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quinta-feira, 11 de novembro de 2021

"Annette", de Leos Carax (2021)

 


Que mistura! "Annette", longa do diretor francês Leos Carax, consegue  ter um pouco de tudo, transitando confortavelmente por gêneros diferentes e trazendo boas discussões, ainda que , no final, fiquemos com a sensação de que algo faltou. Você até fica satisfeito, mas parece que poderia ter sido melhor.

Um casal aparentemente perfeito — um provocante comediante de stand-up e uma cantora de ópera de renome internacional — vivem vidas glamorosas na contemporânea Los Angeles. No entanto, com o nascimento de sua filha Annette, seus misteriosos dons mudarão suas vidas para sempre.

O longa e suas alegorias o tornam interessante, mas ao mesmo tempo afasta o grande o público. Tem muitas questões importantes levantadas, mas para conseguir observá-las o espectador tem que passar por camadas, que podem transformar a experiência de assistir ao filme (em alguns breves momentos) em algo tedioso, parecendo que não vai para lugar algum.

O casal principal consegue sustentar bem o filme. Adam Driver e Marion Cotillard, conseguem transmitir o peso que cada um dos personagens traz e, confesso que em alguns momentos, era melhor nem sentir. Além da força das atuações, o longa também tem um texto forte, embora, por vezes, confuso, mas que mostra alguns problemas do “adulto” atual, como o stress do trabalho que levamos para nosso dia a dia com as pessoas que amamos; como a experiência de amores intensos (não falo paixão rápidas, mas amores que nem sabemos como explicar); e a responsabilidade de ter um filho, criar, educar e cuidar de alguém, o que não é nada simples como brincar com bonecas (pega essa referência, não entendeu? Veja o filme). Aliás deixei o melhor para o final: o longa é um musical, mas longe de ser o tipo de musical que você imagina...

O amor é lindo... e muito cruel às vezes.



por Vagner Rodrigues

domingo, 26 de janeiro de 2020

"História de Um Casamento", de Noah Baumbach (2019)




O que foi isso?... Intenso, belo, alegre, sutil, real, triste, melancólico e cheio de amor, resumidamente (bem resumidamente), isso "História de um Casamento".
Nicole (Scarlett Johansson) e seu marido Charlie (Adam Driver) estão passando por muitos problemas e decidem se divorciar. Temendo que o pequeno filho sofra as consequências da separação, o casal decide continuar vivendo sob o mesmo teto, tentando fazer com que este seja um divórcio amigável. Porém, a convivência forçada entre os dois acaba criando feridas que talvez nem o tempo seja capaz de curar.
Embora seja uma obra espetacular, ela não é perfeita, no inicio da briga judicial do casal, o filme, tira um pouco o pé do acelerador (esse deve ser o momento de pausar, e ir fazer suas atividades e não ficar só na frete da TV ou celular olhando Netflix). Ele fica mais lento do que já vinha e o que ainda nos mantém interessados nele é seu ótimo texto. O olhar um pouco tendencioso do filme, para um lado do casal, também me incomodou um pouco.
Um longa repleto de cenas simbólicas.
O texto do filme é fabuloso! Dá vontade de morar em cada dialogo do longa. Mas há outros aspectos que filme brilha ainda mais (se isso for possível). A dupla principal domina todas as cenas. A câmera é deles em um show de interpretação. É algo visceral, com alma e sentimento. Genial! Repito, GENIAL. Dois atores que, sem dúvida estão entre os melhores de sua geração. E o que falar da direção? Que controle, que domínio, que perfeição! Nada em cena e por acaso.
A graça da vida está em detalhes, em momentos simples, mas a desgraça da vida também surge em momentos assim, numa discussão por coisas bobas, numa palavra dita numa hora errada... Mas isso é a vida e sentimento. “História de um casamento” aborda muito bem isso mostrando que o amor é fundamental numa relação, mas muitas vezes, só amor não basta.
Confesso que chorei junto.



por Vagner Rodrigues