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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

"Feliz Natal", de Joe Begos (2022)

 


Papai Noel robótico implacável não vai parar até acabar com todos à sua frente.
Olha..., bem legalzinho. Fui esperando quase nada e ganhei de Natal um terror com muito sangue, boas mortes com um matador cruel e imparável.

"Feliz Natal", (no original "Christmas Blooby Christmas" - muito melhor!) traz um Papai Noel desses, tipo, de enfeite de porta de loja, desses que canta e se mexe quando o cliente entra, sabe? Só que esse "brinquedo" no caso específico, era um projeto abandonado das forças armadas e como não atendia às exigências militares, peças foram doadas, vendidas para fins comercias ou recreativos. Agora, imagine só... Quanta irresponsabilidade, não? 

Na véspera de Natal, a descolada dona de uma loja de discos de uma cidadezinha interiorana, planeja ter uma noite de sexo com um carinha do Tinder, ao passo que seu único funcionário, gamado por ela, tenta convencê-la de passar a noite com ele bebendo, falando de rock'n roll e filmes de terror e, quem sabe, alguma coisa a mais, se rolar. Em meio a isso, o Santa Claus de enfeite na porta da loja de brinquedos da tal cidadezinha, tem uma pane, se descontrola e desperta seus instintos militares para o qual fora programado originalmente, aniquilando implacavelmente todos que cruzam seu caminho. Alguns perguntar-se-ão, "Mas é só isso? Ele não tem motivos?". Isso é que é o melhor! Ele não tem motivações, não tem remorso, não sente pena, não tem o que o faça parar. Adoro os assassinos do tipo quanto mais implacáveis possível, e este é um deles. É o objetivo, e só.

Sendo ele um robô, uma máquina senti falta de uma aparência, um gestual, uma expressão corporal, um pouco mais mecânica, mas o importante é que, depois que deu tilt no sistema da máquina, o Santa dá conta do recado no que a gente espera dele, e senta o machado na garotada. SEM PERDÃO, SEM PENA, SEM DISTINÇÃO ENTRE MULHER, CRIANÇA, IDOSO, ETC.

Em muitos momentos, pela determinação assassina, pela gradual deterioração e pela sobrevivência mesmo quase reduzido a uma carenagem metálica, lembra um pouco o "Exterminador do Futuro", mas também, em muitos momentos, pela fotografia, as tomadas rasteiras, a iluminação avermelhada, luzes picantes, lembra o clássico underground "Hardware, O Destruidor do Futuro".

Como se não bastassem os méritos sanguinários, pra mim muito importantes quando se fala em terror, a dupla de protagonistas é um barato com suas discussões sobre rock e filmes de terror, cheios de referências a clássicos e desafios musicais, do tipo "qual o melhor Hellraiser?", " Cemitério Maldito 1 ou 2?", "qual a melhor canção rock de Natal?", "por que bandas de rock ficam ruins depois que os caras cortam o cabelo?", etc.

Poderiam discutir também qual o melhor terror sanguinário de Natal... "Noite do Terror", "Natal Sangrento", "Krampus"...? "Feliz Natal" talvez não chegue a tanto mas certamente entra na lista dos bons no assunto, e é uma pedida interessante para cinéfilos que curtem referências cinematográficas e fãs do horror em busca de uma boa noite natalina repleta de sangue. Para estes, um feliz Natal.

Projeto militar descartado, um Papai Noel robô promove terror em uma pequena cidade americana. Uma espécie de Exteminador do Futuro natalino e com muito mais sangue.
Aqui o "Bom Velinho" já bem avariado (mas insistente) depois dos enfrentamentos
com a brava Tori, dona da loja de discos local.


"Feliz Natal"
Título Original: "Christmas Bloody Christmas"
Direção: Joe Begos
Elenco: Riley Dandy e Sam Delich
Gênero: Terror/Ficção Científica/Slasher
Duração: 86 min.
Ano: 2022
País: EUA
Onde encontrar: Prime Vídeo


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por Cly Reis