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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

"Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)", de Alejandro Ganzáles Iñárritu (2014)




Todos os filmes de Alejandro Gonzáles Iñárritu sempre foram perturbadores. De “Amores Brutos” (2000) até “Babel” (2006), ele fazia uma espécie de fé absoluta no hiper-realismo, no qual qualquer acontecimento fortuito no mundo pode trazer consequências imprevisíveis na vida do ser humano. Como o acidente de “Amores Brutos” ou o tiro de “Babel”, para Iñarritu, o simples voo de uma borboleta poderia causar um tsumani. A partir de “Biutiful” (2010), o sobrenatural começou a fazer parte do cinema do diretor mexicano. Nele, o personagem de Javier Bardem, Uxbal, consegue falar com os mortos. Após descobrir que está com câncer terminal, este contato passa a ser cada vez mais surreal. Mas “Biutiful” foi uma espécie de introdução a este mundo de fantasia. Seu filme mais recente, “Birdman” é o exemplo mais radical que Iñárritu conseguiu para este mergulho num mundo interior e de como ele se manifesta na vida real. Riggan Thomson (Michael Keaton, sensacional)é um ator atormentado (com o perdão do trocadilho) por um personagem das histórias-em-quadrinhos que interpretou em três filmes de sua carreira, o famoso Birdman.
Edward Norton e Naomi Watts, ambos em 
atuações destacadas
O filme começa com Riggan levitando em seu camarim antes de se envolver com toda a produção de uma peça de teatro na Broadway baseada nos contos do grande escritor minimalista americano Raymond Carver, “What We Talk About When We Talk About Love”.A partir daí, passamos 199 minutos oscilando entre o sonho, a realidade e a consciência de Riggan, manifestada na voz do seu personagem Birdman. Iñárritu nos leva nesta jornada por estes três estados da vida humana sem nos dar nenhuma folga ou pista de onde estamos. Com a câmera flutuante de Emmanuel Lubezki, o diretor brinca de “Pacto Sinistro”, de Alfred Hitchcock, nos dando a impressão de que estamos vendo um plano-sequência do começo ao fim. Nisso, a montagem de Stephem Mirrione e Douglas Crise é exemplar. Esta viagem pelo mundo de um astro decadente do cinema que tenta conseguir validação no mundo teatral é apenas um dos vários plots que Iñárritu cria em seu roteiro, dividido com outros três companheiros. A velha questão das diferenças de “cultura alta” e “cultura baixa” que Umberto Eco e Edgar Morin já analisaram lá nos anos 60 também está lá. Ele atualiza a discussão, usando o fascínio que Hollywood tem apresentado pelos super-heróis, o poder da crítica sobre o fato cultural, as relações de poder entre pai e filha e ator principal e coadjuvantes. Para tanto, ele conta com as atuações acima da média de Emma Stone, Edward Norton, Zack Gallifianakis, Naomi Watts e Andrea Riseborough. O grande destaque, porém, é mesmo Keaton, o ator perfeito para interpretar Riggan, especialmente depois de ter “desaparecido” dos blockbusters, após as experiências com os dois primeiros Batmans de Tim Burton. Muita gente tem reclamado do astral onírico de “Birdman”, pois não há diferenciação do que é real ou fantasia. O público médio parece ter a necessidade de que tudo seja muito bem explicadinho. Por isso, talvez, “Birdman” não tenha entrado numa espécie de inconsciente coletivo da mesma maneira que “Boyhood”, por exemplo, onde a realidade é mais do que explícita. É básica para a compreensão daquela história. Se você se permitir entrar na viagem visual de Iñárritu, tenho certeza de que não vai se arrepender. Quem não conseguir, sempre tem um filminho bonitinho e inofensivo como “A Família Bélier”em cartaz.


**************************

por Cly Reis



Dia desses, na casa de serra do meu cunhado, meu sobrinho emprestado assitia a um filme que tinha gravado enquanto eu, na mesma sala, apenas brincava com a minha filha. Só que de repente, numa olhada que outra para a tela, aquele filme me começou a chamar a atenção. Porque não cortava. Não tinha cortes. Um plano sequência longo, longo, longo, com várias cenas e situações se desenvolvendo, câmera viajando, mudando de ambientes, personagens entrando e saindo de cena. O que era aquilo? Era "Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)" (2014), um dos concorrentes a melhor filme para o Oscar deste ano e por sinal, um dos filmes com maior número de indicações.
Me prendeu. Não parei mais de ver. Parei de brincar com a minha filha, passei a tarefa pra minha esposa pelas 2 horas seguintes e mergulhei na telinha. Como havia perdido o início, assim que acabou, voltei para ver desde o começo e quase acabo assistindo todo ele novamente.
Riggan perseguido pelo seu próprio personagem.
Estou (ainda) meio por fora dos concorrentes do Oscar deste ano, estava de férias quando saíram as indicações e não fixei bem os principais destaques, mas desde já, tendo visto apenas outros 2 concorrentes a melhor filme ("Boyhood" e "O Grande Hotel Budapeste"), entrego de cara os prêmios de direção, roteiro original para "Birdman", até deixo em aberto o prêmio de ator coadjuvante, mas considero a atuação de Edward Norton simplesmente extraordinária, isso sem falar na edição primorosa prêmio para o qual curiosamente o longa sequer foi indicado.
No que diz respeito a direção, só o fato de conduzir o filme praticamente todo em planos sequência (sutilmente interrompidos, é verdade), entrelaçando as situações de maneira tão hábil, fazendo de forma muito competente com que elementos da vida dos personagens confundam-se com o roteiro da peça encenada por eles dentro do filme, já são motivos muito fortes para que o bom, cada vez melhor, Alejandro Gonzáles Iñárritu, de "21 Gramas", "Babel" e "Biutiful", saia da cerimônia do próximo dia 22 de fevereiro com a sua estatueta na mão.
Por razões parecidas, por essa integração que ao mesmo tempo é um conflito do andamento da história com o da peça, com o desenvolvimento dos personagens, em especial com a vida do personagem Riggan Thomson, vivido por Michael Keaton, é que acho que, também, é impossível ignorar a qualidade de um roteiro assim, simplesmente brilhante e deixar de premiá-lo com o Oscar da categoria. E aí que me intriga que a edição não tenha sido indicada, uma vez que para fazer funcionar uma direção sem cortes e um roteiro tão bem concatenado, a montagem, preciosa e crucial para o filme, se destaca como ponto alto e inevitavelmente ligada às duas outras indicações que qualificam o filme.
Conflito de bastidores entre diretor e ator.
O bem desenvolvido roteiro, no caso, trata de um ator, famoso por um personagem de super-heroi no cinema, o Birdman, que tendo se negando a fazer mais uma sequência da franquia fica meio "escanteado" pelos grandes estúdios e pretendendo reerguer a carreira, ser levado a sério como ator e ter seu talento reconhecido não apenas como um personagem popularesco, resolve adaptar e dirigir uma peça para a Broadway. Entre temperamentos difíceis de atores, pressão de produtores, problemas pessoais, dificuldades de montagem, de roteiro, etc., os ensaios vão se desenvolvendo enquanto Riggan continua de certa forma convivendo com a sombra do personagem que o tornara grande.
O filme de Iñárritu é a mesmo tempo uma crítica e uma homenagem ao mainstream, à fama, à voracidade da indústria do entretenimento que é capaz de elevar alguém a uma condição de idolatria desmedida, quanto tem o poder de devorar esta mesma pessoa.
Inteligente, dinâmico, mordaz, engraçado, lúdico, poético, reflexivo, na minha opinião, "Birdman" só não leva o prêmio principal por aquelas coisas da Academia que a gente sabe como são. O tal "Doze Anos de Escravidão", um bom filme, porém bem comunzinho, levou o grande prêmio no ano passado, né? Pois é. Diretor estrangeiro, andamento atípico, humor negro... Fatores que podem contar a favor ou contra. Nunca se sabe quais os critérios que o pessoal de Holywood vai adotar.
Mas independente de premiações, fiquei muito satisfeito por, assim, quase sem querer, ter topado com um filme como esse. Daqueles que deixam quem gosta de cinema, em  todos os seus detalhes, plenamente satisfeito. Daqueles que enchem a alma de satisfação.




segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

“Spotlight - Segredos Revelados”, de Tom McCarthy (2015)


Quando se trata de jornalismo no cinema, Hollywood tem alguns acertos em sua história. Podemos lembrar de "A Montanha dos Sete Abutres" e “A Primeira Página”, de Billy Wilder, ou de “Todos os Homens do Presidente”, de Alan J. Pakula, e “O Jornal”, de Ron Howard, este último em menor escala. Agora, junta-se a esta lista “Spotlight - Segredos Revelados”, filme dirigido por Tom McCarthy (“O Agente da Estação” e “O Visitante”). Usando como tema a história real de um grupo de jornalistas do Boston Globe que desvendou o escândalo dos padres pedófilos nos Estados Unidos, McCarthy e seu co-roteirista, Josh Singer, dão um banho de narrativa.
Normalmente, o approach hollywoodiano é o de encobrir o principal com ângulos espetaculares, movimentos de câmera de tirar o fôlego e histrionismo. Em “Spotlight”, o diretor foge desta espetacularização. Seu roteiro segue um caminho de “começo-meio-fim” sem desvios, sem arroubos, sem foguetório. O que interessa a McCarthy é contar esta história de maneira com que o espectador entenda o que aconteceu durante todo o processo de apuração do caso. “Spotlight” fascina exatamente por esta razão: narrar os acontecimentos reais da maneira mais correta.
John Slatery faz o importante papel de Ben Bradlee Jr.
Além de seu roteiro e da fotografia simples e efetiva de Masanobu Takayanagi, o filme tem um elenco que valoriza cada momento da trama. É claro que Mark Ruffalo e Michael Keaton se destacam, mas é sempre bom lembrar que Rachel McAdms é uma boa atriz e que o filme tem uma lista de coadjuvantes de altíssima ordem, como Paul Giulfoyle, Liev Schreiber, Brian d'Arcy James, Len Cariou, Billy Crudup e Jamey Sheridan. Também tem um papel emblemático: o ator John Slattery (de “Mad Man”), que interpreta Ben Bardlee Jr., um personagem por si só importante. Seu pai, Ben Bradlee, era o editor do Washington Post durante a apuração do caso Watergate, que deu origem a “Todos os Homens do Presidente”. Na época, Bradlee foi um dos poucos editores do Post a dar guarida às investigações preliminares da dupla de jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein, que resultaram na renúncia de Richard Nixon. Anos depois, foi a vez de seu filho se tornar um dos principais incentivadores da turma do Spotlight a prosseguir com a checagem de toda a história de pedofilia dos religiosos de Boston.
Tom McCarthy usa o thriller como maneira de prender a atenção do espectador. As ingerências, os desvios, as falsas pistas, a interferência oficial, tudo está ali. Por isso, “Spotlight” está sendo considerado um dos melhores filmes do ano e sério candidato ao Oscar. Para nós jornalistas, um alento que histórias terríveis como estas tenham sido desvendadas e esclarecidas. Para o público em geral, um banho de interpretações e de segurança narrativa como há muito não se via no cinema americano. Por tudo isso, recomendo efusivamente “Spotlight”.

trailer "Spotlight"



sábado, 28 de novembro de 2020

"Herbie, Se Meu Fusca Falasse", de Robert Stevenson (1968) vs. "Herbie, Meu Fusca Turbinado", de Angela Robinson (2005)

 



São dois times com mecânica de jogo semelhantes, ou seja, histórias bastante parecidas. Com uma mudancinha aqui, outra ali, "Herbie, Se Meu Fusca Falasse", de 1968, e "Herbie, Meu Fusca Turbinado", de 2005, se resumem basicamente à de um fusquinha com "vida própria", desprezado e muito subestimado, que se apega a um novo dono e juntos passam a brilhar nas corridas despertando a ira de um concorrente das pistas. Mas como o próprio título da nova versão sugere, as pequenas mudanças dão uma turbinada no remake, e elas acabam sendo cruciais para seu sucesso diante do adversário. Uma rejuvenescida no elenco principal; uma caprichada na parte técnica; um roteiro mais ágil; e, tudo isso somado a uma dinâmica de filme bem mais mais envolvente, tornam "Herbie, Meu Fusca Turbinado" mais atraente e interessante para o espectador.
O novo filme troca algumas peças importantes: como dono do automóvel, põe uma garota, Meg Payton, no lugar de um fracassado corredor, Jim Douglas, dispensado de sua equipe extamente pela idade; troca o até carismático mecânico, que na versão antiga, era quem melhor entendia a personalidade do fusca, por um jovem mecânico que é também o crush da corredora; substitui o insosso dono de uma revenda de automóveis que gosta de participar de corridas, o Sr. Thorndyke, por um arrogante e mau caráter corredor profissional, Trip Murphy, e acrescenta a isso efeitos especiais bem utilizados, cenas de corrida muito mais eletrizantes e uma trilha sonora empolgante com muito rock'roll de Van Halen, T-Rex e Beach Boys.


"Herbie, Se Meu Fusca Falasse" (1968) -
cena vitória na corrida de El Dorado


"Herbie, Meu Fusca Turbinado" (2005)
 cena da vitória na corrida da Nascar


O original não é ruim mas parece aquele time que joga num esquema tático superado, num "vê-dobrevê", quase em desuso no futebol, e assim, o novo, por sua vez, mais atualizado, passa por cima do adversário. Um gol de Lindsay Lohan como a  então jovem protagonista que, na sua época boa, em forma, batia um bolão; Eddie Van Halen cruza e Dave Lee Roth PULA mais alto que a zaga para fazer outro por conta da trilha sonora; em uma disparada em alta velocidade, depois de deixar o zagueiro pra trás, Herbie marca mais um; e pra fechar, o bom ritmo que a trama ganha na nova versão garante mais um.
O vilão da refilmagem, interpretado por Matt Dillon, excessivamente caricato, quase entrega um gol para o adversário, mas o do filme original (David Tomlinson)tão ruim quanto nesse pormenor, não consegue se aproveitar da falha e não sai nada dessa jogada. O filme de 2005 nem precisa se dar ao luxo de usar muito a estrela Michael Keaton, o pai da corredora, que, sem grande brilho, só fica ali, encerando.
O time de 1968, como eu disse, não é ruim e por conta de seu bom conjunto até consegue descontar numa derrapada do zagueiro Beto Fuscão que, estabanado dá um carrinho dentro da área e comete o pênalti. O número 53 vai lá e bate com categoria para diminuir, mas não passa disso. O jogo fica nisso mesmo: o time de 2005 atropela o de 1968 por 4 x1.

Herbie em ação em duas épocas.
À esquerda, o de 1968, e à direita, o de 2005.




O Herbie de 1968 até funciona bem 
mas o Herbie turbinado é uma verdadeira máquina.




por Cly Reis



segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Oscar 2015 - Os Vencedores



O mexicano Alejandro Iñárritu com parte de sua equipe,
recebendo o Oscar de Melhor Filme 
E o Oscar foi para "Birdman"!
Sinceramente, me surpreendeu um pouco.
Embora torcesse por ele, por todas as qualidades que me revelou de maneira fascinante, imaginava que a Academia fosse mais conservadora e entregasse o prêmio de melhor filme ao meticuloso “Boyhood” ou a “Sniper Americano” como uma afirmação de americanismo. Mas não, o pouco convencional “Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)”, de planos-sequência contínuos, discussões pesadas e atmosfera onírica levou não somente a estatueta principal da noite como fotografia, roteiro original e direção. Até achava que pudesse acontecer de, assim como no ano passado, as categorias máximas ficassem divididas, indo o Oscar de filme para um dos que apontei anteriormente, e o de direção para “Birdman”, pois pensava que por mais que se reconhecesse os méritos, a persistência, a projeto de Richard Linklater para “Boyhood”, era impossível ignorar o fantástico trabalho de direção de “Birdman”, que, contínuo, ininterrupto, integrando ambientes, atravessando o tempo, distorcendo a realidade, fez com que o brilhante roteiro, por sinal também premiado, funcionasse de maneira impecável e perfeita. A minha 'barbada' de direção poderia ter sido comprometida pelo fato do diretor ser estrangeiro e para piorar, já no ano passado um conterrâneo do diretor, o também mexicano Alfonso Cuarón, ter vencido na categoria. O fato poderia pesar para que Hollywood., como um todo, não quisesse repetir a dose e premiar novamente um estrangeiro, mas apesar da brincadeira de mau-gosto de Sean Penn na hora da divulgação, que só ajudou a fundamentar a origem da minha desconfiança, a justiça foi feita plenamente e outro 'chicano' saiu com o prêmio dourado nas mãos. Destaque também para o prêmio de fotografia de “Birdman”, que também me surpreendeu, não pela qualidade que julgo inegável, mas pelo anticonvencionalismo, tendo sido o filme rodado praticamente em corredores, camarins, bastidors, o que poderia dar a falsa impressão de pobreza de recursos técnicos.
Mas se o Homem-Pássaro de Iñárritu levou quatro estatuetas, o Hotel não ficou atrás. É verdade que “Birdman” ganhou os prêmios ditos principais, os definidores do que se entende por um bom filme, mas os prêmios estético-técnicos, por assim definir (figurino, direção de arte, maquiagem), e o, justíssimo, de trilha original, garantem a “O Grande Hotel Budapeste”, do bom Wes Anderson, o devido reconhecimento de suas verdadeiras qualidades, que para mim, não vão muito além disso.
Colado com eles, "Whiplash", o drama do baterista instruído por um professor severo, levou três estatuetas, sendo uma delas exatamente para o professor descontrolado, interpretado por J.K. Simmons. Os outros bem conceituados, que disputavam inclusive melhor filme, dividiram igualmente algumas das demais honrarias: "Sniper Americano" de Clint Eastwood, teve que se contentar apenas com o prêmio de Edição de Som; “O Jogo da Imitação” ficou com Roteiro Adaptado; “Selma” ficou com o prêmio de canção original, cuja interpretação, no palco, emocionou a platéia; Patricia Arquette justificou "Boyhood" com seu prêmio de atriz coadjuvante; Julianne Moore finalmente, com muita justiça levou seu primeiro Oscar por “Para Sempre Alice”; e na tradicional simpatia de Hollywood por covers e deficiências físicas, Eddie Redmayne, uniu as duas e levou pra casa o de melhor ator por sua interpretação de Stephen Hawkins, no filme “A Teoria de Tudo”.
De resto, gostei muito da parte técnica e estética do palco, dos telões, dos efeitos e recursos da cerimônia, mas achei mestre de cerimônias, Neil Patrick Harris, um tanto perdido e sem graça. Se no ano passado a reconhecidamente inteligente e talentosa Ellen DeGeneres me decepcionou pela ausência de tiradas interessantes, pela falta de criatividade, tendo que se socorrer num sefie coletivo para salvar a noite, que, é bom que se faça justiça, virou histórico, nosso glorioso apresentador da edição 2015 não conseguiu se salvar nem de cuecas no palco, parodiando a cena de “Birdman”.
Lamentável foi o fato de Scarlett Johansson, que apareceu deslumbrante num vestido verde, não ter levado nenhum prêmio. Sei que vão dizer que ela, afinal de contas, não estava concorrendo a nenhum, em nenhuma categoria e tal e blablablá. Sei, sei disso. Mas algum prêmio ela deveria ganhar. Qualquer coisa. Ela sempre merece.


Confira abaixo, então, todos os vencedores em todas as categorias.

***

Melhor filme
"Birdman"
Riggan (Michael Keaton)
de cuecas na Broadway














Melhor diretor
Alejandro González Iñárritu, "Birdman"


Melhor ator
Eddie Redmayne, "A Teoria de Tudo"


Melhor atriz
Julianne Moore, "Para Sempre Alice"


Melhor ator coadjuvante
J.K. Simmons, "Whiplash - Em Busca da Perfeição"
J.K. Simmons teve sua
grande atuação premiada
por "Whiplash"
















Melhor atriz coadjuvante
Patricia Arquette, "Boyhood - Da Infância à Juventude"


Melhor roteiro original
"Birdman"


Melhor roteiro adaptado
"O Jogo da Imitação"


Melhor animação
"Operação Big Hero"


Melhor filme estrangeiro
"Ida", da Polônia


Melhor documentário
"Citizenfour"


Melhor edição
"Whiplash - Em Busca da Perfeição"


Melhor fotografia
"Birdman"


Melhor direção de arte
"O Grande Hotel Budapeste"
O filme de Wes Anderson 
levou com justiça o prêmio de
direção de arte













Melhores efeitos visuais
"Interestelar"


Melhor edição de som
"Sniper Americano"


Melhor mixagem de som
"Whiplash - Em Busca da Perfeição"


Melhor figurino
"O Grande Hotel Budapeste"


Melhor cabelo e maquiagem
"O Grande Hotel Budapeste"


Melhor trilha sonora original
"O Grande Hotel Budapeste"


Melhor canção original
"Glory", do filme "Selma"


Melhor curta-metragem
"The Phone Call"


Melhor curta-metragem de animação
"O Banquete"


Melhor curta-metragem de documentário
"Crisis Hotline: Veterans Press 1"



Cly Reis

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Globo de Ouro 2022 - Os Vencedores


Saíram os vencedores do Globo de Ouro, um dos principais prêmios de cinema e televisão dos Estados Unidos, que sempre é um bom termômetro em relação aos possíveis indicados e favoritos para o Oscar, a principal premiação do cinema norte-americano e, possivelmente, a mais conhecida e conceituada no mundo, que acontecerá em março.

No Globo de Ouro que esse ano foi meio secreto, sem transmissão por TV, o grande destaque ficou por conta do bom "Ataque dos Cães", da diretora Jane Campion, que vem impressionando por onde passa, e que levou prêmios de direção, filme de drama, roteiro e ator coadjuvante, para o jovem Kodi Smit-McPhee. Já o badalado "Não Olhe Para Cima", que concorria em quatro categorias, não levou nenhum, perdendo, inclusive na de melhor filme de comédia, para o musical "Amor, Sublime Amor", de Steven Spielberg. Mas não é de se surpreender. Vamos ver se o filme, de necessária reflexão, terá melhor sorte no Oscar que, por seu turno, vem desenvolvendo conceitos um pouco mais abrangentes nos últimos anos.

Confira a baixo a lista dos vencedores:


Benedict Cumberbatch em "Ataque dos Cães".


CINEMA:

  • Melhor filme – drama

‘Belfast’

‘No Ritmo do Coração’

‘Duna’

‘King Richard: Criando Campeãs’

Ataque dos Cães’


  • Melhor diretor – Filme

Kenneth Branagh (‘Belfast’)

Jane Campion (‘Ataque dos Cães’)

Maggie Gyllenhaal (‘A Filha Perdida’)

Steven Spielberg (‘Amor, Sublime Amor’) 

Denis Villeneuve (‘Duna’) 


  • Melhor atriz em filme – drama

Jessica Chastain (‘The Eyes of Tammy Faye’)

Olivia Colman (‘A Filha Perdida’)

Nicole Kidman (‘Apresentando os Ricardos’)

Lady Gaga (‘Casa Gucci’)

Kristen Stewart (‘Spencer’)


  • Melhor ator em filme – drama

Mahershala Ali (‘Swan Song’)

Javier Bardem (‘Apresentando os Ricardos’)

Benedict Cumberbatch (‘Ataque dos Cães’)

Will Smith (‘King Richard: Criando Campeãs’)

Denzel Washington (‘The Tragedy of Macbeth’) 


  • Melhor filme – musical ou comédia

‘Cyrano’

‘Não Olhe Para Cima’

‘Licorice Pizza’

‘Tick, Tick … Boom!’

‘Amor, Sublime Amor’


  • Melhor atriz em filme – musical ou comédia

Marion Cotillard (‘Annette’)

Alana Haim (‘Licorice Pizza’)

Jennifer Lawrence (‘Não Olhe Para Cima’)

Emma Stone (‘Cruella’)

Rachel Zegler (‘Amor, Sublime Amor’) 


  • Melhor ator em filme – musical ou comédia

Leonardo DiCaprio (‘Não Olhe Para Cima’)

Peter Dinklage (‘Cyrano’)

Andrew Garfield (‘Tick, Tick … Boom!’)

Cooper Hoffman (‘Licorice Pizza’)

Anthony Ramos (‘Em um Bairro de Nova York’)


  • Melhor ator coadjuvante em qualquer gênero

Ben Affleck (‘Lar Doce Lar’)

Jamie Dornan (‘Belfast’)

Ciarán Hinds (‘Belfast’) 

Troy Kotsur (‘No Ritmo do Coração’)

Kodi Smit-McPhee (‘Ataque dos Cães’) 


  • Melhor atriz coadjuvante em qualquer gênero

Caitríona Balfe (‘Belfast’)

Ariana DeBose (‘Amor, Sublime Amor’)

Kirsten Dunst (‘Ataque dos Cães’)

Aunjanue Ellis (‘King Richard: Criando Campeãs’)

Ruth Negga (‘Identidade’)


  • Melhor roteiro – filme

‘Licorice Pizza’

‘Belfast’

‘Ataque dos Cães’

‘Não Olhe Para Cima’

‘Apresentando os Ricardos’


  • Melhor filme – animação

‘Encanto’

‘Flee’

‘Luca’

‘My Sunny Maad’

‘Raya e o Último Dragão’


  • Melhor trilha sonora original

‘A Crônica Francesa’

‘Encanto’

‘Ataque dos Cães’

‘Madres Paralelas’

‘Duna’


  • Melhor filme em língua estrangeira

‘Compartment No. 6’

‘Drive My Car’

‘A Mão de Deus’

‘A Hero’

‘Madres Paralelas’


  • Melhor canção original – Filme

‘Be Alive’ (‘King Richard: Criando Campeãs’)

‘Dos Orugitas’ (‘Encanto’)

‘Down to Joy’ (‘Belfast’)

‘Here I Am (Singing My Way Home)’ (‘Respect’)

‘No Time to Die’ (‘007: Sem Tempo para Morrer’)


TELEVISÃO:

  • Melhor série de comédia ou musical

‘The Great’

‘Hacks’

‘Only Murders in the Building’

‘Reservation Dogs’

‘Ted Lasso’


  • Melhor atriz em série de comédia ou musical

Hannah Einbinder (‘Hacks’)

Elle Fanning (‘The Great’)

Issa Rae (‘Insecure’)

Tracee Ellis Ross (‘Black-ish’)

Jean Smart (‘Hacks’)


  • Melhor ator em série de comédia ou musical

Anthony Anderson (‘Black-ish’)

Nicholas Hoult (‘The Great’)

Steve Martin (‘Only Murders in the Building’)

Martin Short (‘Only Murders in the Building’)

Jason Sudeikis (‘Ted Lasso’)


  • Melhor minissérie ou filme para TV

‘Dopesick’

‘Impeachment: American Crime Story’

‘Maid’

‘Mare of Easttown’

‘The Underground Railroad’


  • Melhor atriz em minissérie ou filme para TV

Jessica Chastain (‘Scenes From a Marriage’)

Cynthia Erivo (‘Genius: Aretha’)

Elizabeth Olsen (‘WandaVision’)

Margaret Qualley (‘Maid’)

Kate Winslet (‘Mare of Easttown’)


  • Melhor ator em minissérie ou filme para TV

Paul Bettany (‘WandaVision’)

Oscar Isaac (‘Scenes From a Marriage’)

Michael Keaton (‘Dopesick’)

Ewan McGregor (‘Halston’)

Tahar Rahim (‘The Serpent’)


  • Melhor atriz coadjuvante em série, minissérie ou filme

Jennifer Coolidge (‘White Lotus’)

Kaitlyn Dever (‘Dopesick’)

Andie MacDowell (‘Maid’)

Sarah Snook (‘Succession’)

Hannah Waddingham (‘Ted Lasso’)


  • Melhor ator coadjuvante em série, minissérie ou filme

Billy Crudup (‘The Morning Show’)

Kieran Culkin (‘Succession’)

Mark Duplass (‘The Morning Show’)

Brett Goldstein (‘Ted Lasso’)

Oh Yeong-su (‘Round 6’)


  • Melhor ator em série de drama

Brian Cox (‘Succession’)

Lee Jung-jae (‘Round 6’)

Billy Porter (‘Pose’)

Jeremy Strong (‘Succession’)

Omar Sy (‘Lupin’)


  • Melhor atriz em série de drama

Uzo Aduba (‘In Treatment’)

Jennifer Aniston (‘The Morning Show’)

Christine Baranski (‘The Good Fight’)

Elisabeth Moss (‘The Handmaid’s Tale’)

Mj Rodriguez (‘Pose’)


  • Melhor série de drama

‘Lupin’

‘The Morning Show’

‘Pose’

‘Round 6’

‘Succession’



C.R.

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Exposição “Andy Warhol: Pop Art!”, de Andy Warhol - Museu de Arte Brasileira – MAB FAAP - São Paulo/SP

 


"Não importa quantas vezes a gente se encontre na pista, ele [Halston] me agarra e me abraça e me beija e diz, 'É muito bom ver você, mr. Warhol'".
Andy Warhol, em "Diários de 
Andy Warhol - vol. 1 (1976-1981)"

Não é errado dizer que o motivo que nos levou a esta curta mas proveitosa temporada em São Paulo foi ver Andy Warhol. A vontade de visitar a cidade já nos era acalentada há anos, mas sempre impossibilitada por uma série de fatores que não vêm ao caso enumerar. Porém, a presença de Warhol através da exposição temática a ele “Andy Warhol: Pop Art!”, no Museu de Arte Brasileira – MAB FAAP, era forte o suficiente para considerarmos a possibilidade, o que se concretizou em junho, pouco antes da mesma ser prorrogada até final de agosto.

Artista referencial em nossas formações tanto culturais e filosóficas como acadêmicas, Andy é daquelas admirações de anos. Aliás, para possivelmente qualquer ser humano que viveu os últimos 80 anos, visto que suas criações, tão emblemáticas quanto icônicas, são parte da vida social do mundo moderno. Já havíamos visto algumas obras dele em parceria com Jean-Michel Basquiat no CCBB de Belo Horizonte, em 2014, e na mostra individual de Basquiat no CCBB do Rio de Janeiro, em 2018, e já tínhamos nos embasbacado. Imagina agora, nesta exposição, que reúne mais de 600 peças do “pai da pop-art”!?

Como fãs e conhecedores de sua trajetória, não deixamos de sentir algumas ausências na seleção das obras. É o caso das belíssimas capas para LP’s de jazz do início da carreira, anos 50, ou mesmo os quadros coassinados com Basquiat, da segunda metade dos anos 80, de um Warhol já adoecido e “passando o bastão” ao pupilo. Porém, nada que desmereça a excelente curadoria, que dá, sim, a dimensão da magnitude de sua obra. Estão lá as bottle-lines da revista Glamour no começo da carreira; os anúncios para calçados e artigos de luxo dos anos 50; a arte kitsch dos anos 70; a Factory; o Studio 54; o lado designer; o publisher, a ligação com a música pop; os quadros clássicos (Marylin, Liz Taylor, Elvis, Pelé, Liza); o pioneirismo como “influencer”; a moda; o ativista político; o visionário do audiovisual e quantos Andy Warhol se queira imaginar.

Com textos muito bem escritos e informativos, ressaltando o que merece, a exposição recapitula os principais momentos históricos de sua carreira nas artes, sejam elas visuais, da música, da moda, do cinema, da televisão ou da fotografia. De um senso estético-visual impressionante, o qual ele ajudou a redefinir no cenário da arte contemporânea, Warhol tinha também domínio do desenho – como, aliás, todo grande artista visual que se preze, tal Picasso, Dali ou Pollock. Por trás das fotos manipuladas e das serigrafias havia sempre um traço apurado, como fica evidente seja nas naturezas mortas, dos anos 50, ou nas serigrafias e tinta acrílica sobre linho das figuras de Miguel Bose (1983) ou de Albert Einstein (1980), que lembram o traço leve e contínuo de Jean Cocteau.

Quadro de Miguel Bose: serigrafia que não esconde
o lindo traço a la Cocteau

É muita coisa legal que Warhol produziu, e impressiona bastante ver isso tudo reunido. As séries com rostos de artistas, como as de Silvester Stallone, Debbie Harry, Alfred Hitchcock e Clint Eastwood é de cair o queixo. Igualmente, as centenas de polaroides das mais variadas pessoas, de Yoko Ono a Truman Capote, de Dennis Hooper a Mick Jagger, de Jane Fonda a Valentino. As fotografias das funções na Factory, os filmes experimentais (“Eat”, “Kiss” e “Velvet Underground”), as embalagens de Campbell’s e Mott’s, as capas de discos...

Famosos ou não, ninguém em NY
escapava de sua Polaroid
Nada escapava a essa figura aglutinadora e em constante processo, uma força da natureza multimídia. Embora vivesse rodeado de famosos iguais a ele, Warhol nunca deixou que isso se sobrepusesse ao seu trabalho e relegasse a segundo plano sua arte. Pelo contrário: quanto mais se enfurnava nesses universos, mais tirava combustível para produzir. Warhol não se perde nessa fogueira de vaidades justamente porque ele sabia ser ferramenta para a materialização - e crítica - do que hoje é conhecido como showbiz. Ele era figura central e catalizadora de todos esses estímulos que o rondavam: Hollywood, universo queer, noite nova-iorquina, publicidade, moda, música pop, televisão. Dos famosos aos anônimos, todos deveriam ter pelo menos 15 minutos de fama, entendia ele. Warhol teve muitos 15 minutos multiplicados até os dias de hoje e assim certamente continuará.

No Jornalismo, reza que se deve evitar usar o termo "gênio" para qualquer pessoa com o perigo de vulgarizar o termo. Se for aplicar genialidade para qualquer um, o que dizer, então, de Mozart, Da Vinci ou Shakespeare? Embora não leve tanto assim a sério a regra, visto que me empolgo com "genialidades" alheias, hei de concordar, sim, que muitas vezes se vulgariza o termo. Mas com Andy Warhol não há esse receio. Warhol é gênio, sim, tanto quanto estes citados. Um Mozart, um Da Vinci, um Shakespeare de nossos tempos.

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As flores dos primeiros desenhos, anos 50

Rosas feitas em nanquim e corante de anilina sobre papel

"Cabeça de menino", de 1950, bonito traço feito a nanquim e grafite

Borboletas, do mesmo ano (grafite sobre papel)

"Lenço de seda" em grafite e têmpera
 
O universo da moda entra na sua vida em 1955

Como ilustrador exclusivo da marca de calçados I. Miller Shoes
Company, faz anúncios para o New York Times

Anúncio para perfume Bottle, de 1953

"Pássaros e abelhas voando" (s/d): ideias de pop art

Dos anos 60, abstratos

Mais borboletas, espalhadas pelos anos 50 e 60

Brilhante anúncio para a Dior, já com cara do que Basquiat faria

Ainda a moda: torso de Paola Dominguim, de 1983. Moderníssimo

O estilista Halston ganharia alguns posters em 1982 para sua linha de casacos

"Abra este lado": a fantástica série baseadas em etiquetas
de transporte e manuseio, de 1962. Muito pop

Vestido "Frágil" composto só de etiquetas "descartáveis"

As clássicas embalagens de Campbell's: arte como produto


Brillo, Mott's, Heiz, Del Monte, Campbell's: 
o design industrial ganha status de arte


Embalagem de Campbell's virou um ícone

Elvis duplo: um clássico do mundo moderno

Por falar em clássico, o que dizer desta
serigrafia de 1964, a obra mais cara do mundo?

Victor Hugo, amigo e modelo para diversos quadros, aqui
neste díptico de tinta acrílica e serigrafia sobre linho de 1978

Mais um clássico: Elizabeth Taylor, de 1964

Liz Taylor num dos mais emblemáticos trabalhos de Warhol

A série feita para Jackie O. em 1964, logo após o assassinato de John Kennedy

As borboletas, as flores e as imagens 
repetidas estampadas nos lenços

A criatividade das artes e capas da revista Interview

Mais da Interview: arte visual e gráfica

Como layoutar uma revista com criatividade

As estamparias de camisetas. O amigo Keith Hering está numa delas

Warhol nos domínios do seu estúdio Factory

Cenas das festas nova-iorquinas dos anos 70/80

A agitação cultural da Factory em fotos

Um jovem Sting fotografado por Warhol

Série "Ladies and Gentlemen", de 1975, sobre a cena queer de NY

Mais do tributo vibrante à comunidade trans e drag da Big Apple

Warhol faz seu próprio "Rorscharch", gigante acrílico sobre linho de 1984

"Estátua da Liberdade Fabis", de 1986, último ano de vida do artista

Da série Skulls, de 1976: crítica à tradição cristã, pegada punk e
o desencanto do fim de século com a AIDS e a Guerra Fria

"Tunafish Disaster": o atum em lata que matou pessoas em 1963
virou crítica ao consumismo

Genial obra feita da oxidação provocada pela urina sobre metal

A impactante - e grandiosa - "A Última Ceia", de 1986


"A Última Ceia", dos trabalhos finais de Warhol

Fantásticas serigrafias para criticar a cadeira elétrica
da série "Death and Disaster", de 1963

Série de Mao Tsé Tung, de 1972

Mais Mao

Lindas pinceladas sobre o desenho numa das 199 serigrafias de Mao feitas por Warhol


Filme "Kiss", de 1963

As lindas capas de discos e filmes. Pena que se expuseram poucas


Velvet Underground & Nico: projeto musical experimental 
que mudou a história da música moderna

As incríveis polaroids, que invariavelmente viravam base para outra obra,
como as de Mick Jagger e Pelé

Deuses dos esporte viraram também pop na série Atletas, de 1977

O gênio da bola pelo gênio da arte popular

Judeus célebres retratados: Einstein...

... e Freud. Anos 80

Beethoven num quádruplo originalíssimo

Joan Collins em acrílica e serigrafia sobre linho, de 1985

Neil Armstrong fincando a bandeira na Lua pop

Miss Aretha Franklin em díptico magnífico

E o que dizer desse poster de Liza para o show dela de 1981?

Michael e o estilo de Warhol combinam muito

Outra série espetacular, a de retratos. Aqui, mestre Clint Eastwood

Stallone em retratos de 1980 e 1981

Diane Keaton em acrílica e serigrafia sobre linho (1984)

Bill Murray também ganhou seu retrato

Mestre do suspense em arte do mestre da pop art

E nós escolhemos miss Debbie Harry para compartilhar nosso registro

Ah! E também viramos pop art a la Warhol, nossos 15 minutos de fama


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exposição "Andy Warhol: Pop Art!”
Obras de Andy Warhol
local: Museu de Arte Brasileira – MAB FAAP
endereço: Rua Alagoas, 903 - Higienópolis - São Paulo/SP
visitação: de terça-feira a domingo, das 9h às 20h (último horário de entrada às 19h)
período: até 31/08/2025
entradagratuita



texto: Daniel Rodrigues
fotos e vídeos: Leocádia Costa e Daniel Rodrigues