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quinta-feira, 18 de maio de 2023

Underworld - "Second Toughest the Infants" (1996)

 



" 'Second Toughest in the Infants' 
perdura como um álbum marcante,
destacando o Underworld em seu
auge criativo e
permanecendo um documento importante
de uma época em que a 
música eletrônica dançante
experimental cerebral recebeu atenção
significativa do mainsteam."
Paul Simpson, da AllMusic



Conhecia o Underworld, basicamente do filme "Trainspotting, de 1996, e embora curtisse a intensa "Born Slipy", da trilha do longa, com seu vocal desalinhado e sua batida pesada, nunca procurei conhecer outras coisas dos caras. Só há pouco tempo, mais de vinte anos depois, resolvi ir atrás do disco que tinha a música do filme. E por que diabos eu esperei tanto tempo? "Second Toughest in the Infants" é incrível! Um dos grandes álbuns de música eletrônica já feitos. Uma viagem que passeia por diversos subgêneros do eletrônico ao longo da obra e, muitas vezes na mesma música, até mesmo porque como a maior parte das faixas são quilométricas, permitem idas, voltas, acelerações, recuos, desenvolvimentos, evoluções, inspiradas, criativas, surpreendentes e excitantes. 
A viagem já começa com o transe alucinante de mais de 15 minutos da "ópera eletrônica" "Juanita: Kiteless: To Dream of Love", um petardo altamente dançante, composto de três partes que se juntam e vão se somando à estrutura inicial, proporcionando algo entre a loucura e o deleite. "Banstyle / Sappys Curry" é um trance mutante que faz o ouvinte mergulhar numa verdadeira imersão sensorial. Sensualidade, mistério são as marcas mais destacadas de "Confusion the Waitress"; na minimalista "Rowla", a repetição, seria perturbadora se não fosse genial; e "Air Towel", muito viajandona, leva a uma espécie de nirvana."Blueski", a mais curtinha, tem uma pegada mais americana, meio country; "Stagger" é um caleidoscópio de sensações; e a espetacular "Pearls Girl", que lembra muito a clássica "Born Slippy", praticamente desenvolvida sob o mesmo conceito, é daquelas coisas de enlouquecer qualquer um numa pista de dança. Como diz sua letra, "Crazy, crazy, crazy..."!
"Born Slippy", que no fim das contas, foi minha motivação para ouvir mais do Underworld, na verdade nem era do álbum. Foi um single da época que, devido ao enorme sucesso, saiu numa reedição ampliada com mais quatro faixs e, posteriormente, numa reedição em disco duplo. Dos extras, todas merecem destaque. Além do hit que estimulou o relançamento, temos a ótima "Rez", muito kraftwerkiana, as atmosferas psicodélicas de "Cherry Pie", e "Pearls Girl (Carp Dreams)", uma boa remixagem da já destacada "Pearls Girl", uma das melhores faixas do disco.
Como o Underworld estará por aqui, por esses dias, para o festival C6 Fest, o momento não poderia ser mais propício para destacar um trabalho do grupo nos nossos ÁLBUNS FUNDAMENTAIS, embora seja uma justiça bastante tardia de minha parte. Demorei quase 30 anos para conhecer o valor desse disco... Bom, é sinal que realmente sua qualidade permaneceu intacta durante todo esse tempo.



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FAIXAS:
  1. Juanita: Kiteless:To Dream Of Love 
  2. Banstyle / Sappys Curry 
  3. Confusion The Waitress
  4. Rowla
  5. Pearl’s Girl 
  6. Air Towel 
  7. Blueski 
  8. Stagger 
  faixas extras da 1ª reedição

     9. Born Slippy - Instrumental Version 
    10. Rez
    11. Cherry Pie 
    12. Pearls Girl (Carp Dreams) 

Disco 2 (reedição)
  1. Born Slippy - Instrumental Version 
  2. Cherry Pie 
  3. Oich Oich 
  4. Puppies 
  5. Mosaic
  6. Deep Arch 
  7. Confusion The Waitress (She Said)
  8. Rowla A1806
  9. Pearls - Version 2
  10. Born Slippy - Nuxx 

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Ouça:

Cly Reis

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