Não adiantava.
A página continuava em branco.
Por mais que olhasse para ela, imaginasse coisas, tentasse pontos de partida, gatilhos, ganchos, starts, nada lhe vinha à mente.
Nada.
Pra piorar, quando parecia que vinha algo, outra coisa lhe tirava a atenção e quebrava o raciocínio.
Uma buzina na rua, o maldito telefone, o gato pedindo comida.
Olhava agora de novo para a página. Concentrado. Compenetrado. Determinado.
Será que agora viria algo?
Levou os dedos às teclas...
...
...
Batiam na porta.
Que inferno!
Logo agora!
Levantou irritado e foi até a porta.
Abriu.
O que viu o deixou sem palavras.
Branco como um papel.
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"Papel em Branco"Cly Reis

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