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quinta-feira, 15 de novembro de 2018

cotidianas #599 - poemas para falar deles, nº1


Quando você dizia que doía,
como raiva que corrói,
eu não entendia como quem amou
podia odiar
e ainda amar.
Como alguém podia ser
o vilão e o herói?

Reconheço meus passos errados,
agora entendo sua distância,
não era apenas raiva,
você queria esperança
como criança
que só aprende a caminhar
quando se levanta, sozinha.


Você precisava florescer,
e mesmo que eu não quisesse
minha presença te matava.
Agora que eu sou você,
eu entendi
que pra machucar
a gente não precisa querer,
bastar ficar lá.

Fiz as pazes com a culpa
e agora se eu não sou terra,
quero ser vento
que sopra
forte e lento
seja feliz
seja feliz 
seja feliz

***************
"poemas para falar deles - nº1"
Luan Nascimento

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