Curta no Facebook

Mostrando postagens com marcador É nossa Doha!!!. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador É nossa Doha!!!. Mostrar todas as postagens

domingo, 18 de dezembro de 2022

Copa do Mundo Kraftwerk - Final

 



A hora da decisão chegou!

Nossas duas finalistas, dois grandes times, duas camisas pesadas da discografia kraftwerkiana chegam para o confronto final credenciadas por muita qualidade, muito prestígio junto aos fãs e campanhas de respeito ao longo da competição.

Radioactivity, faixa que dá título a um álbum, uma das mais inovadoras em linguagem considerando a época em que foi concebida e as limitações técnicas existentes, uma das favoritas do público nos shows, chega à decisão contra The Hall of Mirrors, canção extremamente técnica, riquíssima ritmicamente, uma das mais mencionadas entre fãs quando se fala nas preferidas de cada um, presente no álbum considerado, por muitos, o mais revolucionário do grupo.

E aí, o que pesa mais nessa hora?

Descobriremos...

Vejamos, então, como decidiram nossos especialistas, Luna Gentile, Daniel Rodrigues, Luciana Danielli e José Júnior. 

Como diria aquele narrador: vai ter emoção até o fim.

Que comece a decisão:


-----------------

Luna Gentile

Grande final com muita radiatividade e explosões ao longo do jogo. Radioactivity tem uma melodia simples mas The Hall of Mirros se abre mais ao longo do jogo e tem o seu solo de taclado de outro mundo. E Radioactivity fica mais incrivel com seu solo de código morse. Assim, temos essa final em que o meu placar é...
RADIOACTIVITY 3 X THE HALL OF MIRRORS 2

Grande jogo.


-----------------

Luciana Danielli


Eu continuo dando o placar pra The Hall of Mirrors. Ganhou pelo placar acirrado de 1X0 sobre a grande Radioactivity, pois não posso deixar de elogiar a majestosa música que demarca a raiz da música eletrônica pra cena musical contemporânea com o uso dos sintetizadores, construindo um gênero e consolidado pelas décadas seguintes.
RADIOACTIVITY 0 X THE HALL OF MIRRORS 1


----------------

Cly Reis


Sabe aquele jogo que, com três minutos já está 1x1? Pois é, a final já começa eletrizante. Se por um lado, Radioactivity começa com aquela introdução de contador Geiger aumentando a frequência com a proximidade de alguma radiação, para se transformar, definitivamente, na base da percussão da música, Hall of Mirrors, empata rapidinho com aqueles passos ecoando no ambiente para também se transformar numa das bases percussivas mais inteligentes e impressionantes da história da música. Hall of Mirros passa à frente no placar por conta de sua atmosfera misteriosa e melodia flutuante quase hipnótica. Radioactivity busca o placar com se solo de código-morse que é das coisas mais impressionantes e criativas que eu já ouvi na minha vida. 2x2. Que jogaço, senhoras e senhores!
Sinceramente..., não consigo encontrar nenhum ponto de desequilíbrio. Alguma avaliação lógica, racional, ponderada, sobre algum elemento, algum item que possa pender mais para um lado do que para o outro. 
Vai no subjetivo: por uma leve preferência pessoal, mas LEVE mesmo, Radioactivity solta uma verdadeira bomba de fora da área e estufa as redes do adversário aos 48 do segundo tempo. Vitória apertada. Muitos diriam que injusta, mas no futebol não existe injustiça. O que importa é bola na rede.

RADIOACTIVITY 3 X THE HALL OF MIRRORS 2


-----------------

Daniel Rodrigues


É chegada a grande final! E pra representar esta Copa, nada melhor que dois times clássicos. Camisas pesadas em campo. A escola alemã, que não abre mão de usar a ciência, a técnica, a tecnologia, mas tudo a favor e de forma a obter o melhor dos atletas. Enfim, sem mais delongas: rola a bola no Stadion Kling Klang! O jogo começa com muito estudo de ambas as partes. Todos sabem de suas próprias qualidades técnicas, mas ninguém avança de forma afoita, pois respeitam o adversário. Aliás, são dois times de característica de cadenciar o ritmo, em que o jogo vai sendo conduzido aos poucos e de forma constante. Neste passo, “The Hall of Mirrors”, que troca a bola literalmente de pé em pé, lentamente, mas com segurança de que está fazendo o espelhamento certo das funções táticas, abre o placar. A partida volta para o segundo tempo na mesma condição de igualdade de oportunidades do início, tendo em vista o equilíbrio dos dois times. Mas acontece que “The Hall...” já está na frente. Então, “Radioactivity” tem que correr atrás do prejuízo! Preocupado, o técnico decide por o time pro ataque faltando 15 min pra terminar. Ele troca peças e põe em campo o time que jogou em “The Mix”, aquele mais acelerado e pulsante. A mexida, porém, não dá certo, até porque esta versão é inferior tecnicamente à sua original. E já não havia mais tempo pra nada. Num placar apertado, “The Hall of Mirrors”, por muito pouco, vence a Copa Kraftwerk e leva a taça para guardar como relíquia no nobre Salão dos Espelhos, em Dusseldörf!
RADIOACTIVITY 0 X THE HALL OF MIRRORS 1


---------------



voto de desempate...

José Júnior


Começa a partida da final: Radioactivity x Hall of Mirrors.
O barulho da torcida é ensurdecedor e a alegria geral.
A sinfonia de sintetizadores de Radioactivity garante o primeiro gol no primeiro tempo.
O jogo segue tenso e, no segundo tempo, Hall of Mirrors abre empatando com um gol de bicicleta.
Essas duas canções, merecedores dessa final, mantém um jogo sem faltas, sem cartões, mas difícil de se prever qual venceria essa partida.
O jogo já está na prorrogação do segundo tempo. Hall of Mirrors parte para o ataque, mas “mesmo as maiores estrelas vivem suas vidas no espelho”. E, no último minuto do segundo tempo, foi ela quem decidiu o jogo. Com calma e maestria, Madame Curie define o placar:
RADIOACTIVITY 2 X THE HALL OF MIRRORS 1

______________




RADIOACTIVITY
CAMPEÃ

Gol de Pavard - França x Argentina - Copa do Mundo da Rússia 2018

 






Gol de Pavard- França 4 x Argentina 2 - oitavas-de-final Copa do Mundo da Rússia 2018
RESIS, Cly - ilustração digital (GIMP)



sábado, 17 de dezembro de 2022

"Intocáveis", de Éric Toledano e Olivier Nakache (2011) vs. "Inseparáveis", de Marcos Carnevale (2016)


Jogo entre uma escola emergente, cada vez mais afirmada, contra uma já consagrada. Enquanto o cinema argentino é cada vez mais reconhecido, premiado, inclusive com dois Oscar de melhor filme estrangeiro no currículo, o cinema francês, além de ter alguns dos maiores diretores da história do cinema, como Cocteau, Godard, Truffaut, Resnais, mostrou ao mundo alguns dos melhores e mais importantes filmes de todos os tempos como "Viagem à Lua", "Jules et Jim", "Hiroshima, Meu Amor", "Acossado". "Intocáveis", de 2011, chega a ser citado em listas como um desses filmes mas, particularmente, não acho que seja para tanto, embora, tenha que reconhecer que é, sim, muito bom filme.

Até por isso, não dá para o remake argentino, "Inseparáveis", de 2016, competir. É uma refilmagem competente, gostosa, bastante engraçada, mas não é o suficiente para superar o original.

Em ambos, um milionário tetraplégico procura alguém para acompanhá-lo e lhe tomar conta. Entre dezenas de candidatos qualificados, com formação, experiência, cursos de fisioterapia, etc., ele, intuitivamente, opta por um homem rústico, despreparado, pobre, que sequer era candidato à vaga. A escolha mostra-se extremamente acertada, uma vez que, pelo fato do novo contratado não tratar o deficiente como um bebê, como alguém inútil, com uma piedade excessiva e constrangedora, faz com que ambos desenvolvam uma relação de amizade forte e sincera, com muitos momentos emocionantes e divertidos. 

"Intocáveis" (2011) - trailer



"Inseparáveis" (2016) - trailer


Faz toda a diferença a favor do original o fato do protagonista, Driss, ser um imigrante na França, com dificuldades financeiras, sem emprego, com uma família cheia de problemas e lutando por um visto, enquanto na refilmagem, por mais modesto e ferrado que seja, o cuidador é um mero jardineiro. Ricardo de La Serna até é bom como Tito, dá conta do recado, é até naturalmente mais cômico que o mesmo personagem francês, mas o problema para ele, no comparativo, é que o personagem original é vivido por, ninguém menos que o ótimo e carismático Omar Sy, e aí não dá nem pra disputar.

O milionário Philippe (ou Felipe, no remake) até é equivalente nos dois filmes, com ambos os atores dando a devida dramaticamente ou discontração, nas devidas doses, nos momentos certos; já quanto à equipe, os funcionários da casa, vejo uma leve vantagem para o filme argentino, com atores mais cativantes nos papéis da governanta e da secretária, embora a filha do ricaço esteja muito melhor em atuação e seja mais relevante como personagem no primeiro filme.

De resto, são pequenos detalhes aqui outros ali, mas não  tem muito como fugir de uma vitória do time de 2011.

Um, pelo fato da história real no qual os filmes se baseiam, ter se passado originalmente na França, o que dá mais autenticidade ao filme de 2011; dois, pelo fato do acompanhante ser um imigrante senegalês, o que vai ao encontro dos fatos reais, uma vez que o cuidador que realmente atendeu Philippe era um imigrante argelino, o que é extremamente significativo para o filme e para a atual conjuntura do mundo onde vivemos. Um gol para a comicidade do remake, mais engraçado pelas palhaçadas de La Serna, mesmo meio que forçadas em alguns momentos; dois pelos atores periféricos da casa, que funcionam melhor individualmente; mas o grande jogador do time francês desequilibra e Omar Sy marca dois, um pelo carisma, pela presença de tela, e outro, é claro, pela interpretação, muito precisa e convincente.

Não há nada a fazer. Tudo o que resta para "Inseparáveis" é dançar um tango argentino.

Placar final: 4x2 para "Intocáveis". 

No alto, os dois empregados, Driss, à esquerda, e Tito, à direita, na "entrevista" de emprego.
E, abaixo, ambos divertindo o paciente-amigo, Philippe (Felipe).

Omar Sy desequilibra e a França vence o duelo.
Como diria aquele narrador, sobre os jogadores franceses descendentes de imigrantes:
"Esses negros maravilhosos!"





Cly Reis



Copa do Mundo Kraftwerk - finalistas

 


De trem, de carro ou de bicicleta, nossos finalistas tiveram um longo e árduo caminho até a decisão.
Radioactivity, por exemplo, teve que passar por dois adversários do álbumTechno Pop, e ainda pegou a fortíssimaThe Model, do The Man-Machine.
Hall Of Mirrors, por sua vez, igualmente, não teve facilidades e encarou adversários como a perigosa Airwaves, além de derrubar duas ciclistas do álbum Tour De France.
Mas vamos repassar, então, na íntegra, o caminho percorrido pelo nossos dois finalistas, e deixar um gostinho de cada uma para você analisar e concluir para que lado sua preferência está pendendo: Radioactivity ou Hall of Mirrors?



Kraftwerk - "Radioacitvity"


*******



Kraftwerk - "The Hall of Mirrors"



E aí, quem leva?

Descobriremos amanhã.

Aguarde...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Copa do Mundo Kraftwerk - classificados das semifinais


Se lá no Catar já sabemos que argentinos e franceses decidirão o Mundial de futebol, por aqui, finalmente conheceremos os finalistas da Copa do Mundo Kraftwerk!

Como cada dupla de jurados ganhou uma partida, corríamos o risco que cada um escolhesse um vencedor. Deste modo, convocamos um convidado "coringa" para cada confronto, de modo a não correr o risco de empate. Anderson Reis, estudante, de Porto Alegre, ajudando a decidir o confronto entre Radioactivity e Metal on Metal, e José Júnior, fotógrafo, de Niterói, colaborando em Tour de France e Hall of Mirros. 

Assim, nossos especialistas, juntamente com os participantes de apoio, avaliaram as semifinais e chegaram aos vencedores.

Vamos ver então, quem vai à decisão?


Confere aí, abaixo, o jogo de cada um:



**********************


TOUR DE FRANCE 

THE HALL OF MIRRORS



Luna Gentile

Um dos confrontos mais difíceis que eu peguei e dois times que não estão para brincadeira. Tour De France é incrivelmente completa e bem construída sendo da década de 80. Mas The Hall Of Mirros é de outro mundo, não da para explicar essa musica que vai se construindo com passos e um teclado tranquilo. E então o meu placar é:
Tour de France 2 x 4 The Hall Of Mirrors


****

Luciana Danielli

Hall of Mirrors ganha nesta semifinal. Essa música é viciante e profunda, um verdadeiro poema sonoro!! Salve e muita comemoração pra Hall of Mirrors!
Tour de France 0 x 2 The Hall of Mirrors

 

****

José Júnior

Semifinal tensa. Os times chegaram ao segundo tempo no zero a zero, pois a cada ataque, uma defesa perfeita. A velocidade ritmada de Tour de France ajudou a chegarem aos pênaltis, mas Hall of Mirrors refletiu os jogadores adversários, com sua melodia mais melancólica, os confundindo, e ganhou a partida nos penais. Um a zero para Hall of Mirros nos pênaltis.
Tour de France 0 (0) x 0 (1) The Hall of Mirrors


*************************


RADIOACTIVITY 

METAL ON METAL




**** 

Cly Reis

Jogo grande. Duas camisetas pesadas. Dois timaços! 
Metal on Metal tem todas aquelas variações 'táticas', a fusão com Trans-Europe Express, os elementos que entram, os trilhos, o túnel, os vagões, o ápice, quando tudo se entra e se mistura, mas Radioactivity é um time agressivo. é um pós-punk antes do punk existir, é um metal sem guitarras, sem falar naquele solo de código Morse que é pra quebrar qualquer um. Aí não tem jeito. Radioactivity detona os trilhos de Metal on Metal e vence a partida.
Radioactivity 4 x Metal on Metal 2


****

Daniel Rodrigues

Times grandes, que conduzem bem o jogo, que não têm pressa em alongar a bola. Times que sabem do seu tamanho e qualidades. “Metal on Metal”, que já abre na sequência de “Trans-Europe Express” com a locomotiva a pleno vapor, vai pro ataque no início e marca nos primeiros segundos da partida. Mas do outro lado tem “Radioactivity”, que com seu início épico, em que o sinal de radioatividade vai se transformando nos acordes musicais, mal dá tempo da comemoração e também faz o seu. Que jogo! Na sequência, “Metal”, na parte em que os trilhos vão sendo construídos, põe outro no placar, mas “Radioactivity” não se intimida, e devolve a igualdade no solo de contador Geiger. Partidaça! Os times seguem se estudando, se respeitando, mas sem deixar de oferecer perigo na meta adversária. Até que, já na prorrogação, “Metal” não resiste à imponência de “Radioactivity” e leva o terceiro, que sacramento o placar de uma legítima semi de Copa Kraftwerk:
Radioactivity 3 x 2 Metal on Metal


****

Anderson Reis

Metal on Metal começa o jogo fraca no primeiro tempo, já no segundo ela da uma animada, porém não consegue bater a Radioactivity que já é um time bom do início ao fim.
Radioactivity 2 x 1 Metal on Metal


*******************

FINALISTAS:
RADIOACTIVITY
THE HALL OF MIRRORS

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Copa do Mundo Kraftwerk - Semifinais

Restaram quatro.

Argentina, França, Marrocos e Croácia. 

Ops... Não!

Eu tô falando da nossa Copa do Mundo.

Se lá no Catar temos dois europeus, um sul-americano e um africano, no nosso certame futebolístico-musical temos duas do álbum Trans-Europe Express, uma do Tour de France Soundtracks e uma do Radio-Activity. 

Será que a França vai para afinal no Catar e Tour de France vai para a final aqui? Será que teremos uma final dos ferroviários? Ou será que os radiativos chegarão à grande decisão pra causar uma explosão atômica?

Saberemos...

Agora tudo é semifinal!


Sorteio feito, confira aí, abaixo, como ficaram os confrontos da Copa do Mundo Kraftwerk:




Gol de Richarlison - Brasil x Sérvia - primeira fase - Copa do Mundo do Catar 2022






domingo, 11 de dezembro de 2022

Copa do Mundo Kraftwerk - classificados das quartas-de-finais (semifinalistas)

Se no Catar Argentina, França, Croáccia e Marrocos foram os classificados nas quartas e garantiram vaga para as semifinais, por aqui, na Copa do Mundo Kraftwerk, conheceremos também os semifinalistas.
Nessas quartas, teve clássico dos metais (Metal on Metal contra Robots), teve clássico dos transportes (Tour de France contra Trans-Europe Express), e muita disputa também nos outros dois jogos, afinal num torneio como esse, só dá jogaço.

E aí, quem será que os nossos especialistas kraftwerkianos classificaram?

Vamos conferir como foram os confrontos na avaliação de Luna Gentile, Cly Reis, Daniel Rodrigues e Luciana Danielli:



*******************


Luna Gentile

Trans Europe Expres x Tour de France
Um jogo disputado com dois times de primeira. Trans-Europe´é muito marcante na história da banda e Tour de France é aquela música que  a gente consegue sentir como se estivesse andando de bicicleta. 
Pela sua introdução, com a respiração ofegante, e todos os seus elementos, Tour de France ganha.
TRANS-EUROPE EXPRESS 1 x TOUR DE FRANCE 2


*******************

Cly Reis

Metal on Metal x The Robots
Com certeza o confronto mais difícil que me caiu nas mãos, até agora. Duas gigantes! É tipo um Flamengo x Corinthians, um Alemanha x França, um Real Madrid x Liverpool... 
Mas Metal on Metal, se fosse um time de futebol, parece aquela equipe que tem mais variações táticas, sai do 4-4-2, passa pro 4-3-3, se precisar cai num 4-1-4-1, conforme a necessidade do jogo. Ela incorpora Trans-Europe Express, adiciona aqueles sons metálicos dos trilhos, dos vagões, transforma-se em Abzug, volta aser TEE, mistura tudo e no final, o ouvinte está em êxtase. Já The Robots, mesmo brilhante, parece aquele time que tem um estilo de jogo mais fixo, um jogo mais macanizado, todos os jogadores sabem perfeitamente o que fazer, o fazem de modo brilhante mas o adversário consegue prever os próximos movimentos e fica fácil de marcar as principais jogadas.
METAL ON METAL 3 x THE ROBOTS 1


***********************


Daniel Rodrigues

Radioactivity x Boing Boom Tschak
Jogo bom, bem jogado, com esquemas táticos diferentes e propositivos, mas... com um time realmente grande. “Radioactivity” impõe um ritmo cadenciado, bola no chão, toque de pé em pé com categoria, diante de uma “Boing...” boa de bola, atrevida, com variações de jogadas, mas que não segura a adversária, que abre o placar logo de cara. Depois, sem mudar a cadência, enfia um segundo e um terceiro, tudo no primeiro tempo. Avassaladora. “Boing...”, que tem muitas qualidades, volta pro segundo tempo atacando e marca também, mas aí a adversária, com sua imponência de faixa-título do disco que solidificou o estilo da banda, segura o placar e fecha a conta: 3 x 1 pra “Radioactivity”.
RADIOACTIVITY 3 x BOING BOOM TSCHAK 1


*************************

Luciana Danielli

Planet of Visions x The Hall of Mirrors
Novamente entre a cruz e a caldeirinha... E por conta disso escolho “Hall of Mirrors”, pois esta música pertence a um dos maiores discos de todos os tempos "Trans-Europe Express". Essa música é sombria, é de viciar, como o disco, a discografia, a banda. Kraftwerk é uma das bandas que nos revela, representa o extraordinário e famigerado século XX.
PLANET OF VISIONS 0 x THE HALL OF MIRRORS 2


***********************
CLASSIFICADOS:
METAL ON METAL
THE HALL OF MIRRORS
RADIOACTIVITY
TOUR DE FRANCE

Berinjela Beligerante

 






HORTA NA MESA


cly

sábado, 10 de dezembro de 2022

"Bailado Esportivo", de Hardy Guedes, com ilustrações de Renato Moriconi, ed. Prumo (2009)

 


"São dois bailarinos ligeiros
em passos opostos da dança.
Enquanto ensaiam os gestos,
a bola descansa.
Se um balança o corpo,
 o outro balança também.
Se um finge que vai,
o outro finge que vem.
E a bola, tão cobiçada,
aguarda, na grama,
parada
o desfecho desse vaivém."
trecho do poema "Finta (o drible)"



Assim que começou a pandemia e veio a determinação do "fique em casa", minha filha, não retornando à escola até a normalização das atividades, que só aconteceria meses depois, ficara com o último livro que pegara na biblioteca da escola. Esse livro era "Bailado Esportivo", livro de poesias sobre futebol, do niteroiense Hardy Guedes, com belíssimas ilustrações de Renato Moriconi.

 Sorte nossa! Nós dois, apaixonado por futebol, adorávamos ficar lendo esse livro! 

Hardy, também cantor e compositor, com muita sensibilidade de torcedor, de amante do futebol, provavelmente de praticante de peladas desde a infância, capta e transmite com simplicidade, singeleza, o encanto do futebol em todos seus âmbitos: dentro do campo, em cada posição, na torcida, na imprensa, no futebol profissional, no amador, num estádio repleto em plena Copa do Mundo ou num campinho de terra. Em seus versos exalta o êxtase da vitória, lamenta o dissabor da derrota, ou, meramente, ressalta o prazer de torcer pelo seu time, independente do resultado que ele possa lhe proporcionar ("Torcer pelo meu time / não tem explicação. / Nem sempre é o melhor / nem sempre é o campeão. / Mas torço porque torço... / É coisa do coração...).

Leitura muito gostosa. Líamos, minha filha e eu, com frequência antes da hora de dormir. Pena que tivemos que devolver quando voltaram as aulas. 

E o pior é que depois não encontrei mais nas livrarias...

Uma das belas ilustrações do artista Renato Moriconi.



Cly Reis 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Gol de Kempes - Argentina x Holanda - Final da Copa do Mundo de 1978





Gol de Kempes - Argentina 3 x Holanda 1 - Final da Copa do Mundo da Argentina 1978
REIS, Cly - ilustração digital (GIMP)



Gol de Kempes
Argentina 3 x Holanda 1
Final da copa do Mundo da Argentina 1978
Cly Reis

Copa do Mundo Kraftwerk - Quartas-de-finais

Uno, due, tre, quattro

8 times

4 jogos

2 semifinais

1 só campeão.

Numbers, numbers, numbers...

Pois é, agora são apenas quatro jogos e tudo começa a se definir.

Alguns gigantes caíram pelo caminho e restaram apenas essas oito forte concorrentes.

Em álbuns, supremacia para o Trans-Europe Express, que coloca 3 participantes nessa fase, enquanto que todos os outros participantes, colocam penas um, sendo que dois grandes discos, Autobahn e Computer World, sequer classificaram representantes para essa reta final.

Será indício de que algum viajante do expresso trans-europeu levará o título, ou maioria não significa nada nesse momento da competição?

Saberemos nos próximos dias.

Enquanto isso, conheça os confrontos das quartas-de-final.





quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

"O Último dos Dez" ou "E Não Sobrou Nenhum", de Peter Collinson (1974) vs. "O Caso dos Dez Negrinhos", de Satanislav Govorukhin (1987)

 


Muita gente defende que o jogo de futebol fica melhor e deveria ser jogado com dez jogadores de cada lado. Pois, aqui, no nosso jogo, os dois times já começam com dez. No romance "O Caso dos Dez Negrinhos", da mestra do mistério, Agatha Christie, nos apresenta uma trama em que oito desconhecidos são convidados, por um misterioso anfitrião, para um jantar num local isolado e de difícil acesso, no qual, por meio de uma gravação, são revelados crimes que cada um dos convidados e seus dois mordomos teriam cometido. A partir daí, um a um, eles vão sendo assassinados de maneira muito semelhante à subtração de um conhecido versinho infantil sobre dez negrinhos e para cada um que morre, uma estatueta de um conjunto de dez que enfeita a mesa de jantar, é removida. Haverá um décimo primeiro "jogador" ou um dos próprios convidados é o matador?

Nossos dois adversários contam a mesma história, mas com propostas de jogo um pouco diferentes: "O Último dos Dez", também conhecido como "e Não Sobrou Nenhum", de 1974, de Peter Collinson, ousa e faz algumas alterações na história original: ao invés de situar a trama em uma ilha, como no romance original, transfere a ação para o deserto do Irã, em um luxuoso hotel no meio do nada, ao qual os convidados chegam, deixados de helicóptero. Em nome desse atrevimento, ele é obrigado a fazer outras modificações e a maior parte das mortes acaba sendo diferente das idealizadas pela escritora, sendo adaptadas para situações determinadas pela localização, ambiente, hábitos culturais, comprometendo bastante a ligação dos assassinatos com o poema infantil que os ordena e determina.

As ousadias até funcionam, como adaptação cinematográfica, se formos analisar isoladamente, enquanto proposta, filme de mistério e tal, tá ok: deserto, serpentes, hábitos locais de execução, ruínas, etc. Mas, o problema é que, além de mexer numa obra impecável da maior escritora do gênero, no comparativo com o adversário desse jogão do Clássico é Clássico, a opção pelas alterações acaba pesando.

"O Caso dos Dez Negrinhos", de Stanislav Govorukhin, de 1987, é muitíssimo mais fiel ao original de Agatha Christie. A ação se passa numa casa, em uma ilha, no topo de um rochedo, cujo acesso se dá apenas por barco e apenas quando a maré permite; a produção, embora russa, tem todo o aspecto dos filmes noir norte-americanos, com chapéus, sobretudos, véus, persianas, sem perder, contudo, sua identidade; os crimes seguem à risca os versos do poema dos negrinhos que, por sinal, está exposto, emoldurado, em cada um dos quartos dos convidados, recebendo sua devida importância dentro da trama como acontece no livro; e a atmosfera, a casa, a ilha, o mar, os rochedos, tudo é muito mais angustiante e claustrofóbico do que no filme inglês.


"O Último dos Dez" (1974) - trailer original



"O Caso dos Dez Negrinhos" (1987) - trailer original



*não conseguimos os trailers dublados ou legendados de nenhum dos dois, no entanto a amostragem
destes originais serve para dar uma boa noção de escolhas e elementos visuais que mencionamos na análise das obras.

Enquanto a versão inglesa tem um aspecto árido, quase luminoso, uma decoração rica em ouro e pesada em tapetes persas, a produção russa é cinzenta, sombria, rústica, amadeirada, trabalha em planos fechados, sombras, reflexos, janelas, enquanto o filme de 1974 opta por planos mais abertos, travelings longos, e tomadas, na maioria das vezes, pegando todos os personagens no mesmo plano. 

O filme de Govorukhin traz uma atmosfera mais misteriosa, furtiva, obscura, os convidados se esgueiram, são evasivos e parecem mais suspeitos por mais tempo, até que fique claro, por fim, que são tão vítimas e vulneráveis quanto qualquer outro ali.

O filme de 1974 até tem um elenco mais estelar, com Gert Fröbe, o Goldfinger de 007, Herbert Lohm, o comissário Dreyfuss da Pantera Cor-de-Rosa, Oliver Reed, de "Golpe de Mestre", "O Gladiador", o versátil Richard Attenborough, diretor do clássico "Gandhi, uma ponta do cantor francês Charles Aznavour, o primeiro a morrer, e a voz de Orson Welles, revelando os crimes de cada um dos convidados, mas no fim das contas, com exceção de Attenborough, que faz um bom juiz Cannon e Reed, como Detetive Lombard, tantos medalhões acabam não fazendo tanta diferença assim. O filme russo, ainda que não tenha nomes tão conhecidos no ocidente, traz o aclamado Vladimir Zeldin, a bela Tatyana Drubich, e Alexander Kaydanovski, o "Stalker" do filme de Tarkowski, no papel do investigador Lombard. Os demais, embora nada badalados, têm um um ótimo trabalho coletivo e garantem o bom desenvolvimento e a coesão do filme.

Dentro de campo, onze contra onze..., ou melhor, dez contra dez, o filme de 1987 leva vantagem. A fidelidade à novela original faz diferença e garante um gol para o time de Govorukhin, o clima noir, o visual soturno, o jogo de sombras, reflexos, espelhos, vidros, aumenta a vantagem.

No entanto, a audácia da proposta, da mudança da ambientação, ainda que não totalmente bem-sucedida, merece reconhecimento e a recompensa com um gol. Mas a alegria do time de 1974 não dura muito e a constante referência e a vinculação dos crimes aos versos nas paredes dos quartos, dá mais um gol para o time russo.

No tocante à escalação, Peter Collinson dá a camisa 10 para Oliver Reed, que até dá boa contribuição mas não consegue desequilibrar, até porque, do outro lado, o 10 é o 'Stalker' Alexander Kaydanovski que articula muito bem o jogo o tempo inteiro; Tatyana Drubich, no time de 1987, se sai muito melhor do que Elke Sommer como a secretária contratada pelo incógnito anfitrião, encarnando melhor o espírito da personagem, Vera Clyde, na versão inglesa e Vera Claythorne, na russa; e, de um modo geral, mesmo com mais jogadores destacados, rodados, com passagens por times grandes, o time inglês não consegue impor seu jogo, com exceção de Richard Attenborough, como juiz Cannon, que tem um desempenho excelente, sobretudo na sequência final, que é muito boa também no outro filme, com um flashback crucial e aquela recapitulação característica de Agatha Christie, mas que não supera a performance de Attenborough e a surpresa do filme inglês. No entanto, a cena em questão é resultante de uma mudança decisiva no final do romance original e isso é imperdoável!

(Para quem não leu o livro ou não viu nenhuma das adaptações, aqui vão spoilers - desculpem, mas absolutamente necessários).

Em nome de um final feliz, de ficar bem com o público, de não matar o 'mocinho' e a 'mocinha' do filme, Peter Collinson faz com que Lombard (Reed) depois de uma farsa com Vera Clyde, reapareça vivo, ao final, no salão, em frente ao juiz Cannon que, supondo êxito em seu plano, já dera um gole numa taça de veneno a fim de concluir seu plano, incriminando a garota pelos nove crimes, deixando-a sem opção, induzindo-a a fazer uso da forca já pendurada previamente pelo juiz na sala. Já sob efeito da substância, o velho morre (maravilhosamente bem) e o casal é resgatado do local pelo mesmo helicóptero que os deixara lá.

No outro, não! Depois de atirar, DE VERDADE, em Lombard, desconfiada e com medo dele, Vera volta para casa e encontra em seu quarto apenas a forca dependurada à sua espera. Com a culpa pelo crime que lhe é imputado na gravação e percebendo-se sem saída diante de nove cadáveres que, naturalmente, seriam atribuídos a ela, a garota sobe numa cadeira e coloca seu lindo pescocinho na corda e dá fim à sua vida, para regozijo do juiz que se fingira de morto a fim de fazer a justiça que os tribunais não fizeram. Realizado, ele, mais criminoso que todos ali, mete uma bala na própria cabeça, concretizando seu último ato de justiça, em uma cena, igualmente, de se aplaudir de pé. Pela fidelidade ao original no ápice do filme, na resolução do caso, vai mais um gol para o time russo.

O time britânico ainda marca um nos acréscimos pois, depois da morte do juiz e da retirada dos dois sobreviventes, de helicóptero, a gravação, com a narração de Orson Welles volta a ser rodada enquanto passam os créditos finais. Mas não há tempo para mais nada e o jogo termina assim. 



Podia ter proposto, aqui o enfrentamento de um dos dois, "O último dos Dez" ou "O Caso dos Dez Negrinhos" contra a primeira adaptação para cinema, de 1939, de René Clair, "E Não Sobrou Nenhum", mas preferi tirar um pouco o foco das produções norte-americanas e, embora a Rússia não esteja na Copa do Catar, e venha criando problemas para o mundo inteiro com essa treta com a Ucrânia, achei que seria um confronto internacional mais interessante e original esse embate de russos contra britânicos.
Mas, olha, hein... o time de René Clair também teria sérias dificuldades contra esse ótimo time de Govorukhin.
No alto, à esquerda, o hotel que receberá os convidados, no meio do deserto iraniano, 
e, à direita, a mansão de aspecto sinistro no alto de um rochedo cercado pela água;
na segunda linha, as estatuetas dos dois filmes, que vão sendo subtraídas
conforme uma pessoa morre;
na sequência, os jantares das duas versões, ainda com todos os acusados vivos
na quarta linha, o plano aberto, alto, do filme inglês,
e uma visão mais próxima, mais cúmplice, do filme russo.
Na penúltima linha, o visual típico dos anos 70, com golas rolês, golas cubanas, branco, tweed, do primeiro filme, e o aspecto muito Hollywood anos 40, da outra versão;
e, por fim, na última, as duas Veras (Clyde, no filme de 1974 (esq.), e Claythorne (dir.), no de 1987)
no momento decisivo da trama.





Cly Reis




Berinjela Beligerante

 






cly

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Copa do Mundo Kraftwerk - classificados das oitavas-de-final


Afunilou! 

Só ficaram oito.

Nas oitavas, em alguns casos deu a lógica, em alguns tivemos surpresas, mas o inevitável é que alguns grandes times comecem a ficar pelo caminhoagora. The Model dançou, Autobahn caiu fora e, talvez a maior zebra da rodada, The Man-Machine deu adeus à competição.

 Mas, também, com tão poucos concorrentes na briga, nessa reta final, não tem como alguns bons não se despedirem.


Confira aí o comentário dos confrontos, dos nossos julgadores e, consequentemente, os classificados para as quartas-de-finais:


*****************


resultados de Luciana Danielli


Radioactivity 3 X 1 The Model 

Estou me sentindo entre a cruz e a caldeirinha fazer a escolha da melhor música para dois duelos de uma das bandas mais importantes ao meu ver, quando se trata de música eletrônica, que surge a partir do pós-Guerra, com as mudanças para a chegada do contemporâneo.

Realmente deveria nascer das profundezas de um país que abalou as estruturas do século XX. Alemanha, como tu és importante!

Escolher as melhores músicas do Kraftwerk é uma tarefa difícil, pois a qualidade sonora, além de estar na vanguarda pra influenciar uma década (I love 80's), bem como estamos com eles no século XXI nós fazendo afirmar que sintetizadores, samplers e agora digitalizados, sem Kraftwerk não sei como seria.

Bom, sem mais delongas, vamos ao primeiro jogo:

Fico com “Radioactivity”. Que música potente, feita nos anos 70's e nós, anos 80's, mundo tivemos que encarar a tragédia de Chernobyl...

Quase profético.


 Boing Boom Tschack 2 X The Man Machine 1

Este foi a mais difícil pra mim. As duas músicas são obras-primas, mas a escolhida foi “Boing Boom Tschack”, que pertence a uma das melhores discos da discografia do Kraftwerk. A sonoridade dessa música e a possibilidade de pensar que ela está mixando o disco é muito bom. Sem contar que é a cereja do bolo nos shows da banda, pois é a música para a despedida. Eu só sei que Kraftwerk é bom demais!


********************

resultados de Luna Gentile


Elektro Kardiogramm 1 x 2 Trans-Europe Express

Elektro Kardiogramm já faz um gol logo de início com aqulea batida do coração e voz ecoada, e sai ganhando, mas Trans-Europe não se intimida e com uma batida precisa e os elementos certos entrando ao longo da música, ou melhor, do jogo, consegue virar. TEE ganha de 2x1, uma vitória difícil, mas merecida.


The Hall Of Mirros 2 x 1 Airwaves

Airwaves começa tranquila com sua melodia suave, mas The Hall Of Mirros chega com seus passos e abre o placar: 1x0. The Hall Of Mirros, com seriedade e com aquela espécie de 'solo' incrível, marca o segundo gol. E lá no final do segundo tempo, Airwaves até faz um gol porque, no fim das contas, não jogou mal.

Assim, o placar final ficou The Hall Of Mirros 2 x 1 Airwaves.


*********

resultados de Cly Reis


 Autobahn 0 X 2 The Robots

Autobahn aposta na posse de bola. É um jogo lento arrastado e demora pra engrenar. Enquanto isso The Robots entra com um futebol elétrico, meio mecânico, é verdade, muito padrão e automatizado, mas eficiente. Bem típico do futebol alemão. Vitória dos robôs. 2x0, no placar final.


Techno Pop 0 X 4 Metal On Metal

Techno pop, na verdade é tipo aquele time menor na sua cidade. Tem dois grandões, campeões nacionais, continentais e tal e ele, até tem alguns estaduais e tal, mas nem se compara. Techno Pop faz parte do brilhante lado A do disco Electric Café (ou Techno Pop), mas é a parte menos brilhante da tríade completada por Boing Boom Tschack e Music Non Stop. 

Até por isso não resiste a Metal on Metal que, também faz parte de uma combinação de faixas, mas que, por sua vez, é tão boa quanto seu complemento, Trans-Europe Express. Vitória fácil de Metal on Metal: 4 x0.


***********************

resultados de Daniel Rodrigues


Planet of Visions 2 (5) X 2 (3) Ruckzuck

Parecia uma partida qualquer de dois times que nunca são dados como favoritos entre o repertório da própria Kraftwerk. Mas sabe aquele jogo que o caldo engrossa porque os adversários se equiparam? O time mais antigo, de 1971, contra o mais recente, 2005, escolas totalmente diferentes, uma ainda com elementos acústicos; a outra, já totalmente computadorizada. E que jogão tivemos, meine jungs? “Ruckzuck” propondo jogo com seu estilo marcante, “Planet” também, este resumo das épocas e características da banda. Por este fator sintético “Planet...” se dá melhor, mas ali ali: 2 x 2 no tempo normal e vitória apertada nos pênaltis por 5 x 3.


Tour De France 1 X 0 Tour De France Étape 2

Clássico francês nos gramados da Copa Kraftwerk! Duas músicas do mesmo disco e com o mesmo nome! Em campo, o que se via era um jogo tático espelhado: 4-4-2 para os dois lados. Muita igualdade na parada. O que resolve quando o “match” está assim? A qualidade técnica e a experiência. Com o desenrolar da partida, nota-se que, mesmo com nome igual, “Étape 2” é, sim, mais inexperiente, mais afoita. Quer sair pedalando na frente sem ter preparado a jogada lá atrás. E disso “Tour De France”, a original, tem de sobra, lá dos idos de 1983, quando entrou em campo pela primeira vez. O resultado é um placar magro, 1 x 0, mas ganho sem grandes sustos para aquela que inventou toda a sonoridade do disco “Soundtracks” com décadas de antecedência e quando a tecnologia nem era tão boa assim. Tem que respeitar.


************

CLASSIFICADOS:

Metal on Metal

Trans-Europe Express

Radioactivity

Boing Boom Tschak

The Robots

The Hall of Mirrors

Tour de France

Planet of Visions



Assim que sortearmos as quartas-de-final, você irá conhecer os confrontos aqui no ClyBlog ClyBola, especial de Copa do Mundo.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

cotidianas #782 - "A Pelada"




ilustração de Renato Moriconi
para o livro "O Bailado Esportivo"

Qualquer campinho de terra
barro, cimento ou areia,
pra quem tem sede de bola,
é gramado de primeira!

É onde a bola rola,
pula, quica, serpenteia...
é onde a todos encanta,
é onde dança ligeira.

é onde cresce o sonho
que embala todo menino
ser titular do seu time,
ser um craque-bailarino...

E - quem sabe? - m belo dia
viver seu momento de glória:
num dia de estádio cheio,
fazer o gol da vitória!

********************
"A Pelada"
Hardy Guedes



Gol de Ronaldo - Brasil x Alemanha - Final da Copa do Mundo 2002

 




Gol de Ronaldo - Brasil 2 x Alemanha 0 - final da Copa do Mundo de 2002
REIS, Cly (ilustração digital - GIMP)



sábado, 3 de dezembro de 2022

Copa do Mundo Kraftwerk - Oitavas-de-finais

Eu tava vendo a hora que isso ia acontecer...

Kommetenmelodie 1 contra Kommetenmelodie 2, Computer World contra Computer World 2, Trans-Europe Express contra Metal On Metal...? Nenhuma delas! Deu Tour de France contra Tour de France Étape 2. 

É! As oitavas já começam com o clássico da Merselhesa. Mas não é o único jogaço que o sorteio reservou para essa fase: tem Radioacitvity contra Model, Robots contra Autobahn e outros confrontos quentes.

Então confere, aí abaixo, como ficaram as oitavas-de-final da Copa do Mundo Kraftwerk: