Curta no Facebook

Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta ccbb. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta ccbb. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Exposição "O Triunfo da Cor - O pós-impressionismo" - Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) - Rio de Janeiro/RJ









"A cor expressa,
por si só,
alguma coisa."
Vincent Van Gogh

Uma avalanche de cores perde a força.
A cor só atinge sua expressão plena quando é organizada,
quando corresponde à intensidade da emoção do artista."
Henry Matisse






Fiquei bastante impressionado positivamente com a exposição "O Triunfo da Cor - O pós-impressionismo", em cartaz no CCBB, aqui no Rio. Embora ciente do período que a mostra pretende destacar fui interessado porém mal munido de informações sobre o que ela trazia e que se deu minha "surpresa" quando me deparei com um grande e relevante acervo exposto e com nomes altamente significativos daquele período e momento de mudança de conceitos que a pintura passava no final do século XIX adentrando o início do século XX.
O pós-impressionismo, termo cunhado pelo crítico Roger Fry em 1912 para designar a geração de artistas que sucedeu o impressionismo e que propunha uma nova abordagem do uso da cor como elemento compositivo abrindo diversas possibilidades diante deste conceito, apresenta, até por isso, uma interessante gama de alternativas e formatos dentro de uma mesma linguagem, conseguindo, por sua amplitude de conceito abraçar em sua teia nomes de estilos diferentes como Van Gogh, Monet, Matisse, Cézanne, Gauguin e Tolouse-Lautrec, por exemplo.
Por conta destas variações, a mostra é dividida em quatro módulos, "A Cor Científica", No Núcleo Misteriosos do Pensamento. Gauguin e a Escola de Pont-Aven", "Os Nabis, Profetas de Uma Nova Arte" e "A Cor em Liberdade", cada um com ênfases diferentes mas com total unidade e coerência dentro da proposta estética promovida pelos pós-impressionistas.
Visita altamente recomendável. Se tiver a oportunidade de ir, não perca. São obras realmente impressionantes de artistas do mais elevado nível, ali à sua frente , à sua disposição para serem apreciadas. E, a propósito, outra coisa que me surpreendeu foi a facilidade para visitar a exposição. Achei que tivesse que encarar filas enormes, salas abarrotadas, transtornos, mas para minha boa surpresa a procura estava bastante moderada. Nada comparado a algumas que já fui e outras que tentei ver uma exposição e nem consegui com que filas dobravam esquina e faziam volta no quarteirão do CCBB. Mais uma vantagem para quem tiver interesse no evento. Ou seja, não tem desculpa. Tem que ir.

***
exposição "O Triunfo da Cor. O pós-impressionismo:
obras-primas do Musée d’Orsay e do Musée de l’Orangerie"
local: CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil)
endereço: Rua Primeiro de Março, nº66- Centro
período: até 17 de outubro de 2016
visitação: de quarta-feira a segunda-feira, de 9h às 21h

Um belíssimo Van Gogh nos recebe já na entrada.
"Fritilárias coroa-imperial em vaso de cobre"

"A ceifa de feno na Bretanha", de Paul Gaughin,
a cor como reflexo de um mundo poético

"modelo de pé e de frente", obra que caracteriza bem
o pontilhismo de Georges Seurat

"Mulheres no poço ou jovens provençais", obra de Paul Signac.
A luz na própria cor.

Detalhe do retrato de Henry Edmond Cross pintado por Maximilien Luce
Incontáveis pontos coloridos mínimos compõe a tela.

Tolouse-Lautrec e sua "Ruiva"

" A italiana" do holandês VincentVan Gogh

E outro de Van Gogh, "As caravanas, acampamento de boêmios nos arredores de Arles"

Conjunto de Maurice Denis

"O sono" de Édouard Vuillard, de 1892.
O "preenchimento" perfazendo o contorno.


"Bruxa com gato preto" de Paul Ranson

Em detalhe o belíssimo "Perfil de mulher" de Aristide Maillol

O espiritualismo presente na obra dos nabis 

"As mulheres do Taiti" retratadas por Gaughin

A"A ponte de Chering Cross" de André Derain no módulo "A Cor em Liberdade"

Lebertação total das cores em "Salgueiro-chorão" de Claude Monet

Paul Cézanne, "No parque de Château Noir"

Natureza morta característica de Cézanne

Óleo sobre cartão de Józseph Rippl-Rónai, "Soldados franceses em marcha" (1914)

Um lindo Matisse, no final da exposição,
"Odalisca com calça vermelha" (óleo sobre tela)

No saguão do CCBB, crianças brincam sobre o Círculo Cromático

E este blogueiro visitando e registrando "O Triunfo da Cor"




Cly Reis

quarta-feira, 11 de março de 2020

Exposição “Björk Digital” - Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) - Rio de Janeiro /RJ



Começa hoje no   uma das exposições que eu mais aguardava nos últimos tempos. Soube que ela andava por aqui, por ali, passava por outros estados e tinha a expectativa se passaria aqui pelo Rio de Janeiro. Trata-se de Björk Digital”, exposição que explora o universo visual tão rico e criativo que vemos nos videoclipes, figurinos, artes de álbuns da artista islandesa, através de instalações, elementos interativos e vídeos. A viagem ao mundo de Björk é dividida em três partes: uma primeira com instalações audiovisuais baseadas em canções do álbum “Vulnicura”, apresentadas em realidade virtual óculos de realidade virtual, somando-se a interações com um avatar digital da cantora; uma segunda apresentando através de tablets, conteúdo criado durante a concepção do álbum “Biophilia”), explorando a relação entre tecnologia e natureza; e a última trazendo uma seleção de clipes produzidos ao longo da carreira da islandesa, como "Human Behaviour", "All is full of love" e “Blissing Me”, concebidos e dirigidos em parceria por diretores e artistas visuais do mundo como Michel Gondry, Inez + Vinoodh e  .
Como fã desta pequena grande islandesa que transborda arte e inquietude criativa, não poderei perder essa esposição. Nos próximos dias estarei lá e voltarei aqui para contar como foi. recomendo que você vá também.
Tá a fim?
Se liga no serviço da exposição:


*************

exposição Björk Digital”
local: Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB
endereço: Rua Primeiro de Março, 66 - Centro - Rio de Janeiro /RJ
horário: de quarta a segunda, das 9h às 21 horas
período: de hoje, 11/03/2020 até 18/05/2020
ingresso: gratuito pelo link http://bit.ly/BjorkCCBBRJ ou na bilheteria do CCBB)

terça-feira, 19 de novembro de 2013

"Yayoi Kusama: Obsessão Infinita"- CCBB - Rio de Janeiro (16/11/2013)





O saguão do CCBB, já nos recepciona com bolas e pontos,
elementos fundamentais na obra de Kusama
Fui parar, meio que sem querer, numa exposição muito legal no centro do Rio de Janeiro, na tarde do último sábado. Trata-se da mostra da artista plástica japonesa Yayoi Kusama, "Obsessão Infinita", que está aberta no Centro Cultural Banco do Brasil, até 20 de janeiro.
A obra, dividida entre fotos, pinturas, vídeos e instalações, realizadas desde 1949 até hoje, muito concentrada em pontos, círculos, elementos fálicos, reflexos e repetições, traduzem o estado psicológico perturbado e alterado da artista, que sofre de esquizofrenia e transtorno obsessivo compulsivo, compondo imagens e espaços intrigantes, alucinantes e quase surrealistas.
O resultado, se pode parecer um tanto monótono para um observador mais apressado, acaba por se mostrar extremamente perturbador e instigante num olhar mais aprofundado, principalmente se observarmos o crescimento técnico e conceitual da artista ao longo dos anos.
Exposição muito bacana, muito interativa, repleta de descobertas e surpresas. Para mim, especialmente, foi uma agradável surpresa ter ido parar lá, no CCBB, naquela tarde de sábado.


veja, abaixo, algumas imagens da exposição:



Registros biográficos da artista

Instalação que é uma espécie de bote/sofá/cama
feita de elementos fálicos

E aqui, a artista, na sua instalação.

Este blogueiro que vos escreve no infinito "Campo dos Falos"
de Yayoi Kusama...

...e a própria, posando em sua obra

Dos trabalhos mais recentes, uma sala mobiliada,
 iluminada com luz-negra e pontuada por projeções de bolinhas multicores.
O efeito é incrível!

Espelhos Infinitos.
Instalação "Cheia de Brilho da Vida".
Fantástica!

E a última parada, a "Sala da Obliteração", totalmente interativa,
na qual os visitantes recebem uma cartela com bolinhas adesivas coloridas
para ajudar a compor livremente mais uma obra da artista

E eu, colaborando com a obsesssão de Yayoi Kusama.


**********************************************

SERVIÇO:
"Yayoi Kusama: Obsessão Infinita"
até 20 de janeiro de 2014
local: CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Primeiro de Março, 66 - Centro - Rio de Janeiro/RJ
Entrada gratuita



por Cly Reis

domingo, 4 de dezembro de 2016

Exposição "Mondrian e o Movimento De Stijl" - CCBB - Rio de Janeiro/RJ










A De Stijl é dos movimentos artísticos de que mais gosto. Sua aparente simplicidade e limitação pode esconder pra os mais apressados uma riqueza técnica, espacial e conceitual que vieram a ser da maior importância para a linguagem da arte contemporânea.  Minha simpatia e admiração pela De Stijl deve-se em grande parte ao fato de, entre os movimentos artísticos, ser o que mais se aproxima e aplica seus conceitos objetivamente à arquitetura, minha atividade profissional. Os planos, a profundidade, o cheio, o vazio, a cor, a ausência dela, toda a experimentação proposta nele para mim é fascinante. Assim, fiquei muito entusiasmado em ter aqui no Rio de Janeiro a exposição "Mondrian e o Movimento De Stijl" em cartaz no CCBB e a expectativa foi plenamente atendida. Muito bem organizada, distribuída e com um catálogo bastante amplo e completo, a mostra apresenta o movimento em todas as suas plataformas, artes plásticas, arquitetura, escultura, design, gráfico e editorial, trazendo os trabalhos realmente significativos do período e de seus principais nomes, em especial Piet Mondrian.
Fiquei verdadeiramente encantado em poder apreciar de perto sua transição do figurativo para o abstrato, sua geometrização, sua série de "Composições", os famosos quadros de linhas pretas e quadrados e retângulos em cores neutras e primárias, e sua técnica praticamente invisível nestas obras em detalhes mínimos entre uma linha e outra, na intensidade das cores e variações cromáticas mínimas, apenas confirmando que se trata de um dos maiores artistas da história da humanidade.
Tinha duas curiosidades em especial em relação a esta exposição: de que forma apresentariam a casa de Van Doesburg, obrigatória em se falando em De Stijl, que para minha agradável surpresa não somente foi destacada como teve exibidos seus projetos originais e suas maquetes; e se viria a cadeira original de Gerrit Rietveld, e para minha satisfação lá estava a icônica peça na qual pude repousar no final do circuito (em uma réplica mais confortável, é verdade, mas ainda assim uma Rietveld).
Quadros de outros pintores contemporâneos, esculturas, tipografias, publicações, mobiliários, fotografias, peças de design. Até já havia visto algumas obras de Mondrian em Paris mas desta vez tive a oportunidae de ver grande parte de seu catalogo e de seus contemporâneos em uma ótima exposição que, para minha condição de arquiteto e apreciador de arte, foi à altura do que a De Stijl representa no cenário artístico.
***************************

"Exposição Mondrian e o Movimento De Stijl"
local: Centro Cultural Bancodo Brasil (CCBB)
endereço: Rua Primeiro de Março, 66 - Centro - RJ
período: até 09 de janeiro

horário: todos os dias, exceto terças-feiras, das 09h às 20h





Mondrian ainda na fase figurativa (1902).

Autorretrato do artista.


Sua pintura "perdendo" a forma.

Aproximação com os pós-expressionistas.

Em 1917, Modrian no início de seu geometrismo.

Na sua composição com oval e planos de cores
o abstracionismo prevalece definitivamente.

A árvore desconstruída na pintura de Mondrian.

Em "Retrato de uma senhora", o cubismo presente.

Ainda com figurativo mas já a caminho de uma nova linguagem.
("Campanário em Zeeland")

Paisagem na visão e conceito de Piet Mondrian.

As icônicas "composições" de Mondrian.
Aqui a "Composição com grande plano vermelho e amarelo"

"Composição com vermelho, azul, preto, amarelo e cinza"

Por trás de uma aparente simplicidade há
pequenos detalhes que revelam inúmeras possibilidades visuais.
("Composição de linhas e cor III")

Variações e reinterpretações formladas por seus seguidores.
Esta a "Composição Neoplástica" de Jean Albert Gorin, de 1931

Novos estudos e variações acerca do trabalhoda De Stijl.
"Relevo nº290" de Alberto Domela (1986)

A composição de Vilmos Huszár de 1923.

Um dos símbolos do movimento De Stijl, a casa de Theo Van Doesburg.
Seus estudos isométricos e cromáticos e sua maquete.

Perspectiva interna de outro dos marcos do movimento,
a Casa Rietveld/Shröder

Theo Van Doesburg e Cornelis Van Eesteren
e o saguão da Uiversidade de Amsterdã.

Estudo de cores em edificação de Piet Zweit

Estudo de mobiliário e espaço interno de Piet Zweit

Estudo para dormitório inspirado n"O Quarto" de Van Gogh.
(Vilmos Huszár e Piet Klarhamer, 1920)

Projeto da famosa cadeira Rietveld.
Icone do design, a lendária cadeira Rietveld.


O design da poltrona de Thijs Rimsema.

O mobiliário de linhas arrojadas da De Stijl.

Figura mecânica dançante de Vilmos Huszár (1920).
Fotografias e fotomontagens também integram a exposição.


Todos os seguimentos integrados.
A parte gráfica em sintonia com todas as demais linguagens
("Cartaz para exposição" de Bert Van der Leck)

Uma das capas da revista que funcionou como
centro catalisador do movimento.

Até utensílios domésticos e peças cotidianas podiam traduzir a identidade da De Stijl.

A enorme "composição" tridimensional montada no saguão do CCBB.

Este blogueiro "dentro" de um dos quadros de Mondrian.

E repousando na réplica gigante da cadeira Rietveld.





Cly Reis