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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Festival de Cannes 2011 - Vencedores



Depois de muita exibição de glamour, estreias, flashes e polêmicas chega ao fim a edição 2011 de um dos mais importantes festivais de cinema do mundo, o Festival Internacional de cinema de Cannes.
O júri, presidido por Robert De Niro, depois de decretar a indesejabilidade da presença do suposto nazista Lars Von Trier, acabou premiando com o prêmio principal, a cobiçada Palma de Ouro, a produção norte-americana "A Árvore da Vida" de Terrence Melick ("Além da Linha Vermelha"); já o prêmio do Júri foi para o francês "Polisse" de Maiween Le Besc e a direção para Nicolas Winding Refn, pela produção americana "Drive". A Palma de ator foi para Jean Dujardin e a de atriz para Kirsten Dunst pelo polêmico "Melancolia", que aliás deveu grande parte do alvoroço ao seu redor às declarações infelizes de seu diretor, mais do que o brilho do próprio filme, pelo visto. Veja abaixo todos os vencedores da premiação francesa:

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  • Palma de Ouro: "A árvore da vida", de Terrence Malick (EUA)
  • Atriz: Kirsten Dunst, por "Melancolia
  • (Dinamarca/Suécia/França/Alemanha)
  • Ator: Jean Dujardin, por "The artist" (França)
  • Diretor: Nicolas Winding Refn, por "Drive" (EUA)
  • Roteiro: "Footnote", de Joseph Cedar (Israel)
  • Grande prêmio: empate entre "O garoto de bicicleta" (Bélgica/França), de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne, e "Once upon a time in anatolia" (Turquia), de Nuri Bilge Ceylan
  • Curta-metragem: "Cross country" (Inglaterra), de Marina Vroda
  • Prêmio Câmera de Ouro (para diretor estreante): "Las acacias" (Argentina/Espanha), de Pablo Giorgelli
  • Prêmio de Júri: "Polisse", de Maiwenn Le Besc (França)


C.R.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

"Círculo do Medo" (1962) de J.Lee Thompson e "Cabo do Medo" (1991) de Martin Scorcese




Tava passando no TCM, era a sessão dos 50 filmes pra assistir antes de morrer e eu não tinha visto ainda. Então, eu não podia correr o risco de morrer (toc, toc, toc) sem ver "Círculo do Medo", de J.Lee Thompson que renderia posteriormente uma refilmagem de Martin Scorcese entitulada aqui no Brasil "Cabo do Medo" (que aliás é o nome original da versão antiga também.
Minha curiosidade residia muito em ver como a versão original caracterizava o terrível Max Cady, vivido por Robert de Niro no remake, e como se configurava a relação do criminoso com o advogado que o metera na cadeia. Cady no original é vivido por Robert Mitchum que, a propósito de atuações perversas e assustadoras, já havia protagonizado o ótimo "Mensageiro do Diabo" de forma maligna, e aqui para minha surpresa não fica devendo nada à interpretação de De Niro. Mictchum consegue ser tão sinistro quanto, tão sarcástico quanto, tão sádico quanto e só não mais violento porque o cinema da época não permitiria. Mas mesmo assim o filme é curiosamente muito ousado neste apecto para sua época (e não à toa, tendo problemas com censura), sendo até mesmo extremamente insinuante em determinados momentos como no evidente desejo do maluco pela filha semi-adolescente do advogado ou no suposto estupro da esposa do mesmo.
Um outro elemento que tinha curiosidade de saber como era colocada na versão antiga era se estava presente o elemento anti-ético apresentado na refilmagem que levara Max Cady à cadeia. E realmente não, não havia este elemento e este provavelmente foi o grande ganho de Scorcese em relação à versão antiga. Com a introdução de questões morais e éticas, transgredidas por todos os envolvidos em determinado momento do filme, Scorcese conseguiu fazer com que ninguém ficasse como anjinho na história e em determinado momento a família ameaçada fica minada por estas questões dentro do próprio lar.
Os dois Max Cady, ambos de dar medo,
cada um à sua maneira
Lógico, é certo que o Max é um psicopata, um criminoso, mas o diretor faz com que não deixemos limpo em nosso julgamento, um advogado, que jurou defender a lei e a verdade, e que omitiu provas para pôr atrás das grades seu próprio cliente. Não acabamos torcendo pelo vilão, mas acabamos sim com um certo asco e desprezo pelo novo Sam Bowden, interpretado por Nick Nolte, ao passo que o antigo, Gregory Peck, o máximo que faz de ilegal foi chamar uma gangue pra dar um corretivo no delinqüente.
Salvo isto, "Círculo do Medo (1962)" é excelente até em termos de direção com algumas cenas quase que rigorosamente copiadas por Scorcese tamanha a qualidade da filmagem original de J.Lee Thompson.
Suspense de primeira, com certeza muito inspirado em Hitchcock, o que fica mais evidenciado ainda pela trilha sempre arrepiante do colaborador de Hitch, Bernard Herrmann.
Vale a pena ver os dois!


Cly Reis