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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

cotidianas #192- Fim de Feira


Finda a 58ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre, no último dia 18 de novembro, o Daniel Rodrigues, meu irmão e parceiro de blog me mandou este poema inspirado no cortejo final da feira, no último dia do evento. Eu, blogueiro negligente, esqueci do e-mail na minha caixa de mensagens e não o publiquei em tempo, nos dias seguites ao encerramento, o que daria um sentido mais presente ao texto. No entanto, revelando ao autor meu descuido e fazendo minha mea-culpa a ele, perdoando-me, chegou à conclusão que seu poema tem elementos tão naturalmente cotidianos que não se prenderiam necessariamente àquele evento que refere, com o que eu concordo plenamente, Enfim, embora, um pouco atrasado, mas ainda muito válido, segue o poema "Fim de Feira" de Daniel Rodrigues.
                                                                                                                                                                                                                                              


Fim de Feira

Rua Pinheiro Machado, Porto Alegre, 1915
Palma espalmada sobre a vulva
Dela
E um leve sorriso desinibido.
O vento lufa quente, esquentando, frio
E da lá da matilha algum preto do povo grita
Aquilo que sai como um canto:

- Tava ditráis do banco!
E os olhos se arregalam
Comixam os colhões
Pedra quente na palma, ajuntada dali
 Nossa:
Quanta esbórnia!
Isso tudo por que
Estavam cortejando a praça.

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