Jorge Aragão e sua banda acabaram me conquistando naquela noite. |
Jorge Aragão, um cara que durante muito tempo foi um nome respeitado mas menos badalado, uma espécie de coadjuvante de nomes mais consagrados no cenário do samba, tendo composto para muitos deles, aparecia pela primeira vez com maior destaque na cena nacional com um álbum ao vivo vigoroso, "Jorge Aragão Ao Vivo Convida", recheado de participações especiais, e que explodia nas paradas repleto de hits. E era basicamente o repertório desse disco que ele e sua banda levavam ao palco no Teresópolis Tênis Clube naquela noite, com uma apresentação dinâmica, entusiasmada e de musicalidade riquíssima.
Jorge, mais do que um astro, do que um protagonista destacado, em grande parte das vezes, no espetáculo, funcionava como uma espécie de centro, como ponto de referência, fazendo o time funcionar. Um generoso mestre de cerimônias que, por vezes, deixava os vocais para outro integrante, abria espaço para algum solo, ou destacava, com ênfase, determinada performance individual.
Um perfeito band-leader, uma banda competentíssima e um baita repertório. Destaques para a ótima "Malandro", a lindíssima "Espelhos dágua", que eu já gostava antes de ir ao show, e, é claro para as belíssimas adaptações da Ária nº1 das "Bachianas Brasileiras", de Heitor Villa-Lobos e para a singular releitura de "Ave Maria", em um sambão carregado acompanhado de um grupo de cordas.
Kaká, ainda bem que tu me convidaste pra te acompanhar. Obrigado! Do fundo do nosso quintal.
Jorge, mais do que um astro, do que um protagonista destacado, em grande parte das vezes, no espetáculo, funcionava como uma espécie de centro, como ponto de referência, fazendo o time funcionar. Um generoso mestre de cerimônias que, por vezes, deixava os vocais para outro integrante, abria espaço para algum solo, ou destacava, com ênfase, determinada performance individual.
Um perfeito band-leader, uma banda competentíssima e um baita repertório. Destaques para a ótima "Malandro", a lindíssima "Espelhos dágua", que eu já gostava antes de ir ao show, e, é claro para as belíssimas adaptações da Ária nº1 das "Bachianas Brasileiras", de Heitor Villa-Lobos e para a singular releitura de "Ave Maria", em um sambão carregado acompanhado de um grupo de cordas.
Kaká, ainda bem que tu me convidaste pra te acompanhar. Obrigado! Do fundo do nosso quintal.
Jorge Aragão e Quarteto de Cordas -
"Aria Cantilena nº1 Bachianas Brasileiras, nº5" e "Ave Maria"
Não tenho registros do show de Porto Alegre mas fiquemos com os dois momentos destacados acima
em que o sambista, em um arranjo inspiradíssimo, une a música erudita ao mais popular dos ritmos brasileiros.
Cly Reis
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