Na Rivera Italiana, Luca vive
aventuras com seu novo melhor amigo, mas a diversão é ameaçada por um segredo:
seu amigo é um monstro marinho de outro mundo que fica abaixo da superfície da
água.
Não há nenhuma inovação na questão de roteiro que, por sinal, segue uma fórmula Pixar que agrada crianças e adultos. Esteticamente, o longa é lindo, suas cores vivas, a parte mágica dos monstros muito bem criada, assim como a cidade, muito bem caracterizada, que ficou tipicamente italiana. E se não houve nenhum grande salto técnico em comparação aos últimos longas da produtora, o charme, como sempre, fica no encanto do jeito Pixar de falar de sentimentos.
A forma bela como trata amizade é algo único e profundamente tocante. "Luca" consegue ser melodramático, mas sem
exagerar, consegue ser profundo ao falar de temas, como aceitação, sem ser sério
e tenso de mais. Tudo é na medida certa.
Uma jornada de descoberta, desvendar o mundo, as amizades, aceitar as diferenças, principalmente se aceitar, se descobrir. Para muitos o mundo não vai ser colorido e belo, vai ser cruel, vai ser cinza e, nesse momento, você deve estar bem com você mesmo para aguentar isso, de preferência cercado de pessoas boas que, mesmo com diferenças de estilos, cor, crença, humano ou monstro, queiram chegar no mesmo objetivo que você, mesmo que por caminhos diferentes.
Acredite em você, se aceite e, se lá no fundo, houver algumas voz dizendo para você não fazer, não se arriscar, apenas diga... "SILÊNCIO BRUNO!!!".
"Luca" é mais um longa da Pixar que vai além da mera animação infantil e do entretenimento. |
por Vagner Rodrigues