O ClyBlog já de muito versa sobre música e sobre futebol, não raro os dois juntos e misturados. A ver pelas competições entre bandas, como a Copa The Cure, a Copa Legião Urbana e a Copa Beatles – esta, em suas fases finais neste momento –, mas também por conta de crônicas, contos, ÁLBUNS FUNDAMENTAIS e até poesias, vários deles debaixo do guarda-chuva ClyBola, seção motivada pelo clima de Copa do Mundo no Brasil.
Pois eis que, nesta mesma vibe, o designer inglês James Campbell Taylor também captou tal
sinergia entre bola e ritmo e inventou brilhantes capas de discos como se
jogadores emblemáticos da história do futebol fossem também cantores – afinal, o
“palco” desses artistas da bola eram os gramados. E que trabalho criativo! Sem
recorrer a obviedades, mas também salientando particularidades dos jogadores como
apelidos, comportamento dentro de campo e marcos de suas carreiras, Taylor (torcedor
do Leicester City) casou essa
naturalidade de cada atleta às tendências gráficas de seu país no tempo em que
jogavam. Para isso, baseou-se, principalmente, no conceito visual de selos e
gravadoras como Capitol, Parlophone, Verve, Columbia e Sire para atingir esse
objetivo.
E Taylor marcou um golaço.
Além de ricos detalhes como autógrafos rabiscados, o desgaste do papelão da
capa do vinil e a saliência provocada pela pressão exercida pela gramatura do
disco dentro do envelope, a concepção para cada um ficou redondinha como um
chute certeiro. Destaque para as do Ronaldo Fenômeno e do Roberto Baggio que, não
bastasse o esmero de comporem uma arte minimalista usando as clássicas combinações
entre cores e caracteres, tal como faz a Blue Note, ainda escreve abaixo os
clubes onde cada um jogou, igual à nominata dos músicos participantes daquela
gravação que o selo sempre usa. Outras geniais: a do craque alemão Franz
Beckenbauer no álbum “Der Kaiser” ao estilo dos LP’s de música clássica da
Deustsche Grammophon; a do irlandês Georges Best, super mod anos 60; ou a do inglês David Beckham, que (afora o bem sacado
título: “Spice Boy”) brinca com o design
pop-mainstream da Mercury nos anos 90.
Veja as 24 artes, que fazem
dar até vontade de escutar os discos. Fica a pergunta no ar: será que além do
talento com os pés eles também mandariam bem no gogó?
Arthur Antunes Coimbra - "Zico" A&M Records |
Roberto Baggio - "Il Divino Codino" Blue Note |
David Beckham - "Spice Boy" Mercury Records |
Bob Charlton - "War Kid" Decca |
Emilio Butragueño - "El Buitre" Warner |
Eusébio da Silva Ferreira - "Pantera Negra" Verve |
Franz Beckenbauer - "Der Kaiser" Gramophon |
George Best - "Best! The Fifth Beatle" Parlophone |
Gerd Müller - "Der Bomber" iR |
Gianni Rivera - "Golden Boy" RCA Victor |
Jairzinho - "Furacão da Copa" TAMLA |
Johan Cruyff - "Totaal Voetbal" Philips |
Lineker and Gascoine - "Have a Word With Him" Factory |
Diego Armando Maradona - "El Pibe de Oro" Atlantic |
Mario Kempes - "El Matador" Capitol |
Michel Platini - "Le Roi" Epic |
Paolo Rossi & Marco Tardelli - "Eroi di Madrid" RCA |
Edson Arantes do Nascimento - "O Rei Pelé" Capitol Records |
Roger Milla - "Dance Party" Island Records |
Ronaldo Luís Nazário de Lima - "O Fenômeno" Blue Note |
Doutor Sócrates - "Calcanhar de Ouro" Sire Records |
Carlos Valderrama - "El Pibe" Columbia |
Marco Van Basten - "De Hollandse Zwan" Polygram |
Zinedine Zidane - "Zizou" EMI |
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