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sábado, 28 de novembro de 2020

"Herbie, Se Meu Fusca Falasse", de Robert Stevenson (1968) vs. "Herbie, Meu Fusca Turbinado", de Angela Robinson (2005)

 



São dois times com mecânica de jogo semelhantes, ou seja, histórias bastante parecidas. Com uma mudancinha aqui, outra ali, "Herbie, Se Meu Fusca Falasse", de 1968, e "Herbie, Meu Fusca Turbinado", de 2005, se resumem basicamente à de um fusquinha com "vida própria", desprezado e muito subestimado, que se apega a um novo dono e juntos passam a brilhar nas corridas despertando a ira de um concorrente das pistas. Mas como o próprio título da nova versão sugere, as pequenas mudanças dão uma turbinada no remake, e elas acabam sendo cruciais para seu sucesso diante do adversário. Uma rejuvenescida no elenco principal; uma caprichada na parte técnica; um roteiro mais ágil; e, tudo isso somado a uma dinâmica de filme bem mais mais envolvente, tornam "Herbie, Meu Fusca Turbinado" mais atraente e interessante para o espectador.
O novo filme troca algumas peças importantes: como dono do automóvel, põe uma garota, Meg Payton, no lugar de um fracassado corredor, Jim Douglas, dispensado de sua equipe extamente pela idade; troca o até carismático mecânico, que na versão antiga, era quem melhor entendia a personalidade do fusca, por um jovem mecânico que é também o crush da corredora; substitui o insosso dono de uma revenda de automóveis que gosta de participar de corridas, o Sr. Thorndyke, por um arrogante e mau caráter corredor profissional, Trip Murphy, e acrescenta a isso efeitos especiais bem utilizados, cenas de corrida muito mais eletrizantes e uma trilha sonora empolgante com muito rock'roll de Van Halen, T-Rex e Beach Boys.


"Herbie, Se Meu Fusca Falasse" (1968) -
cena vitória na corrida de El Dorado


"Herbie, Meu Fusca Turbinado" (2005)
 cena da vitória na corrida da Nascar


O original não é ruim mas parece aquele time que joga num esquema tático superado, num "vê-dobrevê", quase em desuso no futebol, e assim, o novo, por sua vez, mais atualizado, passa por cima do adversário. Um gol de Lindsay Lohan como a  então jovem protagonista que, na sua época boa, em forma, batia um bolão; Eddie Van Halen cruza e Dave Lee Roth PULA mais alto que a zaga para fazer outro por conta da trilha sonora; em uma disparada em alta velocidade, depois de deixar o zagueiro pra trás, Herbie marca mais um; e pra fechar, o bom ritmo que a trama ganha na nova versão garante mais um.
O vilão da refilmagem, interpretado por Matt Dillon, excessivamente caricato, quase entrega um gol para o adversário, mas o do filme original (David Tomlinson)tão ruim quanto nesse pormenor, não consegue se aproveitar da falha e não sai nada dessa jogada. O filme de 2005 nem precisa se dar ao luxo de usar muito a estrela Michael Keaton, o pai da corredora, que, sem grande brilho, só fica ali, encerando.
O time de 1968, como eu disse, não é ruim e por conta de seu bom conjunto até consegue descontar numa derrapada do zagueiro Beto Fuscão que, estabanado dá um carrinho dentro da área e comete o pênalti. O número 53 vai lá e bate com categoria para diminuir, mas não passa disso. O jogo fica nisso mesmo: o time de 2005 atropela o de 1968 por 4 x1.

Herbie em ação em duas épocas.
À esquerda, o de 1968, e à direita, o de 2005.




O Herbie de 1968 até funciona bem 
mas o Herbie turbinado é uma verdadeira máquina.




por Cly Reis



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