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sábado, 5 de novembro de 2022

Copa do Mundo Gilberto Gil - Campeã

 



Chegou o grande momento.
Conheceremos a grande canção campeã.
Nossos especialistas se debruçaram sobre o confronto, ouviram e reouviram as duas concorrentes e chegaram às suas conclusões.
Querem saber qual a melhor música de Gilberto Gil?
Vamos lá, então!

(Esse suspense é que me mata.)


*****

PALCO 
X
REALCE



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Cly Reis

Final muito justa. Duas das canções mais significativas de Gilberto Gil chegam a esse momento máximo da nossa Copa. Dois times que jogam pra cima, duas músicas alto-astral, positivas. "Palco" com sua exaltação ao lugar sagrado do músico, onde ele se sente mais vivo, renovado, e "Realce" uma evocação do nosso poder interior e uma conclamação às belezas da vida.
Dentro do campo, se Palco começa com aquele seu "Papapapabaia, papapa pabaia, papapa papá...", Realce não deixa por menos e manda o seu "Hey-ah mama, hey-ah..."; letra por letra, ambas trazem toda a mestria da poesia de Gil, com seu jogo de palavras inigualável e recado repleto de sabedoria; se Realce tem aquela guitarra marcante, estridente, que já se apresenta logo na abertura, os metais precisos e o refrão muito disco; Palco traz um suingue rico e embalado, também cheio de metais e, por sua vez, uma pegada soul contagiante. O 0x0 persiste mas, o refrão decide o jogo: apesar do ótimo refrão de Realce, do título repetido entre as linhas de metais, o "fora daqui" de Palco é uma das coisas mais fantásticas da música brasileira. 1x0, apertado, no limite, no detalhe, mas o suficiente para despachar Realce. Vitória de Palco.
PALCO 1 x REALCE 0


****

Joana Lessa

O jogo já começa quente, com duas músicas na disputa que são o suprassumo de Gilberto Gil. O clássico dos clássicos. 
E como acontece nas finais de campeonato, que vença o melhor:
PALCO 2 x REALCE 3

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Leocádia Costa

Final de campeonato é sempre muito disputado, por isso o placar costuma ser taco a taco. Aqui não poderia ser diferente. Duas grandes finalistas foram pra decisão. Ambas muito identificadas com Gil, o maestro genial de toda essa temporada. Mas depois de muita torcida, desclassificações e reviravoltas, chegamos no essencial. Isso foi bonito! A canção vitoriosa foi Palco que traduz Gil por inteiro: essa voz que resgata com dignidade e crítica a história do povo negro, essa voz que eleva os ouvintes quando canta e nos coloca a repetir palavras e refrões supermelodiosos, essa voz que revela um artista completo, atemporal e genial. Palco é o lugar de Gil, é lá onde ele sempre estará, pra fora dos nossos corações.
PALCO 4 x REALCE 3


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Kaká Reis

Final mais que apertada, com duas das mais emblemáticas músicas do gênio Gil, que ambas trazem a essência musical do artista, ainda que de épocas muito parecidas (final de 70/inicio de 80) individualmente cada uma carrega um Gil diferente. Em comum, a celebração e a energia… Dito isso, adversarias no campo, Palco começa o jogo marcando 1 e na sequência Realce empata.. à medida que se passa os minutos da música, Realce marca mais um, dininuindo a diferença… e nos segundos finais, é um “real teor de belezaaa” Realce emplaca o terceiro, sendo a grande vencedora dessa emocionante disputa!
PALCO 1 x REALCE 3


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Daniel Rodrigues

É chegada a hora da grande decisão! “Realce” e “Palco” entram em campo sob os efusivos aplausos das torcidas. De um lado, a galera de “Realce”, toda colorida e entusiasmada pela Coligay. Do outro, a torcida mais cheirosa do campeonato rufava o louco bum-bum do tambor da arquibancada. O jogo nem parece uma final, pois ambas as equipes são propositivas, afirmativas, sem medo de serem felizes. Tanta igualdade, que 1 x 1 é o placar da primeira etapa. Na volta do intervalo, “Realce”, empurrada pela torcida, que jogou quilos de serpentina no gramado, vai pra cima e marca o segundo. Será que temos uma campeã? Mas, calma, que tem muito jogo – e muita música – pela frente! Consciência é o que não falta para “Palco”, que põe a bola no chão e, no ritmo do “la la ia”, entra na área adversária de pé em pé e empata novamente. Faltam apenas 5 minutos mais os acréscimos para terminar! Será que vamos para os pênaltis? Que nada. Valendo-se do talento de um tal de Lincoln, tipo meio magrão mas muito bom armador, “Palco” tira da cartola aquele que seria o gol definitivo. O gol da vitória. O gol do título. Final: “Palco” 3, “Realce” 2. No palco montado sobre o campo, “Palco” levanta a taça! Sua torcida, em respeito, vibra mas não canta o “Fora daqui!” como fez pras outras adversárias durante o torneio, e a torcida de “Realce” responde com festa em embalo disco, porque a essas alturas tudo é tipo Parada Gay. “Palco” campeã da Copa Gil!
PALCO 3 x REALCE 2


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Rodrigo Dutra

Como não amar “Realce”? A campeã poderia ser qualquer uma de “Refazenda”, qualquer uma de “Tropicália”, poderia ser “Domingo no Parque”, qualquer releitura de João, de Bob, qualquer parceria com Caetano... mas o fato é que “Realce” é a beleza em si. “Palco” é a beleza no todo. A razão por Gil estar em nossas vidas. Onde tudo faz sentido pra criador e criaturas. “Palco” ganha com eficiência. Tem o melhor elenco de palavras e versos. Viva Gil! Viva “Palco”!
PALCO 2 x REALCE 0



E Palco conquista a Copa do Mundo Gilberto Gil!
E agora, o próprio homenageado sobe ao PALCO para receber
a taça.
Pode soltar o grito de É CAMPEÃ!!!



PALCO CAMPEÃ
DA 
COPA DO MUNDO
GILBERTO GIL




E ficamos com o som da campeã:


terça-feira, 1 de novembro de 2022

Copa do Mundo Gilberto Gil - classificados para a final




Quatro grandes músicas!
Apenas duas delas chegarão final e somente uma delas será consagrada a Melhor Música de Gilberto Gil.

A contundente Haiti, música do disco de parceria com Caetano Veloso, comemorativo dos 25 anos da Tropicália, teve pela frente a emblemática Palco, uma das canções mais marcantes e adoradas da carreira de Gil. Na outra ponta, a poderosa canção Super-Homem, letra sensível e inspirada, encara a radiante, festiva, positiva, Realce.
E agora, gente? 
Nossos seis comentaristas-jurados-técnicos-especialistas-gilbertogilólogos, encararam a dificílima tarefa de escolher as 2 classificadas para a final, as que, agora, apresentamos para vocês. 
Será que são as mesmos que você classificaria?

Dá uma olhada:


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HAITI 

PALCO



resultado de Leocádia Costa

Jogo bem difícil, meus amigos! "Haiti" entra em jogo com muita força, porque tem em si, letra e música, muito importantes e faz parte das canções de Gil que tocam no fundo da alma da gente. Ancestralidade pulsando. Porém, "Palco" é uma canção que se pudesse ser vestida, com certeza, seria Gil totalmente dos pés à cabeça. Vibrante, crítica, cheia de poesia, espiritualidade faz parte do meu repertório desde 1981. Não consigo pensar "Palco" na voz de outra pessoa e palco é o lugar onde Gil arrasa! Placar final, de goleada, 4X1 para Palco.
HAITI 1 x 4 PALCO

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resultado de Cly Reis

Mal começa o jogo e Haiti já sai tomando um gol pelo fato de, para meus critérios, não ser uma música da obra exclusiva de Gil. Baita música, coisa e tal mas é GIL E CAETANO. Quando tiver a Copa Gil e Caetano, ela pode ganhar, mas na Copa Gilberto Gil, ela está fora. 1x0 para Palco que, além disso tem muitos méritos e é uma das melhores músicas da discografia do baiano imortal. 
HAITI 0 x 1 PALCO

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resultado de Kaká Reis

Bem, minha batalha certamente é das mais decisivas. Haiti sempre favorita ao título enfrenta o sucesso absoluto Palco.
Nos 15 primeiros minutos ja estamos em 1x1, os versos e a crítica social de Haiti aumentam a vantagem, e logo em seguida, Palco marca mais um por ser quase um hino às mazelas de todos os tempos “o inferno, fora daqui!!!!”.
Nos minutos finais, prorrogação, Haiti marca seu desempate, por carregar consigo tanta genialidade, batuques do nosso povo e por ser uma das músicas mais importantes historicamente para a minha pessoa.
É, Palco… vc é e foi fundamental nessa discografia, mas hoje, quem vai pra final é
HAITI 3 x 2 PALCO


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SUPER-HOMEM (A CANÇÃO) 
REALCE



resultado de Joana Lessa

Uma semifinal com cheiro de final: Super Homem e Realce entram em campo como grandes campeões. 
Mas a tradição se impõe e o espírito que cristaliza o estilo de jogo do Gil, faz Realce ganhar por 1x0.
SUPER-HOMEM 0 x 1 REALCE 

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resultado de Rodrigo Dutra
 
Foi muito difícil. A lindeza da melodia e a inspiração fílmica resultando na fragilidade e no lado feminino do homem, na harmonia entre casais. Mas não foi o suficiente pra derrotar a própria ode à beleza que é o disco/funk Realce. Dessa vez o Super Homem não vai mudar o curso da História. Está eliminado.
SUPER-HOMEM 0 x 1 REALCE


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resultado de Daniel Rodrigues

Daqueles clássicos de times do mesmo disco. E numa semifinal! Me segura! De um lado, “Super-Homem- A Canção”, de uniforme azul e vermelho e escudo com o “S” em fundo amarelo. Um babado! Do outro, “Realce” com sua camiseta multitons nas cores do arco-íris combinando a mesma estampa na camiseta, no short e nas meias (e mais umas purpurinas pelos por cima, porque quem vai pro jogo tem que ir montada, né, bicha?). Pode-se dizer que é o clássico que saiu do armário para o campo. Nessa igualdade de canções tão sensíveis quanto fortes, “Super-Homem” pede ajuda da porção mulher, resguardada até certa altura da partida pelo técnico, o que foi um erro estratégico tremendo diante da adversária. Atrevida, sem dever nada e sem medo de cara feia, “Realce” entra dançando na área estilo Dancin’ Days e marca aquele que foi o gol da vitória. Vitória de quem, de forma empodeirada, mudou o curso da história sem precisar de superpoderes. “Realce” lacrou!
SUPER-HOMEM 0 x 1 REALCE


*******
FINALISTAS
REALCE
PALCO



Nossos julgadores irão analisar o confronto, cada um dos times, seus méritos, virtudes, possibilidades, pontos fracos e fortes e decidirão quem leva o caneco. 
Fique ligado que, no sábado, dia 05 de novembro, sai o campeão.




segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Copa do Mundo Gilberto Gil - classificados para as semifinais


 Momentos decisivos, senhoras e senhores!

Apenas quatro passam nessa fase e a hora da decisão se aproxima.

Surpresas? A essas alturas não se pode dizer que algum resultado tenha sido surpreendente nessas quartas-de-final, com tantas boas concorrentes. Só musicão! No entanto, não dá pra ignorar que uma potencial (forte) favorita ao título ficou pelo caminho: "Palco" deu um abraço de despedida em "Aquele Abraço" e mandou o samba exaltação ao Rio de Janeiro fazer as malas e tomar o caminho do Galeão. 

Uau! Por essa muita gente não esperava, hein!

Será que teve alguma outra "zebra"? 

Vamos ver então como foram os enfrentamentos das quartas e quais as quatro que avançam para as semifinais da Copa do Mundo Gilberto Gil:



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resultado de Daniel Rodrigues

PANIS ET CIRCENCES 1 x 2 SUPER-HOMEM (A CANÇÃO)
Duas equipes que cadenciam o jogo. "Panis" tenta surpreender com algumas quebras de ritmo, buscando os atalhos, fazendo ataques num tempo diferente do comum. Na manha, porém nunca óbvia. Já "Super-Homem" é pura harmonia em campo. O respeito mútuo e o equilíbrio das camisetas faz a partida ir igual pro intervalo. "Panis", no entanto, é afiada, e quando parece que perdeu a rotação, ressurge e acelera alucinadamente o ritmo, tirando o zero do placar. Só que, inconstante, assim como põe toda a velocidade, também para de repente. E parar de repente tendo "Super-Homem" do outro lado é pedir pra se ocupar em morrer. Na sua melodiosidade, ela vai lá e empata e, novamente, se valendo daquele trunfo do: "por causa da mulheeer!", que faz arrepiar a torcida, põe a segunda na rede no finalzinho, mudando como um deus o curso da história da partida. Final: 2 x 1 para Super-Homem (A Canção) sobre Panis et Circences.

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resultado de Leocádia Costa

HAITI 4 x 0 CÁLICE

Jogo ganho de saída, confiança em alto estilo! Goleada! "Haiti" 4 x 0 "Cálice". Cresci escutando "Cálice" e sempre foi emocionante, tanto na voz de Gil quanto na voz de outros intérpretes como Chico e Milton. Porém, quando escutei pela primeira vez "Haiti" que abre o disco "Tropicália 2" (aliás, CD que de tanto escutá-lo furei, como se diz!) fiquei paralisada e totalmente imersa na história cadenciada e cheia de vozes que essa canção traz. Um hino de resistência que se mistura com a história dos negros reverberando até hoje, com imensa atualidade.


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resultado de Rodrigo Dutra

PALCO 3 x 0 AQUELE ABRAÇO
O Palco de Gil é a razão de seu encanto, de sua música, de ser em si o cantor, o intérprete. É onde a gente acha seu fogo eterno, sua chama musical, seu sacerdócio, sua missão, cheio das raízes africanas e mandando um fora daqui aos seus algozes da ditadura. Aquele abraço pro “Aquele abraço”!


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resultado de Cly Reis

ESOTÉRICO 0 x 2 REALCE
Adoro Esotérico, é uma das canções mais gostosas de Gil, mas mesmo todas as suas qualidades não foram o suficiente para segurar o alto astral contagiante de Realce. E a torcida comemora com uma chuva de serpentinas. 2 x 0, Realce.


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CLASSIFICADAS PARA AS SEMIFINAIS
Super-Homem (A Canção)
Haiti
Palco
Realce



Aqui não tem sorteio dirigido para coisa não ficar previsível.
Teremos novo sorteio para a definição das semifinais
e, é claro, você saberá quais são, aqui no ClyBlog.
Aguarde, aguarde...

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Copa do Mundo Gilberto Gil - classificados da terceira fase





Quem disse que seria fácil?
É, quando se trata de música do Gil, contra música do Gil, muitas vezes fica quase impossível decidir qual a melhor.
Mas essa é nossa tarefa aqui e a fase de dezesseis avos-de-final foi torturante para fás como nós.
Ter que eliminar Domingo no Parque, Raça Humana, Tempo Rei, Drão... Pois é, caros clybloguianos, essas são algumas das grandes que ficaram pelo caminho nesta fase.
"Mas como???", pode questionar alguém, indignado.
Calma, calma e veja abaixo a justificativa dos nossos treinadores.
(O que não significa que você vá concordar com ela)


Seguem, abaixo, todos os jogos e os classificados para as oitavas-de-finais:

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resultados de Joana Lessa

PANIS ET CIRCENCES 1 x 0 AMARRA O TEU ARADO A UMA ESTRELA
Pela importância histórica, Panis et Circense leva de Amarra O Teu Arado A Uma Estrela num resultado simples, 1x0

FILHOS DE GANDHI 5 x 3 DOMINGO NO PARQUE
Jogo que deveria ser empate por conta da qualidade das equipes, Filhos de Gandhi leva o clássico contra Domingo no Parque por 5x3

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resultados de Kaká Reis

REALCE 2 x 1 ILÊ AYÊ
Começando a disputa com uma das mais icônicas músicas de Gil, Realce x um hino da Senzala do Barro Preto, o bloco que leva o nome da música: Ilê Ayie (Ayê). Disputa acirradíssima não fosse o fato da composição de Ilê Ayê ser de Paulinho Camafeu, fazendo com que Realce ganhe esse jogo por 2x1.
Fim de jogo e Realce permanece!

THREE LITTLE BIRDS 0 x 2 ZUMBI, A FELICIDADE GUERREIRA
Mais uma vez, a composição do gênio vai vencer essa disputa! Bob Marley x Gilberto Gil e Wally Salomão… é 0x2 pra Zumbi! que segue na disputa!

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resultados de Daniel Rodrigues

TEMPO REI 0 X 1 SÍTIO DO PICA-PAU AMARELO
Para terem chegado a esta fase, é claro que se trata de dois clássicos do repertório de Gil. Confronto muito parelho este. De um lado, “Tempo Rei”, com sua maturidade e pensamento claro com a pegada elevada do seu autor; do outro, a poética do universo lobatiano que tanto marcou gerações na TV. Difícil, mas quem tira do zero o certame é “Sítio...”. Cheia de encantos, ela fez uma jogada tão mágica que surpreendeu seu adversário, que, quando viu, a bola já estava dentro do gol. “Pode isso, Arnaldo?” A jogada foi pro VAR e o juiz de vídeo não detectou nada, então ficou valendo a decisão de campo mesmo. Final: “Sítio do Pica-pau Amarelo” 1 x 0 sobre “Tempo Rei”

MARACATU ATÔMICO 1 X 2 HAITI
Outro jogo pegado. No ritmo nordestino, “Maracatu...”, do alto de seu prestígio de clássico, mal começa o jogo e já marca o seu. Enquanto isso, “Haiti” mantém seu estilo lento mas contundente, que mantém o mesmo ritmo em praticamente todo o andamento, mas sempre sendo perigoso, ousado. Até que, de tanto envolver o adversário com seus versos misto de rap e repente, “Haiti” empata. Lembram do bordão da torcida organizada de “Haiti”, né? “O Haiti é aqui!” Pois embalado pelas arquibancadas e sem medo do enfrentamento, a parceira Gil/Caetano põe de novo na rede para se consagrar vencedora. Vitória apertada de 2 x 1,

ORIENTE 0 X 1 BACK IN BAHIA
O clássico “Oriente-Ocidente” é um verdadeiro jogo de extremos. As músicas coirmãs formam, grosso modo, começo e fim de “Expresso 2222”. “Back...” com um brit-rock empolgante, daqueles que partem pra cima já de cara sem deixar o adversário respirar. Já “Oriente”, voz e violão, é dona de um futebol mais cadenciado, mas cheio de surpresas em seu arranjo/esquema intrincadíssimo, quase intransponível. Mas pra “Back...” não tem time invencível. Depois de uma bola dividida pra lá e pra cá, e é ela que, num rebote, quase ao final da partida, quando já se imaginava que a igualdade no placar iria se manter, que põe pra dentro. Na comemoração, o goleador ainda tira uma onda com a adversária: “Se oriente, rapaz!”


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resultados de Leocádia Costa

VITRINES 1x 4 CÁLICE
Essa versão violão e voz de Gil para a composição feita com Chico é linda! Escutei essa canção desde sempre, daquelas que emocionava por toda a sua crítica e representatividade. A versão ao vivo, na USP, no ano que eu nasci, onde a galera pede bis e Gil pede a letra ganhou de goleada do adversário, que entrou bem no clima mais rock e distorção, mas perdeu no quesito, pra história!

REFAZENDA 3 x 2 DRÃO
A vitoriosa tem tudo aquilo que Gil domina: letra, música, violão, ritmo, fala e os “ááááááás”! O arranjo harmonizado com cordas amplia ainda mais a canção na versão original. “Refazenda” é um alerta importante de renovação constante. Amo! Porém, “Drão” é uma música que traz o coração, a amizade e a forma poética de Gil e Donato. Difícil, mas ao final “Refazenda” leva!

AQUELE ABRAÇO 3 x 2 BARATO TOTAL
A Copa é do Gil, né? Essa canção, “Aquele Abraço”, é ele, sempre! É que nem um time entrar em campo sem a sua lenda, sabe? Faz falta! E a versão de “Barato Total” é eterna na voz de Gal. Por isso o jogo foi se complicando e chegou na vitória para o hino “Aquele Abraço”, que fazia o Chacrinha balançar a pança, nas tardes de sábado e embalou a minha caminhada inicial musical da primeira infância até os dias de hoje.


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resultados de Rodrigo Dutra

PALCO 2x1 SÃO JOÃO XANGÔ MENINO
Xangô Menino entrou em campo querendo festa e puxava o coro “Viva São João, Viva Refazenda”, mas distraído pela pouca idade, foi vencido no “Palco” pelo ritmo dançante do hit oitentista. Foi eliminado cantando e comendo milho verde.

ESOTÉRICO 1x0 MARGINÁLIA II
“Marginália II”, Aqui é o fim da Copa do Mundo, óóóó. O reggae de “Esotérico” (e outras versões, como a linda acústica da turnê dos 50 anos) são lindas demais, mas o placar foi apertado.

SUPER-HOMEM (A CANÇÃO) 0x0 TODAMENINA BAIANA (4x1 nos pênaltis)
Caetano viu o filme dos anos 70 e saiu entusiasmado contando pro Gil, que fez essa ode às mulheres, uma vibe homem feminino, linda linda, como toda menina baiana. Jogo parelho no tempo normal, mas nem toda menina baiana sabe cobrar pênaltis (inventei desculpa porque com dor no coração elimino essa lindeza de música).


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resultados de Cly Reis

O SOM DA PESSOA 2 x 1 FLORA
Jogo dificílimo! Grandes músicas, cada uma com seus méritos diferentes. Passa 'O Som da Pessoa' pela concisão, pela poesia concreta. Mas foi ali, ali...

ANDAR COM FÉ  6 x 0 KAYA N'GAN DAYA
'Kaya N'Gan Daya' já entra em campo perdendo. Mesmo com os méritos pela releitura, 'Kaya' é do Marley. Sem chance. 

RAÇA HUMANA 0 x 1 EXPRESSO 2222
Putaparil!!! Esse confronto é pegado!!! Toda a poesia filosófica de 'Raça Humana', contra toda a riqueza e vitalidade de Expresso 2222. 'Raça...' tem o lindíssimo verso do refrão que é quase um provérbio, mas 'Expresso...", por tudo, sua força, energia, ritmo, além de ser da época de Londres, do exílio, leva pequena vantagem e se classifica. No sufoco. Gol aos 49 do segundo tempo.

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CLASSIFICADAS PARA AS OITAVAS-DE-FINAL
PANIS ET CIRCENCES
FILHOS DE GANDHI
REALCE
ZUMBI, A FELICIDADE GUERREIRA
SÍTIO DO PICA-PAU AMARELO
HAITI
BACK IN BAHIA
EXPRESSO 2222
ANDAR COM FÉ
O SOM DA PESSOA
ESOTÉRICO
SUPER-HOMEM (A CANÇÃO)
AQUELE ABRAÇO
PALCO
REFAZENDA
CÁLICE




Assim que realizarmos o novo sorteio e tivermos definidos os confrontos, 
eles estarão aqui no ClyBlog.
Fique ligado!


segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Copa do Mundo Gilberto Gil - resultados das oitavas-de-final



C
hegamos à reta final.
Oito jogos, dezesseis times (ou canções).
Só restarão oito...
Não adianta chorar que a sua favorita saiu, que foi eliminada, porque, daqui pra frente, muita coisa boa vai ficar pelo caminho, mesmo.
Por exemplo, nessa fase coisas mágicas como "Andar com fé", "Expresso 2222", "Sítio..." e "Refazenda" dançaram e foram mais cedo pra casa.
Puxa, hein!
Se essas saíram, o que restou?
Ora, restaram nada mais nada menos do que 'Palco', 'Realce', 'Aquele Abraço'...
Podem ficar tranquilos. Teremos ótimos representantes da obra do Imortal Gilberto Gil na final.



Confere, aí embaixo, os enfrentamentos das oitavas e os classificados para as quartas-de-final:



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resultado de Rodrigo Dutra

ZUMBI, A FELICIDADE GUERREIRA 0x1 AQUELE ABRAÇO 
Com dó no coração, nos despedimos de “Zumbi” mandando “Aquele Abraço” ao herói guerreiro. O reggae oitentista não consegue superar o sambinha clássico do exílio forçado de Gil. Agora até o final só começo "com dó no coração".


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resultado de Leocádia Costa

ANDAR COM FÉ 3 x 3 REALCE (5x6 nos pênaltis)
Com direito a prorrogação e decisão nos pênaltis. Baita jogo, que colocou duas grandes canções do Gil em campo. Sabe aquele jogo que você torce até o minuto final pelas duas seleções? É isso, segura coração! Mas dessa vez, “Realce” jogou purpurina em “Andar com fé” e ganhou esse jogo nos pênaltis, com placar final de 5x6.


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resultado de Kaká Reis

BACK IN BAHIA 1 x HAITI 2
Oitavas de Final e cada vez mais apertado, não dá nem pra imaginar como vai ser essa final!
Back in Bahia versus Haiti e o puro suco de Gilberto Gil.
Haiti abre o placar da memória afetiva e com sua letra altamente politizada e de impacto. Back in Bahia logo empata, afinal, talvez um dos clássicos mais classicos da discografia. O jogo segue empatado até o final quando, inesperadamente, Haiti marca um gol de escanteio aos 47:05 vencendo a partida por 2x1.


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resultado de Joana Lessa

EXPRESSO 2222 2 x PANIS ET CIRCENCES 3
Panis et circense inaugura um estilo de jogo bonito, diferente. Expresso vem muito bem, mas é surpreendido e o resultado final da partida é Expresso 2 x Panis 3.


***

resultados de Daniel Rodrigues

CÁLICE 4 x 2 O SOM DA PESSOA
Os comentaristas que viram as escalações antes do confronto eram unânimes que “Cálice”, um clássico absoluto de Gil, iria passar com facilidade. Mas no futebol, ou na música, as coisas se resolvem mesmo quando começa a rodar a bola – ou o toca-discos. “O Som da Pessoa”, com time reforçado com um competente Bené Fontelles no meio-campo, começou fazendo frente para “Cálice”. Com seu jogo pragmático – a primeira pessoa na defesa, a segunda no meio e a terceira no ataque –, foi lá e fez no começo da partida um gol meio feio, no bate-e-rebate. Mas como qualquer bola na rede soa bem, o que importa é que saiu ganhando. E logo em seguida ampliou! Final do primeiro tempo: 2 x 0 para “O Som da Pessoa”! Será que vamos ter uma zebra nas oitavas da Copa Gil?! Sem se apavorar, no entanto, “Cálice” fez valer o peso de sua camiseta e de time aguerrido, rebelde, que não se abateu nem com a desclassificação no tapetão no Phono 73. Contanto não só com aquele atacante goleador contratado junto ao Politheama, o Chico, mas também com a impetuosidade do próprio Gil, “Cálice” empata. Daí, mais pro fim da partida, manda uma saraivada pra cima da adversária, com bola vindo de tudo que é lado naquela parte que a música vira pra um rock meio fora do tempo quando põe em campo Magro, Rui, Miltinho e Aquiles da MPB-4. Então, vira: 3 x. 2. O gol de misericórdia vem com lances de crueldade: o técnico tira da manga outro “às” do banco, um cara vindo de um clube de Belo Horizonte, o Clube da Esquina, chamado Milton. É muito recurso que tem esse time, hein? É ele quem mete o 4º e fecha a conta: 4 x 2 para “Cálice” numa virada emocionante. E em respeito ao adversário, que fez um confronto de alto nível, a torcida nem disse “Cale-se!” desta vez pra adversária.

PALCO 2 x 0 SÍTIO DO PICA-PAU AMARELO
Como todos os confrontos dessa fase, é só time de respeito se enfrentando. Mas mesmo com toda a tradição de “Sítio do Pica Pau Amarelo”, time popular, que até as crianças gostam de ver jogar, tem horas que não dá pra segurar. A adversária é daquelas que sabem de sua grandiosidade e já sobe neste palco que é o gramado com a alma cheirando a talco, com a alma clara e um futebol alegre, inspirado no futebol africano (só quem sabe onde é Luanda saberá lhe dar valor). “Palco” naturalmente impõe seu estilo leve e gingado e faz um gol e cada tempo. “Sítio” ainda tentou das suas artimanhas mágicas, às vezes escondendo a bola e tentando levar ela invisível pra dentro da goleira, mas o juiz anulou o gol e fechou assim: 2 x 0 para “Palco”, que está classificada. Nessa, a torcida de “Palco” não perdoou e lançou o seu já tradicional grito para a o time adversário: “Fora daqui!”.


***

resultados de Cly Reis

FILHOS DE GANDHI 0 x 2 ESOTÉRICO 
Adoro Filhos de Gandhi! É uma das minhas favoritas da música brasileira. No entanto, pra mim, é música de parceria. 'Esotérico' é marcante na discografia do Gil, 'Filhos...' é marcante na colaboração com Jorge Benjor, posteriormente com Caetano ou em outros registros ao vivo. Vitória garantida para 'Esotérico'. 

SUPER-HOMEM (A CANÇÃO) 2 x 1 REFAZENDA 
Aí sim a coisa ficou séria! Duas das melhores canções de Gil. 'Super-Homem' sai na frente pelo conjunto letra-melodia-inspiração, mas 'Refazenda' não se ressente por isso e compensa com seu arranjo exuberante e reflexão sobre o tempo, empatando logo em seguida. A consistência de 'Refazenda' parece pressionar 'Super-Homem', o gol parece estar amadurecendo, parece que é só questão de tempo, até que, numa jogada em velocidade, o atacante do time de Crypton dá um drible de raio-X no defensor do escrete rural, definindo a partida! Mais uma das grandes fica pelo caminho, mas aqui não tinha jeito. Alguém teria que cair.


***

CLASSIFICADOS PARA AS QUARTAS-DE-FINAL
Aquele Abraço
Realce
Palco
Haiti
Esotérico
Super-Homem (A Canção)
Cálice
Panis et Circences





sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Copa do Mundo Gilberto Gil - Finalistas



128 começaram.
Apenas 2 chegaram.
Entre toda a obra vasta e rica de Gilberto Gil, "Palco" e "Realce" foram as que conseguiram superar todos os obstáculos e adversárias de respeito para chegar a essa decisão.

"Palco", do disco "Luar (A gente precisa ver o Luar)", de 1981, teve o seguinte caminho para chegar até aqui:

  • "Ensaio Geral", na primeira fase
  • "Procissão", na segunda fase
  • "São João Xangô Menino", na terceira fase
  • "Sítio do Pica-Pau amarelo", nas oitavas-de-final
  • "Aquele Abraço", nas quartas-de-final, e
  • "Haiti", na semifinal


"Realce", que dá nome a um disco, de 1979, encarou os seguintes adversários:

  • "O Sonho Acabou", na primeira fase
  • "Extra", na segunda fase
  • "Ilê Ayê", na terceira fase
  • "Andar Com Fé", nas oitavas-de-final
  • "Esotérico", nas quartas-de-final, e
  • "Super-Homem (A Canção)", na semifinal


Só pedreira, hein!
Depois de terem derrubado tantos gigantes pelo caminho, nada mais justo de estarem nessa finalíssima, não?
Enquanto nossa comissão de especialistas em gilbertogilogia descascam esse pepino de ter que decidir qual das duas tem alguma vantagem sobre a outra, vocês ficam com um gostinho de cada uma delas e formam seu juízo, até a hora de conhecermos o campeão.


PALCO





REALCE







segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Copa do Mundo Gilberto Gil - classificados da segunda fase


Eis os classificados na segunda fase, que avançam no nosso pequeno certame futebolístico-musical.
Rapai..., a coisa foi braba nessa segunda fase! Nossos julgadores tiveram enorme dificuldade e alguns nomes grandes, potenciais candidatos, ficaram pelo caminho: "A Paz", "Se eu quiser falar com Deus", "Barracos", Ê, povo, ê", "Parabolicamará", "Extra", foram algumas das "camisetas pesadas" que deram tchau para a competição.  
E quer saber? 
Vai piorar. 
Ou melhorar, dependendo do ponto de vista. 
A partir de agora, a coisa afunila mesmo, e só as fortes sobreviverão. 
Aguardemos para ver. Aguardemos.
Confere aí, abaixo, quem avança na competição:






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resultados de Leocádia Costa


La Renaissence Africane 2x3 Ilê Ayê
O jogo virou e favoreceu esse hino que ecoa ancestralidade por todos os poros. Vitória justa!


Copo Vazio 1x3 Marginália 2
A poesia profética e cortante de Torquato Neto arrasou a canção cheia de lirismo. Sem chance de reação.


O Som da Pessoa 3x2 O Eterno Deus Mu Dança!
A disputa foi acirrada, mas “O Som da Pessoa” é pura poesia. E esse violão, minha gente!!! Agitou a galera!


Filhos de Gandhi 4x0 Ê, Povo, Ê
A canção que arrasta milhares de pessoas quando esse bloco sai em Salvador emociona demais. Essa música é “Filhos de Gandhi”. Clássico é clássico!


Three Little Birds 3x0 Ela
Bob Marley na voz de Gil é mágico. É como Garrincha jogando com Pelé, sabe? Essa canção é uma das minhas prediletas. Me sinto voando quando a escuto.


Panis et Circenses 3x2 Refavela
Jogo difícil, porque ambas são muito representativas, timaços em campo. Dessa vez fico com a lendária “Panis et Circenses”, que migrou para outros intérpretes e continua intacta, eterna.


Serafim 1x 3 Sítio do Pica-Pau Amarelo
O jogo foi fácil, porque o emocional atingiu a concentração dos competidores. Primeira infância emplacando os corações.


Oriente 3x0 Chuck Berry Fields Forever
A magistral canção que cresce quando executada não deu espaço e ganhou de lavada do adversário.

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resultados de Kaká Reis


Flora 1x0 Joao Sabino
Essa disputa já chegou de forma bem desafiante! Joao Sabino era até então desconhecida por mim, porém de uma enorme genialidade. Mesmo assim, nessa disputa. Flora vence por 1x0.

Esotérico 5x0 Norte da Saudade
Nem bem o juiz apitou e Esotérico meteu 5 bolas na rede! Essa é quase imbatível!

Punk da Periferia 1x3 Domingo no Parque
Complicou o meio de campo! O jogo abre com Domingo No Parque abrindo vantagem. Punk da Periferia consegue emplacar um gol, mas antes do final do 2º templo, Domingo no Parque fecha o Placar em 3x1. É muita música!!!!

Amarra o teu arado a uma estrela 1x0 Cores Vivas
Mais um confronto com uma “inédita” pra mim. Dessa vez, dificílimo julgamento da juiza! Rs. E acreditem se quiser, nessa disputa, conseguiu cravar 1x0 em Cores Vivas, ganhando a disputa.


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resultados de Joana Lessa


Drão 3x2 Barracos
Num clássico como esse, a disputa é apertada. Drão veio metendo 2, até que Barracos encostou. Mas no final deu Drão.


Lamento sertanejo 1x2 Andar com Fé
Placar apertado, mas pode se dizer que Andar Com Fé ganhou com uma certa tranquilidade.


Zumbi 5x2 Batmacumba
Zumbi já chegou goleando, mesmo com uma pequena reação de Batmacumba


Cinema Novo 1x3 Vitrines
Vitrines levou com facilidade. Já era superior antes mesmo de entrar em campo.


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resultados de Rodrigo Dutra


Lugar Comum 0x2 Maracatu Atômico
Ah, eu amo Lugar Comum por ser a cara de Donato, mas “Maracatu Atômico” é de Jorge Mautner e lembro como a versão de Chico Science definiu o Mangue Beat nos anos 90. “Manamaê ô!”


Quilombo, o Eldorado Negro 0x1 Aquele Abraço
“Aquele Abraço” pros quilombos. A música que Gil fez pra se despedir do Brasil é uma das favoritas ao título. Alô, Alô ClyBlog, olha o breque!


Queremos Saber 1x2222 Expresso 2222
Uma pena “Queremos Saber” enfrentar esse verdadeiro trem de ferro que é a magnífica “Expresso 2222”. É o retorno de Gil pro Brasil, é o olhar pro futuro, além do balanço forrozeiro único. Goleada absurda!


Procissão 0x0 Palco (2x3)
“Palco” ganha nos pênaltis, porque “Procissão”, embora seja pura poesia e tenha ouvido tanto na vida, não atinge o grau festeiro, oitentista, sagrado e popular de “Palco”, trilha até de Chiquititas.


Parabolicamará 2x4 Tempo Rei
Sou noveleiro, mas tenho que reverenciar a Coroa. “Tempo Rei” ganha com autoridade oitentista. Clássica!


Back in Bahia 1x0 Geleia Geral
Essa faço chorando, porque “Geleia Geral” é tão legal! Torquato Neto, Tropicália, Pindorama, a mistura regurgitofágica desses anos de ouro. Mas “Back in Bahia” é mais poderosa, em melodia e significado.


A Paz 4x5 Toda Menina Baiana
Outra parada duríssima. Queremos paz para nuestro pueblo, mas as meninas baianas imperfeitas se sobressaem. Foi um placar acirrado que Deus deu.


Kaya N'gan Daya 2x0 Nêga
“Nêga” caiu no ritmo contagiante da tribo fumacê jamaicana e perdeu o jogo. Trench Town ganhou de Londres.


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resultados de Daniel Rodrigues


Pai e Mãe 0x3 Refazenda 
Clássico Regional! Jogo de clubes (músicas) do mesmo lugar (disco). Mas é mais ou menos Inter x São José, Flamengo x Ameriquinha ou Atlético Mineiro x América Mineiro, sabe? Por mais que “Pai e Mãe” tenha bons momentos, emocionantes até, não tem como competir com “Refazenda”, que impõe seu esquema, refazendo tudo. Time que tem paciência de ver amadurecer o gol. Sabes ao que estou me referindo, né? O tempo demora a trazer o gol, mas, sem desistir, “Refazenda” chega ao primeiro e depois a bonança veio ao natural. Com tranquilidade, “Refazenda” fecha com uma quase goleada de 3 x 0.


Extra 0x1 Realce 
Reggae versus disco music. Seriedade versus alegria. Reflexão versus espontaneidade. Quem sai vencedor neste duelo de opostos? “Realce” se vale de seu futebol propositivo, sem medo de ser feliz, enquanto “Extra” tem um esquema bem pensado, que sabe onde quer chegar. Mas “Realce” não desespera, pois quando vai pro ataque fere a tal ponto que nenhum mágico interferirá. Tanto foi que, de repente, brilhou: “Realce” marca ali pela metade do primeiro tempo aquele que seria o gol da vitória. Apertada, mas suficiente para lhe colocar na próxima fase da Copa Gil. E a organizada LGBTQIA+ na arquibancada vai à loucura!


Super-Homem (A Canção) 2x1 Tradição 
Outro clássico de músicas irmãs. Os dois se sentem em casa. Mas “Super-Homem” entra em campo com uma vantagem, pois é ela que antecede justamente “Tradição” no disco e tem a função de lhe “passar a bola”. Só que ela devolve a bola no círculo central, porque conseguiu abrir o placar. Mas não tem jogo perdido! É o tipo da partida que tem emoção até o fim. “Tradição”, como o nome diz, tem uma camiseta pesada e muito recurso de gingado e empata. No segundo tempo, segue a igualdade: a emotividade de “Super-Homem” e a qualidade amadiana de “Tradição”. Até que, mudando como um Deus o curso da história, o super-homem veio restituir sua canção à glória, que marca no finazinho (ali quando Gil dá aquele agudo lindo: “Por causa da mulheeeer...”) e esta grande partida se encerra assim: 2 x 1 para “Super-Homem (a canção)”


Essa é pra tocar no rádio 0x1 São João Xangô Menino 
Jogo disputado, com muitas oportunidades de cada lado, chances de gol, bola na trave, gol anulado e... nada de sair do zero. Times bem parelhos: “São João” com status de Doce Bárbaros e “Essa...”, que já entra em campo desta vez não com a formação de “Refavela”, mas a de “Gil & Jorge”, ou seja, com um futebol mais malandro, ousado, pautado no “dibre”. Mas ninguém resiste àquele refrão móvel de “São João”, ainda mais naquele em que tasca várias referências a discos de Caetano, Gil, Gal e Bethânia (“Viva Refazenda/ Viva Dominguinhos/ Viva qualquer coisa/ Gal canta Caymmi/ Pássaro proibido”). Partida resolvida no detalhe, “São João” marca o seu e solta foguete pra comemorar. 1 x 0, placar final.


Meio de Campo 0x1 Raça Humana 
Outra parada dura. “Meio de Campo” se vale do privilégio de ser das poucas músicas de Gil com referência ao futebol, o que já a põe em vantagem. Outro fator importante: música pra voz de Elis Regina. Ou seja, daquelas de respeito. Só que ela, naquela filosofia “Eu não sou Pelé nem nada, se muito for eu sou um Tostão”, atacava, atacava, e nada de sair do zero. “Fazer um gol nessa partida não é fácil, meu irmão”, falou o técnico já irritado. E como camiseta não ganha jogo e não adianta manter o jogo só no meio de campo, a adversária, com leitura cirúrgica do fator humano, riscou, rabiscou e pintou um golaço na meta defendida pelo goleiro que joga na seleção. “Entrou com bola e tudo!”, disse o narrador. E foi assim que a partida se resolveu: com um belo gol, construído com trabalho de Deus. 1 x 0 “Raça Humana”.


Haiti 1x0 Se eu quiser falar com Deus 
Pedreira num jogo de iguais, mesmo que de épocas diferentes. A diferença de 12 anos a mais não fez com que “Se eu...” se intimidasse com o vigor da adversária e abre o placar. Mas “Haiti” não se assusta com a reza brava da adversária e reage em seguida, empatando. A partir daí o jogo fica encroado, nervoso, com os dois times se respeitando. Foi então que, numa distração de “Se eu...”, a ousada “Haiti” aproveita uma escapada pela ponta, na hora do rap de Gil (“111 presos, mas presos são quase todos pretos...”) e define: 1 x 0. “Haiti”, que não veio pra brincadeira nessa Copa, tira uma das fortes candidatas. Mas futebol é isso, e a torcida canta: “O Haiti é aqui!”


Cálice 2x0 Tenho Sede 
“Tenho Sede” é daquelas músicas tão bonitas que lhe cabe com precisão o termo “terna”. Só que pra jogar um torneio tão disputado tem que estar com a condição física em dia. “Cálice”, agressiva e com time bem posicionado (tendendo, muitas vezes, a fazer suas jogadas pela esquerda, obviamente), vale-se que a adversária cansou um pouco, precisava se hidratar, e aproveita essa queda de rendimento para forçar o jogo. Depois de uma tabelinha entre Gil e aquele atacante contratado do Politheama fã de Canhoteiro, o Chico, mete na rede. Na comemoração, dedinho em riste no lábio mandando recado pra torcida adversária: “Cale-se!”. Com mais um pra decretar o placar final, “Cálice” faz 2 x 0 e fecha a conta.


Só quero um xodó 0x1 Barato Total
Sabe aquele time que tem um futebol bonito, que todos gostam de ver, e que tem carisma junto ao público? “Só quero um xodó” é assim. Parceria Gil e Dominguinhos não poderia dar noutra coisa, né? Mas o problema é que ela pegou pela frente a potente “Barato Total”. Música de muitos recursos (rítmicos, timbrísticos, harmônicos, vocais), que entra em campo com aquela aparente displicência, cantando “lalalá”, mas, no fundo, tá superligada na partida. A aposta é no futebol alegre, afinal, quando a gente 'tá contente, nem pensar que está contente a gente quer: a gente quer, a gente quer, a gente quer é fazer gol, claro! Vitória simples de 1 x 0, que poderia ter sido 2 ou 3 se “Barato...” não se esquecesse de vez em quando do seu compromisso de ganhar a partida.


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CLASSIFICADOS PARA A TERCEIRA FASE:
Drão
Andar com Fé
Zumbi
Vitrines
Barato Total
Cálice
Haiti
Raça Humana
São João Xangô Menino
Super-Homem (A Canção)
Realce
Refazenda
Kaya N'gan Daya
Toda Menina Baiana
Back in Bahia
Tempo Rei
Palco
Expresso 2222
Maracatu Atômico
Aquele Abraço
Flora 
Esotérico
Amarra o teu arado a uma estrela
Domingo no Parque
Oriente
Sítio do Pica-Pau amarelo
Panis et Circences
Ilê Ayê
Marginália 2
O Som da Pessoa
Filhos de Gandhi
Three Little Birds



Agora, tem novo sorteio, e nos próximos dias, 
divulgaremos os confrontos da nova fase da Copa Gil. 

quinta-feira, 30 de junho de 2022

Gil 80 Anos - As 80 músicas preferidas pelos fãs


E ele chegou aos 80. Tomado de significados, o aniversário de Gilberto Gil está sendo uma celebração nacional. Por vários motivos: ele é a nossa arte maior, o nosso orgulho enquanto povo, a representação da nossa raça, da nossa sapiência espiritual, da nossa resistência política e cidadã. O Brasil que deu (que pode dar) certo. No Clyblog, basta fazer uma breve pesquisa pelo nome deste artista que se encontrarão diversas referências, talvez a de maior volume nestes quase 14 anos de blog.

Tanto é que nós, como se parentes ou súditos muito próximos, haja vista que sua arte perfaz nossas vidas desde crianças, aqui estamos reunidos para celebrar os 80 anos deste baiano que quis falar com Deus e conseguiu. Gentes de diferentes idades, estados, profissões, mas impregnados da mesma admiração pela vasta, vastíssima obra de Gil, um autor, assim como o mano Caetano Veloso – o próximo oitentão da turma – capaz de produzir misteriosamente com uma qualidade superior por décadas a fio praticamente sem quebras neste alto padrão artístico.

O “nós” a quem me refiro, claro, inclui-me, mas vai além disso. Somos oito seguidores da egrégora Gil das áreas do jornalismo, da arquitetura, da biblioteconomia, da arquitetura, da produção cultural e outros e, claro, da própria música. O talentoso músico paulista Mauricio Pereira, que já versou Gil n’Os Mulheres Negras, é um dos que generosamente colaboram conosco elencando suas preferidas. Como ele, tivemos a árdua tarefa de escolher cada um 10 músicas, chegando, devota e festivamente, à soma de 80, igual a suas primaveras completas no último 26 de junho.

Creio que, daqui a 2 anos, quando Chico Buarque completar esta mesma idade (o que todos esperamos), talvez haja comoção parecida. Mas somente parecida. Gil guarda particularidades junto ao coração das pessoas que somente ele é capaz de provocar. Tanto que não foi assim quando Roberto chegou ao time dos oitentões, nem com ErasmoTom Zé, FloraHermeto, Donato e nenhum outro da música brasileira que já tenha rompido a barreira das oito décadas. Além de recentemente sentar-se na cadeira da eternidade da Academia Brasileira de Letras, ratificando o que construiu ao longo de 60 anos de carreira, a própria imortalidade, este aniversário de Gil é um aniversário de todos: dos fãs, dos brasileiros, da América preta e mestiça, da África diáspora, da cultura latino-americana, da arte universal. De nós.

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Kaká Reis

produtora cultural
(Rio de Janeiro/RJ)

"Gil sempre fez parte da minha vida. Meus dois irmãos (autores desse blog), mais especificamente Daniel, sempre trouxeram suas melodias e letras para perto e realmente conquistaram meus ouvidos a ponto de 'Tropicália 2' ser, com ainda uns 7 anos de idade, meu disco favorito. Um ancestral vivo, ativo, criativo, que eu posso ver com meus olhos, ouvir com os ouvidos e sentir com a alma… assim é Gil. Um griot da sabedoria!”

1. "Super-homem, a Canção" ("Realce", 1979)
2. "Haiti" (com Caetano Veloso, "Tropicália 2", com Caetano Veloso, 1993)
3. "Domingo no Parque" ("Gilberto Gil", 1968)
4. "Abre o Olho" ("Gilbert0 Gil Ao Vivo" ou "Ao Vivo no Tuca", 1974)
5. "Refazenda" ("Refazenda", 1975)
6. "Sarará Miolo" ("Realce", 1979)
7. "Quanta" ("Quanta", 1997)
8. "Parabolicamara" ("Parabolicamará", 1992)
9. "Nos Barracos da Cidade" ("Dia Dorim Noite Neon", 1985)
10. "Drão" ("Um Banda Um", 1982)


Leocádia Costa

publicitária, produtora cultural e locutora
(Porto Alegre/RS)

"Escolher 10 canções na imensa e maravilhosa discografia de Gilberto Gil, Ave, é desesperador. Quando recebi o convite de participar dessa homenagem por ser uma fã dele e da sua expressão, precisei estabelecer algum critério para escolher 10 canções. Gostar, gosto de praticamente tudo o que ele canta, então esse não seria um critério adequado. Depois, pensei naquelas canções que me tiram do chão, me fazem vibrar em espirais que só ele produz. A missão de escolher ficou ainda mais complexa, porque algumas canções de Gil dizem o que meu coração gostaria de dizer, ou aquilo que minha cabeça pensaria, ainda coloca na minha boca a indignação ou a descoberta mais sensível dos inúmeros graus da Espiritualidade que ele percorre. Então, descartei esse critério também. Daí me dei conta que boa parte das iniciais 33 canções que eu havia escolhido se dividiam entre canções que estão eternizadas na voz do Gil e outras que eu escuto na voz dos seus intérpretes sendo praticamente deles (Cássia Eller, "Queremos Saber"; Rita Lee, "Panis et Circenses", João Donato, "Bananeira"; Dominguinhos, "Só quero um xodó"; Elis Regina, "Rebento"; e Cazuza, "Um trem pras estrelas", só para citar algumas, sendo impossível nominar as composições de Gil e Caetano que me nutrem a alma). Então, cheguei ao critério que me fez melhorar um pouco a seleção para chegar nas 10 escolhidas: destacaria somente aquelas canções que, para mim, são ouvidas na voz do compositor e que me marcaram profundamente e aí estão elas!"

1. "Lamento Sertanejo" ("Refazenda", 1975, com Dominguinhos)
2. "Sitio do Pica-Pau Amarelo" (Trilha sonora "Sítio do Pica-Pau Amarelo", 1977)
3. "Filhos de Gandhi" ("Gil & Jorge" ou "Xangô/Ogum", 1974, com Jorge Ben)
4. "Drão"
5. "Tempo Rei" ("Raça Humana", 1984)
6. "Vamos Fugir" ("Raça Humana", 1984, com Liminha)
7. "Domingo no Parque"
8. "Zumbi (A Felicidade Guerreira)" (Trilha sonora "Quilombo", 1985, com Wally Salomão)
9. "Aquele Abraço" ("Gilberto Gil", 1969)
10. "São João, Xangô Menino" ("Gilberto Gil ao vivo em Montreux", 1978, com Caetano Veloso)




Tatiana Viana

assessora de planejamento da Secretaria da Cultura de Viamão
(Viamão/RS)

"Acho que ele tem lugar garantido no coração, em algum lugar da memória afetiva de todo brasileiro, uma obra ampla, maravilhosa, que fala dos dilemas humanos, de amores e sofrimentos da vida de um modo geral, a desigualdade social, cultura. Gil é um pouco de cada um de nós e nós carregamos um pouco dele em nossas vidas."

1. "Emoriô" (por João Donato, "Lugar Comum", 1975, com Donato)
2. "Extra" ("Extra", 1983)
3. "Nos Barracos da Cidade"
4. "Tempo Rei" 
5. "Esotérico" ("Um Banda Um", 1982)
6. "Drão"
7. "Andar com Fé" ("Um Banda Um", 1982)
8. "Parabolicamará"
9. "Buda Nagô" ("Parabolicamará", 1992)
10. "Metáfora" ("Um Banda Um", 1982)




Maria Joana Lessa

jornalista
(Rio de Janeiro/RJ)

“Eu acho que Gil é um orixá vivo”.

1. "Extra"
2. "Afoxé É" ("Um Banda Um", 1982)
3. "Abre o Olho"
4. "Sarará Miolo"
5. "Refazenda"
6. "Back in Bahia" ("Expresso 2222", 1972)
7. "Domingo no Parque"
8. "Filhos de Gandhi" 
9. "Babá Alapalá" ("Refavela", 1977)
10. "São João, Xangô Menino"




Clayton Reis

arquiteto, cartunista e blogueiro
(Rio de Janeiro/RJ)

"Tarefa dificílima! Sempre me ocupei meramente em apreciar e nunca em elencar minhas preferidas. Numa obra tão linda, nunca me preocupei em saber se eu gostava mais dessa ou daquela. Enfim, aí estão as 'do momento'. Talvez depois me arrependa e pense em alguma injustiçada que não entrou. Mas por agora,  minhas 10 são  essas aí..."

1. "Drão"
2. "Febril" ("Dia Dorim Noite Neon", 1985)
3. "Domingo no Parque"
4. "Refazenda"
5. "Roque Santeiro (O Rock)" ("Dia Dorim Noite Neon", 1985)
6. "Raça Humana" ("Raça Humana", 1984)
7. "Ela" ("Refazenda", 1975)
8. "Back in Bahia"
9. "Parabolicamará"
10. "Lamento Sertanejo" 




Luciana Danielli

bibliotecária
(Niterói/RJ)

"Gil, baluarte da música brasileira e o maior ministro da cultura que o Brasil já teve! Grande artista!!!! Parabéns Gil! Feliz 80!"

1. "Marginália II" ("Gilberto Gil", 1968, com Torquato Neto)
2. "Refazenda"
3. "Tempo Rei"
4. "Aquele Abraço" 
5. "Toda Menina Baiana" ("Realce", 1979)
6. "Domingo no Parque"
7. "Expresso 2222" ("Expresso 2222", 1972)
8. "Lamento Sertanejo"
9. "Refavela" ("Refavela", 1977)
10. "Pela Internet"  ("Quanta", 1997)




Daniel Rodrigues

jornalista, escritor, radialista e blogueiro
(Porto Alegre/RS)

"'Gil engendra em Gil rouxinol', cantou Caetano usando as palavras do poeta Souzândrade para falar de Gilberto Gil. A obra de Gil é gigante em vários sentidos, por isso, misteriosa. Inclusive no assombroso volume de canções da primeira linha da música mundial. E quantas que eu adoro tiveram que ficar de fora da minha lista! 'Aqui e Agora', 'O Oco do Mundo', 'Haiti', 'Febril', 'Rock Santeiro (O Rock)', 'Beira-Mar', 'A Balada do Lado sem Luz'... Apenas 10 é pouco para representá-la e representá-lo, mas creio que, sim, muito bem representadas quando junto às 10 de todos nós. Viva Gil!! Axé!"

1. "Filhos de Gandhi"
2. "Lamento Sertanejo"
3. "Back in Bahia" 
4. "Drão" 
5. "Cores Vivas" ("A Gente Precisa Ver o Luar", 1981) 
6. "Domingo no Parque"
7. "Palco" ("A Gente Precisa Ver o Luar", 1981)
8. "Queremos Saber" (por Erasmo Carlos, "A Banda dos Contentes", 1976)
9. "Cinema Novo" ("Tropicália 2", com Caetano Veloso, 1993)
10. "Lamento de Carnaval" ("Quanta Gente Veio Ver", 1998, com Lulu Santos)




Maurício Pereira

músico e jornalista
(São Paulo/SP)

Difícil demais escolher 10 músicas do Gil pra passar pra vocês, o repertório dele tem coisas fundamentais, de cara eu já pensei numas 30… E não tou falando não como o Maurício músico ou compositor, não. Falo como ouvinte, como um brasileiro comum que se serviu da poesia, da sensibilidade, da inquietude filosófica, da visão de mundo desse artista, pra poder tentar entender e viver o mundo (e o Brasil) dum modo mais profundo e mais misterioso. Salve o Gil! .”

1. "Retiros Espirituais" ("Refazenda", 1975)
2. "Jeca Total" ("Refazenda", 1975)
3. "Vitrines" ("Gilberto Gil", 1969)
4. "Aquele Abraço"
5. "Louvação" ("Louvação", 1966)
6. "Raça Humana"
7. "Domingo no Parque"
8. "Batmacumba" (por Os Mutantes, "Tropicália" ou "Panis et Circensis", 1968, com Caetano Veloso)
9. "Meio de Campo" (por Elis Regina, "Elis", 1973)
10. "Tradição" ("Realce", 1979)



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As mais votadas

- "Domingo no Parque" - 7 votos
- "Drão" - 5 votos
-"Lamento Sertanejo", "Refazenda" e "Tempo Rei" - 4 votos
- "Back in Bahia" , "Parabolicamará", "Aquele Abraço" e "Filhos de Gandhi" - 3 votos
- "Abre o Olho", "Raça Humana", "Extra", "Sarará Miolo", "Nos Barracos da Cidade" e "São João, Xangô Menino" - 2 votos
"Super-homem, a Canção", "Haiti", "Quanta", "Sitio do Pica-Pau Amarelo", "Vamos Fugir", "Zumbi (A Felicidade Guerreira)", "Emoriô", "Esotérico", "Andar com Fé", "Buda Nagô", "Metáfora", "Afoxé É", "Babá Alapalá", "Febril", "Roque Santeiro (O Rock)", "Ela", "Marginália II", "Toda Menina Baiana", "Expresso 2222", "Pela Internet", "Cores Vivas", "Palco", "Queremos Saber", "Cinema Novo", "Retiros Espirituais", "Jeca Total", Vitrines", "Tradição", "Meio de Campo", "Batmacumba" e "Louvação" - 1 voto



Daniel Rodrigues