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quarta-feira, 11 de março de 2020

Exposição “Björk Digital” - Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) - Rio de Janeiro /RJ



Começa hoje no   uma das exposições que eu mais aguardava nos últimos tempos. Soube que ela andava por aqui, por ali, passava por outros estados e tinha a expectativa se passaria aqui pelo Rio de Janeiro. Trata-se de Björk Digital”, exposição que explora o universo visual tão rico e criativo que vemos nos videoclipes, figurinos, artes de álbuns da artista islandesa, através de instalações, elementos interativos e vídeos. A viagem ao mundo de Björk é dividida em três partes: uma primeira com instalações audiovisuais baseadas em canções do álbum “Vulnicura”, apresentadas em realidade virtual óculos de realidade virtual, somando-se a interações com um avatar digital da cantora; uma segunda apresentando através de tablets, conteúdo criado durante a concepção do álbum “Biophilia”), explorando a relação entre tecnologia e natureza; e a última trazendo uma seleção de clipes produzidos ao longo da carreira da islandesa, como "Human Behaviour", "All is full of love" e “Blissing Me”, concebidos e dirigidos em parceria por diretores e artistas visuais do mundo como Michel Gondry, Inez + Vinoodh e  .
Como fã desta pequena grande islandesa que transborda arte e inquietude criativa, não poderei perder essa esposição. Nos próximos dias estarei lá e voltarei aqui para contar como foi. recomendo que você vá também.
Tá a fim?
Se liga no serviço da exposição:


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exposição Björk Digital”
local: Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB
endereço: Rua Primeiro de Março, 66 - Centro - Rio de Janeiro /RJ
horário: de quarta a segunda, das 9h às 21 horas
período: de hoje, 11/03/2020 até 18/05/2020
ingresso: gratuito pelo link http://bit.ly/BjorkCCBBRJ ou na bilheteria do CCBB)

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

"Ela", de Spike Jonze (2013) e "Nebraska" de Alexander Payne (2013)






A solidão é tema de dois dos filmes que concorrem ao Oscar e que tem um jeitinho diferente de ser. O primeiro é "Ela", do Spike Jonze, que fez, entre outras coisas, "Quero Ser John Malkovich" (1999) e "Adaptação" (2002). Joaquin Phoenix (maravilhoso como sempre) é Theodore, um escritor de cartas no futuro que instala um novo Sistema Operacional em seu computador que tem a voz de Samantha (Scarlet Johanssen, incrível). Com o passar do tempo, Theodore, que tenta se recuperar de uma separação, acaba se apaixonando pela voz e pela "personalidade" deste SO autodenominado Samantha. Tudo isso filmado em Xangai e Los Angeles, duas das cidades mais poluídas e desumanas do planeta. Aliás, é isso que Jonze – autor do roteiro – quer mostrar: a substituição das relações pessoais pela tecnologia. Ao sair do filme, sentei num café e fiquei olhando as pessoas ao redor e quase ninguém conversava. Mas todo mundo teclava. Interessantes são os personagens Amy (Amy Adams arrasando de novo!) e Charles (Matt Letscher). Eles são os únicos amigos de Theodore, mas, quando se separam, Charles vira monge budista (uma referência explícita aos amigos de Jonze, os Beastie Boys, cujo integrante falecido, Adam Yauch, também praticava o budismo).  

O caso de amor entre Theodore e Samantha tem todos os ingredientes de um affair "normal". Ou seja, paixão, sexo e ciúme. Até que Samantha descobre que pode "falar" com várias pessoas ao mesmo tempo e, até mesmo, se apaixonar por elas. Não conto mais para não estragar a surpresa, mas Jonze demonstra que ainda tem fé no ser humano.

O segundo filme que lida com a solidão de uma maneira absolutamente diferente é "Nebraska", mas um grande filme de Alexander Payne, diretor de "Eleição" (1999), "As Confissões de Schmidt" (2002) e, especialmente, "Sideways - Entre Umas e Outras" (2004). Um típico road-movie, o filme conta a busca de Woody Grant (Bruce Dern, coroando uma carreira errática, porém com mais altos que baixos) por um milhão de dólares que está convencido que ganhou. Tanto incomoda a mulher Kate (June Squibb, impagável) e o filho David (Will Forte, demonstrando não ser apenas comediante do programa "Saturday Night Live"), que este resolve atravessar dois estados com o pai para buscar o prêmio em Lincoln, Nebraska. A partir daí, Payne vai criando um mundo que ficou parado no tempo. Woody e David vão parar em Hawthorne, cidade natal do idoso. É claro que todo mundo fica sabendo do prêmio e desperta a cobiça de quase toda a população.

A decisão de Payne por filmar em P&B reforça a sensação de vazio e de abandono. Aqui sim temos "50 Tons de Cinza"! A jornada vai se desenvolvendo, mas a solidão e a alienação de Woody em relação ao mundo exterior vão piorando. E também se instala a comunicação entre pai e filho, sempre complicada pelo alcoolismo de Woody. Aquelas paisagens áridas se transformam numa metáfora das relações entre os personagens. A solidão e o desespero das pessoas estão na ganância e na inveja dos "amigos" que Woody deixou em Hawthorne. Um belo e melancólico filme.



segunda-feira, 17 de outubro de 2011

cotidianas #110 - "California"


Pra quem acorda, literalmente, queimado, na segunda-feira.
Vídeo bem bacana dirigido pelo mestre Spike Jonze:

Wax - "California"