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sábado, 13 de fevereiro de 2016

Quadrinhos no Cinema #11 - "Batman, O Cavaleiro das Trevas", de Christopher Nolan (2008)




Um marco para os filmes de super heróis! "Batman, O Caveleiro das Trevas" definiu qual seria a direção que os longas da DC/WARNER tormariam da li para frente. Um clima realista, bem pesado e um grande vilão, são as principais marcas desse ótimo longa.
Após dois anos desde o surgimento do Batman (Christian Bale), os criminosos de Gotham City têm muito o que temer pois o vigilante agora conta com a ajuda do tenente James Gordon (Gary Oldman) e do promotor público Harvey Dent (Aaron Eckhart) para limpar as ruas. Acuados com o combate, os chefes do crime aceitam a proposta feita pelo Coringa (Heath Ledger) e o contratam para combater o Homem-Morcego.
Sei lá, o visual é legal
mas ainda não é "o meu Bat"
Se o diretor Christopher Nolan já tinha nos acertado em cheio com o seu primeiro Batman, aqui ele nos dá um nocaute. Todos o personagens são bem construídos, a trama é super bem trabalhada, o clima fica tenso desde da cena inicial, com um fantástico assalto a banco até as últimas sequências onde se dá um combate com o Duas Caras. A fotografia e trilha contribuem para manter o clima sempre "dark". Em Gotham, tudo é muito escuro, a trilha sempre surge no momento certo, pesada, batendo com força. Não é um filme que se sustenta meramente pelos efeitos e ação. Sim, eles são utilizados, mas na medida certa, como nas cenas da explosão do hospital e do caminhão.
Christian Bale como Batman continua regular, não e o Batman que nos queremos, talvez nem seja o que precisamos, porém é o que temos. Falta desenvultura e imposição a ele como cavaleiro das trevas, coisas que sobram nele como Bruce. Aaron Eckhart está ótimo, até porque seu personagem, Harvey Dent, é muito bom e sua transição de herói para vilão faz todo sentido e você até o entende, a ponto de eu chegar a me colocar no lugar dele e pensar "será que eu não faria o mesmo?". Gary Oldman como comissário está mais uma vez bem e os outros personagens secundários como policias e mafiosos também conseguem transmitir seus problemas, raivas, loucuras, medos, ou seja, o elenco do filme todo funciona bem.
Uau, que caracterização! Que atuação fantástica!
O grande destaque do filme,  é claro,  Heath Ledger como Coringa. Sombrio, violento, estranho e louco (Louco? não! Louco não, não, não). Ledger foi um pouco mais longe do que os atores anteriores ao interpretar o personagem, que também tiveram grandes atuações. Ele não é mais um simples palhaço querendo diversão, que sai destruindo obras de arte (não pensem errado da minha pessoa, eu adoro aquela cena), agora ele é um homem de gostos simples,"Eu gosto de pólvora, dinamite e gasolina", como ele mesmo revela.  A única coisa que temos certezas é que ele quer causar o caos, desequilibrar as coisas. "Eu não faço planos, sou apenas um agente do caos. E você sabe qual é a principal ferramenta pra se trazer o caos? Medo!". Sim ele causa muito medo.  Não nos é contada a origem do persongem, nada sobre o passado dele antes de virar Gotham de pernas por ar é dito. Na verdade algumas coisa são ditas, porém são ditas pelo próprio Coringa, então, não temos como saber se é verdade ou não. Merecidamente, Heath Ledger levou o Oscar de melhor ator caodjuvante, por sua interpretação no filme, tornando-se o segundo ator a recebe um Oscar póstumo, já que já havia falecido, de maneira um pouco obscura, antes do lançamento filme.
 O último ato do filme é seu único ponto baixo. Apesar daquela tensão das balsas, a solução "sociedade boazinha" não combinou muito com filme, e o destino do Duas Caras faz todo sentido na história, porem não era o que eu preferia. Com certeza é uma obra espetacular que vai além de simplesmente mostrar as aventuras de um super-herói. "O Cavaleiro das Trevas" aborda as loucuras de uma sociedade, e que tipo de consequências um cara fantasiado de morcego pode causar nela, boas e ruins. Tudo isso sem perder a essência Batman.

Um bom roteiro tem ótimas construções de personagens.





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