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terça-feira, 6 de abril de 2021

Jorge Benjor - Largo Glênio Peres - Porto Alegre / RS (out.1997)

 



Salve simpatia! O band-leader Jorge Benjor
anima a festa por onde quer que passe.
(foto do Heineken Concerts -1998)
"Pletora de alegria
Um show de Jorge Benjor
Dentro de nós
É muito, é grande,
É total."
trecho da música "Fora da Ordem", 
de Caetano Veloso



Caetano Veloso tem total razão em comparar um show de Jorge Benjor a um abundância, a um excesso, um fenômeno tão incontido dentro do corpo, que o deixe quase a ponto de explodir de alegria. Um show de Jorge Benjor é um apogeu de alto-astral. Tive a oportunidade de vê-lo ao vivo num evento promovido pela Prefeitura de Porto Alegre, em 1997, numa época em que a administração municipal daquela cidade, ali pelos anos 90 até início dos anos 2000, além de todas as atribuições naturais que concernem a uma prefeitura, como infra-estrutura, segurança, manutenção, etc., zelava também pelo enriquecimento, estímulo e abastecimento cultural de seus cidadãos, promovendo feiras, exposições, concursos e espetáculos musicais gratuitos, como foi o caso deste de Jorge Benjor.

O Largo Glênio Peres, 
lugar onde aconteciam diversas
manifestaões políticas e culturais.
Shows aconteciam em várias partes da cidade, como no Anfiteatro Pôr do Sol, na Usina do Gasômetro, no Parque da Redenção, mas um dos lugares mais tradicionais e por onde também desfilaram nomes como Gilberto Gil, Nei Lisboa, João Bosco, era o Largo Glênio Peres, um grande espaço aberto pavimentado, localizado ao lado do histórico Mercado Público de Porto Alegre. E foi lá que tive a oportunidade de presenciar aquela festa da música e da alegria. Jorge Benjor é um cara que não deixa o ritmo cair, segura a galera lá no alto o tempo todo, sempre na maior empolgação e, com um termo que ele mesmo gosta de usar, na maior simpatia. Era hit em cima de hit, "Mas que Nada", "Cadê Tereza", "Charles Anjo 45", "W Brasil", e a galera não parando de dançar e cantar e sabendo as letra de cor... Modéstia dele quando ele diz que pode não  ser um band-leader pois poucos comandam um palco como ele. Ele puxa um coro, e ele chama nas palmas, comanda a banda e anima uma festa como ninguém. E a coisa pega fogo mesmo quando ele engata aquele medley, já tradicional, com "Taj Mahal", "Fio Maravilha" e "País Tropical". Aí não tem quem fique parado.
Comecei a gostar mesmo de Jorge Benjor depois daquele show e, a partir dali, ele nunca mais saiu da minha vida, ganhando, por sinal, lugar privilegiado na minha galeria de preferidos dentro do rol música brasileira.
Como já diria Caetano, prenhe de razão: um show de Jorge Benjor "é muito, é grande, é total".
O verdadeiro Jorge Maravilha! 



Cly Reis

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