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A galera na noite recifense em meio aos sons, cheiros e sabores da cidade |
Esta publicação pode-se dizer a primeira sobre
Recife, mesmo
que eu ainda não tenha a data de quando saem as próximas. Que serão quando
voltar à cidade como turista. Viajando a trabalho, em menos de 24 horas que
estive na terra de
Chico Science, posso dizer que meu encantamento extrapola o
simples agrado de se conhecer uma nova cidade. É, sim, identificação. Uma
identificação que já supunha, haja vista conhecer pernambucanos queridos e por
minha admiração de muito ao que a capital pernambucana e o estado como um todo
sempre trouxeram – de
Mangue Beat a
Clarice Lispector, de
João Cabral de Melo Neto a Frei Caneca, de Miguel Arraes a
Naná Vasconcelos.
O que deu pra ver nas parcas horas livre que tive,
basicamente, a noite de um domingo, foi um pouco da noite no Recife Antigo.
Onde tudo começou. Mas quando digo tudo, é tudo MESMO, pois lá está, à beira da
Baía do Pina, o Marco Zero, ou seja: onde essa “bagaça” chamada Brasil foi
descoberta pelos portugueses. Não que não tivessem os índios aqui já, por
direito mais brasileiros que qualquer um, mas é fato que, a partir dali,
daquele ponto, em 1500, que se desencadeou a nossa sinuosa e alegórica história
enquanto nação.
Para um domingo, achei bastante movimentado, tanto no largo
da Praça, com famílias, turistas, casais e gurizada, quanto, principalmente, na
agradabilíssima Rua da Moeda, uma das mais célebres e antigas vias da cidade.
Nela, o público que encontrei era bem novo, adolescente, diria. Imagino que os
mangueboys e manguegirls, jovens e jovens adultos, devam dar as caras mais às
sextas e sábados à noite... Enfim, a Rua da Moeda é um misto de Lapa carioca
com Cidade Baixa porto-alegrense com Pelourinho soteropolitano e Cidade Velha de Belém. Um rock anos 80
rolando num bar e um forró no do lado, ambos a plenas caixas, gente falando,
bebendo, namorando, pedintes, policiamento ostensivo, cachorros vira-latas. Um
barato.
Como disse, a passagem foi rápida e não deu para registrar
muita coisa. Fica aqui, entretanto, um pouco das fachadas, da arquitetura, da
atmosfera que une história e contemporaneidade. Mistura que, ao que deu pra
notar mesmo com poucas horas de convivência, é a cara de Recife.
Podes deixar, que eu volto logo.
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Galera concentrada na Rua da Moeda: estátua do malungo, tal qual Chico Science |
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Um dos bares clássicos do local, o Novo Pina |
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A Rua da Moeda com seus casarios estilo português |
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Pelas ruas do Recife Antigo |
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As ruelas históricas, esta, entre o Shopping da Alfândega e a Igreja da Madre de Deus |
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Mais do clima noturno do bairro |
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Prédios históricos conhecidos do cartão-postal da cidade |
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Quem nunca prestou atenção nesses prédios de estilos diferentes nas transmissões do Carnaval? |
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Muita gente na noite de domingo no Marco Zero |
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No Marco Zero em direção à Baía do Pina |
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Os movimentados bares ao lado da Praça |
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Como em todo Centro antigo, os cuscos têm que estar presentes |
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O beijo - um dos |
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Pela luz e pela cena, dá pra dizer que é um momento Edward Hooper recifense |
por Daniel Rodrigues