A gente se emocionar com uma banda é normal. Quando a gente vê que os músicos e equipe também se emocionaram com o mesmo show é a prova de que aquela noite foi realmente mágica e única. Conversei com meu pai após o show e comentei que, das bandas que NÓS dois realmente gostávamos, dos que ainda estão vivos e/ou na ativa, com o show do The Who poderíamos dizer que assistimos A TODOS: Steppenwolf, Santana, Rolling Stones, Ringo Starr e Paul McCartney (Beatles), Jack Bruce e Eric Clapton (Cream), Roger Waters e David Gilmour (Pink Floyd), Robert Plant (Led Zeppelin), Jethro Tull. Assistimos muitos shows juntos, é claro, mas estes aí com certeza são os que nos agradam fortemente e tem um sabor especial.
As lendas Daltrey e Townsend
Ver no palco (finalmente!) Roger Daltrey e Pete Townsend, acompanhados de uma fenomenal banda, com energia de garotos, com execução perfeita dos sons, com bom humor, felizes de estarem ali, felizes pelo feedback que estavam tendo do público (é o que o texto deste link fala), tocando uma sonzeira atrás da outra (óbvio que como fã eu gostaria de escutar várias mais) deu gosto, deu muito gosto esperar todo esse tempo.
Noites mágicas ficam na memória pra sempre, e estar com os que eu amo junto quase fez esse coração explodir de felicidade, não havia lugar pra se estar no planeta Terra, a não ser o show do THE WHO naquela noite. "Listening to you I get the music Casing at you I get the heat Following you I climb the mountain I get excitement at your feet Right behind you I see the millions On you I see the glory From you I get opinions From you I get the story." da letra de "See Me Feel Me", do The Who
Delírio do público porto-alegrense que conferiu o show, elogiado pela própria equipe da banda
Assisti o documentário disponível no Netflix “O Invasor Americano” (“Where to Invade
Next”), do Michael Moore - mesmo
diretor de “Tiros em Columbine” e “Fahrenheit 11 de Setembro” - onde ele aponta
com deboche (como sempre) para a política dos EUA com foco no bem estar social
norte-americano.
Entre diversos aspectos os que me chamaram mais atenção são
dois que, aqui no Brasil, podemos dizer que temos este tipo de política MUITO
similar ao dos EUA: a política antidrogas e a política carcerária. Estas duas
sendo o foco da mídia nacional esta semana devido aos terríveis ocorridos nas
prisões de Manaus e Roraima.
Moore crava a bandeira yankee na sala do casal português.
Michael Moore visita Portugal e conversa com policiais e com
políticos a respeito de como o país lida em relação a usuários de drogas, onde
se constata que, nos últimos quinze anos, nenhuma pessoa foi presa por consumo
no país. Aí pergunto, estamos cerca de 40 anos na "guerra às drogas"
e tá na cara que todos estão perdendo de lavada, que bilhões já foram desperdiçados,
não é o momento de colocar o rabo entre as pernas e admitir erro? de que uma
nova forma de posicionamento já é mais do que na hora de ser tomado? de parar
de achar que consumo de entorpecentes é caso de polícia e focar no que ele
realmente é: UM CASO DE SAÚDE. Muito bom esse ponto do documentário.
O diretor também visita países nórdicos como Noruega e vai
conhecer o sistema prisional, que, obviamente por terem muito menos delitos, há
muito menos detentos e, todo o sistema prisional é focado em reabilitar o preso
e não em puni-lo, não há um sentimento de vingança, há um sentimento de
necessidade de corrigir a pessoa que cometeu um erro. Mesmo com superpopulação
de presos, não deveríamos pensar numa forma de fazer com que eles sejam
conduzidos a uma reabilitação e, quiçá, tornem-se produtivos mesmo estando
encarcerados? É interessante ver o quão próximo dos EUA estamos nesse quesito,
na forma como se encara os presos.
Documentário recomendadíssimo com diversos pontos
importantes da sociedade e mostrando que, se não está dando certo o que se tem
feito em décadas, não é a hora de mudar radicalmente a forma como encaramos as
coisas que não dão certo? Assistam, vale a pena.