Um casal aparentemente perfeito —
um provocante comediante de stand-up e uma cantora de ópera de renome
internacional — vivem vidas glamorosas na contemporânea Los Angeles. No
entanto, com o nascimento de sua filha Annette, seus misteriosos dons mudarão
suas vidas para sempre.
O longa e suas alegorias o
tornam interessante, mas ao mesmo tempo afasta o grande o público. Tem muitas questões
importantes levantadas, mas para conseguir observá-las o espectador tem que passar por camadas, que podem transformar a experiência de assistir ao filme (em alguns
breves momentos) em algo tedioso, parecendo que não vai para lugar algum.
O casal principal consegue sustentar bem o filme. Adam Driver e Marion Cotillard, conseguem transmitir o peso que cada um dos personagens traz e, confesso que em alguns momentos, era melhor nem sentir. Além da força das atuações, o longa também tem um texto forte, embora, por vezes, confuso, mas que mostra alguns problemas do “adulto” atual, como o stress do trabalho que levamos para nosso dia a dia com as pessoas que amamos; como a experiência de amores intensos (não falo paixão rápidas, mas amores que nem sabemos como explicar); e a responsabilidade de ter um filho, criar, educar e cuidar de alguém, o que não é nada simples como brincar com bonecas (pega essa referência, não entendeu? Veja o filme). Aliás deixei o melhor para o final: o longa é um musical, mas longe de ser o tipo de musical que você imagina...
O amor é lindo... e muito cruel às vezes. |
por Vagner Rodrigues
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