Temos a
jovem Saori Kido, reencarnação da Deusa Atena, que juntamente com
os bravos cavaleiros de bronze, Seiya de Pégaso, Shiryu de Dragão,
Shun de Andrômeda, Ikki de Fênix e Hyoga de Cisne, vão até o
Santuário para que Saori possa ocupar o lugar de verdadeira Deusa
Atena. Porém, a tarefa não será fácil, eles terão que passar
pelas doze casas do zodíaco, que são protegidas pelos cavaleiros de
ouro (cada casa representa um signo do zodíaco), os cavaleiros mais
fortes. Para chegar até a sala do terrível Grande Mestre. O Grande
Mestre é o homem que tentou matar Saori quando ela ainda era um
bebê, para ficar no lugar de Atena como o ser mais poderoso do
Santuário.
Enxuguei
minhas lágrimas saudosistas para começar escrever este texto, por
que esse desenho faz da parte da minha vida, foi algo importante (e
continua sendo até hoje), para você que está lendo, pode parecer
bobagem, mas fazer o que se eu gosto muito de Cavaleiros?
Apesar da ótima qualidade da animação, o longa sofre o prejuízo
de cair naquela comparação com a antiga série.
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O anime (me
refiro à saga das doze casas) tem muitos pontos altos, que são
pouco trabalhados no filme, alguns eu entendo que tenham sido
diminuídos, porque é um filme de 93 minutos, e a diminuição deles
não afetou o meu relacionamento com o filme. Todo aquele drama em
excesso que o anime tinha o filme tirou, e deu certo, o filme ficou
dinâmico. Também modificaram alguns personagens, visualmente eles
acertaram em cheio em tudo, a nova cara dos cavaleiros ficou bem
legal, deu uma modernizada nas roupas, cabelos, o visual ficou
perfeito. As armaduras ficaram lindas, elas tem peso, parecem ser
feitas de bronze ou de ouro, o design esta incrível, só elogios às
armaduras. Porém, os elogios às mudanças acabam aqui, por que não
mudaram só o visual dos personagens, mas também mudaram a
personalidade de um personagem importantíssimo, o coitado do Máscara
da Morte de Câncer, que era um sádico assassino sanguinário (que
matava até crianças), que no filme entendo que era um personagem
pesado demais, já que o filme é para crianças, mas a mudança é
drástica. Ele é um personagem bobo, com piadas forçadas, sua cena
me deixou assustado, pensando para onde o filme estava indo,
definitivamente desnecessário, muito ruim, mas felizmente o filme
volta ao rumo normal. Se Máscara da Morte sofre por ter muito tempo
de tela, o contrario acontece com Shaka de Virgem,
Mestre
Ancião e Ikki. Shaka contra Ikki foi uma das lutas mais fantásticas
do anime, por que são dois personagens muito fortes, Shaka é
cavaleiro mais próximo de Deus, ele tem palavras sabias, neste longa
ele não faz nada, fica caminhando com a mãozinha na frente do peito
de um lado para outro e não faz nada, nem “KHAAAN”, ele grita, e
o Ikki coitado, aparece algumas poucas vezes, bem rápido e já sai
de tela, ele não tem importância nenhuma no filme, e o Mestre
Ancião, ele nem aparece, nossa, isso é imperdoável (#chateado).
Ainda emocionante para os saudosistas fãs da série. |
Resumindo,
é um filme bem caprichado, uma animação impecável, os efeitos são
grandiosos, as batalhas (apesar de poucas) são bem feitas, um
parabéns para a equipe de montagem, que conseguiu dar um ritmo legal
ao filme, como espectador, recebendo varias informações, assistindo
lutas, tudo ao mesmo tempo, você não fica perdido, por que os
cortes são bem executados, as cenas duram o tempo necessário para
passar informação (exceto a cena do Mascara da morte, essa dura
tempo de mais), como fale tiraram o drama, não tem Seiya chorando
por Seyka, Hyoga chorando pela mamãe, Shyriu chorando pela Shunrei,
Ikki chorando pela Esmeralda, que no anime funciona, mas para fazer
UM filme, não tinha como colocar tudo isso, então o roteiro foca
mais no relacionamento Seiya e Saori. Não que drama do anime seja
ruim, mas tem alguns que são exagerados, como o drama de Aiolia de
Leão, que sofre, por seu irmão Aiolos de Sagitário (já falecido)
ser conhecido como homem que traiu Atena ,isso e mostrado o tempo
todo no anime, e fica um pouco cansativo. Há outros que seriam
necessários, eu mesmo senti falta da busca pelo sétimo sentido, dos
cavaleiros de Bronze sofrendo para elevar o cosmo para passar pelas
Doze casas, que no longa parece ser bem fácil chegar no sétimo
sentido, também senti falta daquele relacionamento de irmãos que
eles tem (isso fica muito mais claro no mangá), a amizade bela que
nos é mostrado no anime, eu acho que seria bom ser mostrado
(incluindo a bela demonstração de amizade na casa de libra).O filme
não fala de onde eles vieram, como ganharam as armaduras, as únicas
informações de que temos sobre os cavaleiros é aquela explicação
que Tatsumi dá para Saori no começo, e depois quando Seiya conta
um pouco de seu passado para a mesma Saori. O grande destaque vai
para o excelente trabalho da dublagem do estúdio Dubrasil, nossa é
de chorar quando você ouve os personagens gritando os nomes dos
golpes, um trabalho exemplar, que agiganta o filme.
O resultado
final é um filme divertido, mas que não agrada, muito por nossa
culpa (isso mesmo, minha e sua) que assistimos o anime, e ficamos
comparando o longa ao desenho, por isso as falhas se destacam mais
que os aspectos positivos, o nosso sentimento saudosista é muito
forte. Se eu nunca tivesse assistido Cavaleiros antes talvez eu
gostasse mais do filme, por que ele tem um visual de vídeo game, e o
ritmo dos filmes de ação atuais, mas eu já conhecia Cavaleiros de
outros carnavais, e o anime mesmo com algumas falhas, continua
perfeito, achei a ideia de fazer um longa boa, mas como fã chato,
não gostei do resultado final, parece que faltou algo, o filme não
atingiu o sétimo sentido.
Então
vista sua armadura, eleve seu cosmo, e vá assistir o filme, não por
mim, mas ...POR ATENAAAAAA!!!!!!!!!!
por Vágner Rodrigues
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