O José Júnior, um dos colaboradores deste blog, às vezes
funciona como uma espécie de traficante de filmes. Ele, por assim dizer,
abastece os amigos com algumas preciosidades que baixa da Internet. Já ganhei
dele, por exemplo, o “Inland Empire” e o “Mulholand Drive”do Lynch, o cult "Corrida Contra o Destino" , o bom “Agonia e Êxtase”, com Charlton Heston na
pele de Michelangelo, mas desta vez, me apareceu com o tal “Aniversário
Macabro” (“Happy Birthday to Me”), de 1981, do
qual ele já havia me falado por ocasião do aniversário dele mesmo.
Bom, por mais que o Júnior tenha crédito pelos tantos bons
que me forneceu, infelizmente tenho que dizer que esse “Happy Birthday to Me” é
horrível. E não horrível no sentido de ser assustador, horripilante. É horrível
de péssimo!
Clichezão de filmes do gênero. O serial-killer
‘mal-humorado’ do campus (da praia, do acampamento, ou seja lá de onde for)
matando um a um os coleguinhas (as
namoradas dos coleguinhas, os namorados dos coleguinhas, o quarter-back do time,
a líder de torcida...) e aumentando o mistério a medida que o filme segue. O
pior é que nem sequer as mortes são legais. É, por que às vezes isso pode fazer
valer um filme podre. Boas execuções, originalidade, bizarrice, repugnância.
Não, nem isso.
A cena do aniversário... Simplesmente estapafúrdia. |
E aquela coisa de sempre: jovens porra-loucas, o suspeito é
um esquisitão, o diretor tenta nos despistar com algumas evidências falsas ou
incompletas, mulheres passeando no mato em horas que não deviam, tropeços e
quedas inaceitáveis... Aff!
O lance é mais ou menos esse: num campus de faculdade alguns
alunos vão sofrendo mortes violentas causadas por algum perturbado. Aos poucos
vão sendo sentidas as suas ausências e percebe-se que tem alguma coisa errada.
O negócio é que uma das alunas é meio esquisita, tem umas tonturas, uns insights
de memória de vez em quando que podem estar querendo nos dizer alguma coisa.
Não! Engano! Nada de significativo.
Acho que pra fugir do convencional o glorioso J. Lee
Thompson opta por um final estapafúrdio que eu não vou contar pro caso alguém
ter a coragem de assitir, mas só posso dizer que é tão ruim quanto todo o
resto. Vi até o final na esperança de que de repente o desfecho salvasse mas...
nossa... minha decepção foi maior.
Eu não gostei, Mas se você tiver coragem de assistir, e
ainda por cima gostar, parabéns pra você.
Cly Reis