Liniker, poderosa, imponente, inteiramente dona do palco. |
Eis que em 2023 a justiça foi feita! Liniker, um dos maiores nomes da nova geração da música braseira, ganhou seu papel de destaque. Um show todinho dela. E nada mais merecido pois ela está cada vez melhor. Cantando ainda melhor, mais fluidez, espontaneidade, mais presença de palco, um repertório afiado e maduro, ou seja, um baita show.
Tenho que admitir que sou, na verdade, ainda, muito mais um admirador do que um fã e, desta forma, embora a ouça e me impressione com seu talento a cada audição, não conheço todo o repertório, não sei exatamente o nome da maioria das canções, ainda que já as tenha escutado mais de uma vez e até cante junto o refrão, lá no meio da galera. Mas dentre os pontos altos do show, com todos os méritos e elogios a seu maravilhoso repertório próprio, cujas letras impressionam pela poesia cotidiana carregada emotividade e de uma sensualidade urgente e selvagem, não há como não destacar a interpretação, a homenagem da artista a Djavan, segundo ela mesmo, uma de suas principais influências, cantando "Oceano". Meus Deus! Aquilo foi fenomenal. De arrepiar. Me arrepio, de novo, agora mesmo, escrevendo. Uma versão poderosa, emocionante, quase uma recriação de uma canção que, por si só, já é uma joia da música brasileira, e com uma interpretação dessa, então, fica ainda mais gigantesca.
Só esse momento já teria válido o show mas ele foi ainda mais que isso é Liniker cada vez confirma mais sua condição de uma das artistas mais significativas dos novos tempos da nossa música. Ave, Liniker!
trecho da música "Baby 95"
Cly Reis
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