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segunda-feira, 27 de julho de 2020

"Hair", de Milos Forman (1979)



"Hair" representa o início do movimento jovem através da contracultura e do New Age. Ideias que representam um clamor por mudança de pensamentos: sexo não é algo pecaminoso, existe mais que guerra e dinheiro, a aparência não é sinônimo de status (ou não deveria ser) e a crença de que existe algo a mais por aí através da astrologia (a nova era de Aquário).

Adaptado tardiamente dos palcos (praticamente 10 anos depois do lançamento na Broadway), estreou nos cinemas representando mais do passado do que do presente. Mesmo assim, suas danças desorganizadas e sexualizadas, as letras politizadas, os protagonistas de discurso livre e ingênuo, as melodias marcantes... Tudo ainda fazia sentido.

Destaque para a cena do alistamento militar através da música "White Boys / Black Boys" onde militares analisam os convocados nus com um fetichismo erótico que faz sentido dentro da lógica de escolher o melhor "material". Crítica de primeira.

cena do alistamento militar - "White Boys / Black Boys"
"Hair" merece ser visto até por quem não gosta de musicais. Ainda mais em tempos como o nosso, em que a realidade dura e cruel esmaga nosso dia a dia. Afinal, a dureza da luta não pode ser motivo pra gente parar de contestar, sonhar e lutar por um mundo melhor. Mesmo que nossos valores sejam ingênuos e utópicos eles devem sempre estar lá. A mudança começa com os sonhadores.
As causas, reivindicações e lutas de "Hair"
permanecem atualíssimas e extremamente válidas ainda nos nossos dias atuais. 

por Luan Nascimento

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