Eu assisto a muita porcaria de terror mas de vez em quando o cara dá uma sorte e encontra um filme daqueles que surpreende e entusiasma. Não apostava muito no tal de "We Are Still Here" ("Nós Ainda Estamos Aqui") achando que era apenas mais um entre tantos filmes de terror abarrotados de clichês e sem nenhuma qualidade mas bastaram poucos minutos para perceber que não se tratava disso. O filme é sim, cheio de clichês, a começar pelo tema: casal transtornado pela morte do filho se muda para casa no interior com um histórico um tanto nebuloso onde coisas estranhas começam a acontecer. Ok, você já viu esse argumento com pequenas variações um milhão de vezes, não é? Pois é! O fato é que o diretor Ted Geoghegam de certa forma presta uma homenagem a filmes deste tema e faz uso dos clichês a seu favor. "We Are Still Here" nos transporta com muita competência e qualidade na direção aos assustadores filmes B de casas assombradas dos anos 70 como "A Casa dos Sete Mortos", "A Casa Que Pingava Sangue", entre outras "casas", com elementos muito presentes do cinema italiano de terror de Lamberto Bava, Argento e Lucio Fulci como as mortes brutais e explícitas, o sangue vermelho vívido e a maquiagem das criaturas muito característica.
Um dos "habitantes" da casa.
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Alem de tudo conta com uma fotografia espetacular e uma direção de arte competentíssima, a tal ponto de , tendo como intenção ambientar o filme nos anos 70, pela perfeição dos figurinos, mobiliário, ambientação, da imagem, chegou a me fazer voltar nos créditos para conferir se havia realmente sido feito no ano passado ou se eu vira errado na primeira vez.
Pra quem quiser conferir, tem no Netflix. Vale a pena.
Terror de casa mal-assombrada, terror anos 70, terror à italiana, terror com susto, com altas doses de violência, com sangue em excesso, com tripas. Terror dos bons! Terror como nos velhos tempos!
Cly Reis
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