O projeto é baseado em uma operação real da Austrália. A história segue dois homens que se encontram em um avião e iniciam uma conversa que se transforma em amizade. Para Henry Teague (Sean Harris), desgastado por uma vida inteira de trabalho físico e crime, este é um sonho tornado realidade. Seu novo amigo Mark (Joel Edgerton) se torna seu salvador e aliado. O que Henry não sabe é que Mark é um policial disfarçado.
Talvez o ar contemplativo de "O Desconhecido" e seus poucos diálogos possam não ser tão atraentes se formos comparar com filmes para um público que normalmente acessa a Netflix. Se você for muito ansioso talvez não entre no clima, uma vez que o longa é vagaroso e por segurar certas revelações até o o final. O filme do diretor Thomas M. Wright começa muito misterioso e é possível que o espectador sinta-se um tanto perdido, embora esse mistério todo seja compensado no final. No entanto, essa desorientação e falta de respostas, receio que possam fazer com que algumas pessoas desistam do filme no meio, o que seria um erro.
Se você curte um suspense, esse filme é para você. "O Desconhecido", consegue esconder seu objetivo até praticamente metade do filme e, até lá, você vai tentando juntar as informações, descobrir o que está acontecendo e, quando percebe, já está dentro do caso, investigando e montando o quebra-cabeça com a polícia.
Embora ache que o final acaba muito corrido, as respostas são dadas e isso torna a experiência recompensada. Temos uma atuação boa de Joel Edgerton, que normalmente vai bem, mas atuação de Sean Harris, com seu personagem completamente obscuro, realmente é a que realmente chama atenção
Um bom roteiro que consegue se sustentar nos mistérios. Realmente um bom filme para você tirar seu disfarce do armário, seu material de detetive e imergir na investigação até a última cena. (Estou falando sério: até a última mesmo).
"O Desconhecido" é cheio de alternativas, reviravoltas e, se você tiver paciência, vai surpreendê-lo no final. |
por Vagner Rodrigues