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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

"Você é o Próximo", de Adam Wingard (2013)



Diversas razões podem fazer com que um filme de terror se destaque dentro de seu segmento. As mais comuns são delas é provocar medo e causar sustos, mas outros "atrativos" como o realismo, a perversidade, a brutalidade, a inquietação psicológica, a quantidade de vítimas, e até mesmo a repugnância ou a inverossimilhança podem tornar-se virtudes quando se fala num bom filme de terror. A violência gráfica, explícita, por sua vez tem ocupado lugar de destaque na preferência dos fãs do gênero e títulos como o sádico "O Albergue", a consagrada franquia "Jogos Mortais", ou o chocante filme francês "Martyrs" banido de diversos países,  têm se tornado cada vez mais comuns e cultuados. Só que o excesso de produções nesta linha e a repetição de ideias e elementos muitas vezes fazem com que a coisa toda fique cansativa se não vier acompanhada de uma boa trama ou de algo mais instigante. "Você é o Próximo", filme do norte-americano Adam Wingard só pode ser ser classificado como um terror exatamente pela violência e pela clareza como é mostrada porque se não fosse por isso poderia ser enquadrado como um mistério, um policial, ou mesmo um filme de ação desses com um protagonista duro de matar.
Miolos moídos no liquidificador, que tal?
Num final de semana, os quatro filhos de um casal que completa 35 anos de união, são convidados, com seus respectivos parceiros e parceiras, para um jantar em comemoração à data, só que naquela noite todos na bela mansão retirada no campo, começam a serem ameaçados por um grupo de criminosos mascarados. No início do filme, na primeira sequência, vemos um deles, com uma máscara de ovelhinha, matando um casal em outra casa qualquer mas não temos qualquer informação nem pista sobre sua origem ou finalidade. Quem seriam eles? Sádicos, loucos, criaturas sobrenaturais? Mas o fato é que independente do que pretendiam naquela casa, não contavam que um dos convidados estivesse um pouco mais preparado para um imprevisto como este do que eles imaginavam e é aí que a coisa fica feia e o sangue espirra de verdade. Flechas, fios de aço, machados, cérebros esmagados com martelo, vidros enfiados na coxa, liquidificador no cérebro... "Você é o próximo" usa um bom repertório de mortes e crueldades sempre mantendo a tensão e o interesse, deixando o espectador vidrado, ansioso pela próxima cena, pela próxima vítima.
Não gosto de dar spoiler e gosto de manter a curiosidade do leitor que por ventura ainda não tenha assistido ao filme, então creio que seja melhor ficar por aqui porque o filme apresenta uma série de pequenas surpresas e revelações e a própria identidade do convidado indesejável que estraga a festinha dos maníacos é uma descoberta interessante. O que posso afirmar é que, se você está interessado num "terror" violento, brutal e bem gráfico, porém mais instigante enquanto ação e proposta que outros títulos da mesma linha, esta pode ser uma boa pedida e quem sabe... sua próxima escolha.







Cly Reis

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