da graphic-novel "Cash - Uma Biografia"
de Reinhard Kleist
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Bom, meu pai saiu de casa quando eu tinha 3 anos,
e ele não deixou muita coisa para mamãe e nem para mim,
Só este velho violão e uma garrafa vazia de bebida.
Agora eu não o culpo porque ele fugiu e se
escondeu,
Mas a coisa mais malvada que ele já fez,
Foi antes de partir, quando ele veio, e me chamou com o nome de Sue.
Bem, ele deve ter achado que era uma piada,
E isso deu em muitas risadas de um monte de amigos,
Parecia que eu tinha que lutar a minha vida
inteira.
Alguma namorada poderia rir e eu ficava vermelho,
E um cara riu e eu quebrei a cabeça dele,
Eu tenho que lhe dizer, a vida não é fácil para um
garoto chamado Sue.
Eu cresci rápido e cresci malvado,
Meu início foi difícil e meus movimentos tornaram-se
mordazes,
Eu vaguei de cidade à cidade para esconder minha
vergonha.
Mas eu me fiz um juramento para a lua e as
estrelas,
Eu procuraria os bordéis e bares,
E mataria aquele homem que me deu aquele nome
horrível.
Bem, era Gatlandburg em meios de junho,
Eu mal cheguei na cidade e minha garganta estava
seca,
Pensei: eu vou parar e tomar uma bebida.
Num velho saloon numa rua de lama,
Ali estava numa mesa sentado,
O cachorro imundo e sarnento que me chamou de Sue.
Bem, eu soube que aquela cobra era meu doce papai,
Através uma uma foto velha que minha mãe tinha,
E eu conhecia aquela cicatriz no seu rosto e seus
olhos maus.
Ele era grande e curvado, e grisalho e velho,
E eu olhei pra ele e meu sangue gelou, e eu disse,
"Meu nome é Sue! Como você vai? Agora você
morrerá!"
Sim, isto foi o que eu disse a ele.
Bem, eu o acertei forte no meio dos olhos,
E ele caiu, mas para minha surpresa,
Veio com uma faca e cortou fora um pedaço da minha
orelha.
Eu quebrei uma cadeira atravessando seus dentes,
E nós quebramos a parede e saímos na rua,
Chutando e socando na lama e no sangue e na
cerveja.
Eu lhe digo que eu lutei como um homem forte,
Mas eu realmente não consigo lembrar quando,
Ele chutou como uma mula e mordeu como um
crocodilo.
Eu o escutei rindo,
Ele foi pegar sua arma mas eu peguei a minha
primeiro,
Ele ficou lá olhando para mim e eu o vi sorrir.
A ele disse, "Filho, este mundo é cruel,
E se um homem quer viver tem que ser durão,
E eu sabia que não poderia estar lá para lhe
ajudar.
Então eu lhe dei esse nome e disse adeus,
Eu sabia que você teria que se endurecer ou morrer
E foi esse nome que lhe ajudou a ser forte.
Agora você só lutou uma luta idiota,
E eu sei que você me odeia e você tem direito,
De me matar agora e eu não o culparei se você o
fizer.
Mas você tem que me agradecer antes de eu morrer,
Pela pedra no seu estômago e pela cuspida no seu
olho,
porque eu sou o filho da puta que te chamou de
Sue".
Bem, o quê eu poderia fazer, o quê eu poderia
fazer?
Bem, eu fiquei sem ar e joguei minha arma fora,
O chamei de pai e ele me chamou de filho,
E eu voltei com um ponto de vista diferente.
Eu penso nele agora e sempre,
Toda vez que eu tento e toda a vez que eu ganho,
E se eu tiver um filho,
Eu acho que o chamarei de,
Bill ou George, qualquer coisa menos Sue!
Eu ainda odeio aquele nome!
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letra traduzida de "A Boy Named Sue"
poema de Shel Silvertein
musicado por Johnny Cash
Ouça:
A Boy Named Sue - Johnny Cash
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