme já merece ser
assistido.
O
roteiro é uma bagunça, as falas são horríveis, muitos diálogos
sem sentido, e os efeitos até mesmo para época são muito ruins.
Não é um bom filme tecnicamente falando, o som é ruim, atuações
quase amadoras, mas você consegue tirar algo de positivo do filme.
Os muitos uniformes de Barbarella.
Muito práticos para viagens espaciais.
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Não
se engane com o que você leu até aqui, pode parecer uma obra
machista, mas não é. Roger Vadim acerta em cheio em sua adaptação,
ao deixar sua obra exalando sexualidade, pois este é o espírito da
HQ, o filme e a HQ são da época de força da luta do feminismo, do
direito de igualdade e liberdade da mulher, no filme é retratado a
liberdade sexual da mulher. Barbarella não é um objeto, ela quer
prazer, por isso procura os homens, e não o contrário. Ela seduz
(mesmo sem querer), mas não é seduzida, ela é inocente em alguns
momentos, mas nunca inferiorizada. Claro, é um filme de um diretor
homem, baseado em uma HQ de escritores homens, para o público em sua
maioria de homens, por isso há um exagero ao mostrar a sensualidade
de Barbarella, você pode assistir o filme com essa visão, de um
filme soft erótico, está no seu direito, mas aconselho a superar
essa camada, que irá aproveitar muito mais.
Foi
isso, essas camadas do filme que me fascinaram. Você pode velo como
um “filme machista”, que utiliza da sensualidade de Jane Fonda ao
extremo (e usa maravilhosamente bem), pode também olhar um filme com
a coragem de colocar uma heroína como personagem principal, o que
ainda é difícil nos dias de hoje, ou simplesmente um filme tosco,
sem sentido, o importante é: Assista ao filme e faça sua escolha,
pretty! pretty!.
O striptease da abertura. E que abertura! |
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