Curta no Facebook

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

¿Por que te vás, Carlos Saura?

 


Saura e sua musa/minha deusa
Geraldine
Saura foi um dos cineastas que me formaram. Na infância/pré-adolescência, "Carmen", "El Amor Brujo" e "Bodas de Sangre" me impactaram. Logo depois, a Trilogia de Ana ("Ana y los Lobos", "Cría Cuervos..." e "Mamá Cumple 100 Años"), paixões. Mais tarde, descobri os mais antigos "La prima Angélica" e "La Caza". Ele me fez ficar uma semana chocado com a morte da protagonista de "Ay, Carmela!"., aquilo que só os diretores que sabem envolver o espectador a tal ponto conseguem. 

Foi Saura quem me apresentou a uma das minhas deusas do cinema, Geraldine Chaplin, que além de ser linda e ter um nome lindo, foi sua esposa e é filha de Charlie Chaplin! Mais recentemente, como se não bastasse ter ajudado a fundar o novo cinema espanhol pós-Buñuel, o já idoso Saura faz um daqueles filmes sem erros, "El Séptimo Día", sua última ficção, lá de 2004, além de ricos documentários unitemáticos como "Tango", "Fados" e "Flamenco", os que assisti. 

No último dia 10, a lente se fechou. Levou consigo seu cinema misto de poesia, crítica político-social e força imagética. Pegando emprestado os versos da memorável música da trilha de "Cría Cuervos...": "Por que te vás?". R.I.P. e obrigado, mestre aragonês. 


CARLOS SAURA
(1932-2023)




Daniel Rodrigues


Nenhum comentário:

Postar um comentário